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Sex, 13 Jan 2023 16:32:00 -0300
Migração Portal
Acesse o novo Portal do CNPqDesde dezembro de 2020, o endereço do Portal do CNPq mudou para:
https://www.gov.br/cnpq
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Seg, 07 Dez 2020 12:31:00 -0300
Programa Ciência no Mar ganha mais recursos com adesão da Marinha
Parceria entre CNPq e Marinha proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões para 4 projetos da Chamada de apoio à Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões, recursos da Marinha e do MCTI.Parceria firmada entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Marinha do Brasil proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões à Chamada CNPq/MCTIC Nº 06/2020 - Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar, com apoio a novos quatro projetos. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões em investimentos. Além da Marinha, os recursos serão investidos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A chamada foi lançada com o objetivo de selecionar projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação relacionados ao derramamento de óleo ocorrido a partir de agosto de 2019 na costa brasileira que visem contribuir significativamente para o Programa Ciência no Mar.
Nesta segunda, 07, às 14h, a Marinha realizará a 1ª Sessão Ordinária da Comissão Técnico-Científica para o Assessoramento e Apoio das atividades de Monitoramento e a Neutralização dos Impactos decorrentes da Poluição Marinha por Óleo e outros Poluentes na Amazônia Azul, com a participação do Presidente do CNPq, Evaldo Vilela. Saiba mais.
Veja aqui o resultado final completo.
Importância litorânea para o Brasil
O recente desastre de derramamento de óleo na costa brasileira em 2019 demonstrou a importância de ações públicas embasadas no melhor conhecimento científico disponível, a fim de que as iniciativas de remediação reduzam os prejuízos para a biodiversidade e para a saúde humana. Além disso, ressaltou a necessidade de evidências científicas na proposição de medidas que busquem a prevenção a novos acidentes que possam colocar em risco a qualidade de vida da ocupação humana ao longo da costa brasileira.
Estima-se que mais de 26% da população brasileira resida na zona costeira, sendo o litoral a área protagonista no histórico processo de ocupação do território nacional. A importância litorânea pode ser expressa pelo recorte federativo brasileiro: são 17 Estados e 274 Municípios defrontantes com o mar, e 16 das 28regiões metropolitanas existentes no País. O Brasil possui diversas ilhas costeiras, inclusive abrigando capitais (São Luís, Vitória e Florianópolis), além de ilhas oceânicas que representam pontos importantes do território nacional (Fernando de Noronha, o Arquipélago de São Pedro e Trindade e Martim Vaz, e o Arquipélago de Abrolhos).
Grande parte do comércio internacional, da exploração do petróleo, da atividade pesqueira e de turismo está relacionada com o mar brasileiro. Relevante também é a riqueza da biodiversidade marinha e costeira do País, que deve ser preservada como importante ecossistema para a manutenção da vida. Além disso, o Brasil possui 26,3% de sua Zona Econômica Exclusiva protegida dentro de unidades de conservação, que devem também ser pólos-modelo para medidas de conservação e uso sustentável.
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Qui, 26 Nov 2020 17:37:00 -0300
CNPq divulga resultado preliminar da Chamada nº 25/2020
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.
Esta chamada promove a redistribuição das bolsas retidas ao final de sua vigência no período do 1 de julho a 30 de dezembro de 2020, iniciando a diretriz de realinhamento da concessão de bolsas de pós-graduação à missão precípua do CNPq. Esta iniciativa, em concepção desde 2019, prevê uma transição gradual do sistema antigo de quotas de bolsas ao novo sistema de concessão por meio de projetos institucionais de pesquisa. Tais projetos são apresentados pelos programas de pós-graduação e aglutinam de forma global o direcionamento da pesquisa nos respectivos cursos. A concessão baseia-se numa avaliação de mérito dos projetos, feita por comitês de especialistas.
O resultado preliminar garante a manutenção de bolsas encerradas no período citado, na proporção prevista no item 5 da Chamada, em programas de pós-graduação estabelecidos. Além disso, houve entrada de novos programas no sistema. Os projetos são avaliados por mérito e são aprovados a partir de disponibilidade orçamentária do CNPq.Ressalta-se que não houve nenhuma redução de bolsas no sistema do CNPq; a mesma concessão anual de cerca de R$ 400 milhões em bolsas de mestrado e doutorado está mantida. Uma segunda chamada dessa natureza será lançada brevemente, considerando as bolsas a vencer no próximo semestre.
O CNPq informa que o período de interposição de recurso administrativo ao resultado preliminar é de 25 de novembro a 4 de dezembro de 2020.
Demanda
Do total de 1.595 propostas recebidas de Cursos de Mestrado, 380 são cursos que já contam com bolsas do CNPq e que possuem bolsas vencendo entre 1° de julho a 31 de dezembro de 2020, enquadrando-se nos itens 5.3.1 e 5.4.1 da Chamada. Outras 628 propostas são de Cursos de Mestrado que contam com bolsas do CNPq, mas que vencem a partir de janeiro de 2021. Já outros 587 Cursos de Mestrado, por sua vez, não contam, na atualidade, com o apoio do CNPq em bolsas de mestrado.
Dos Cursos de Doutorado que submeteram propostas à Chamada, 277 já contam com bolsas do CNPq e possuem bolsas vencendo no período de 1° de julho a 31 de dezembro de 2020; 483 possuem bolsas vencendo a partir de janeiro de 2021, e 794 são Cursos de Doutorado que não contam com o apoio do CNPq em bolsas de doutorado.
Veja aqui o resultado preliminar.
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Seg, 14 Out 2013 14:06:00 -0300
INCT realiza estudo sobre os contaminantes emergentes no Brasil
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologias Analíticas Avançadas (INCTAA) concluiu um estudo que aponta a utilização de cerca de 800 contaminantes emergentes no Brasil. A questão preocupante é que eles podem interferir no sistema endócrino humano e alterar a formação e composição da biodiveridade.
Recentemente, o vice-coordenador do INCTAA, Wilson Jardim, esteve representando o país em um encontro do Programa Abordagem Estratégica para a Gestão Internacional de Produtos Químicos (SAICM), realizado na Cidade do México, em agosto. O evento teve como objetivo debater o cenário na América Central e América do Sul, sendo que Jardim foi convidado para apresentar o trabalho desenvolvido sobre os contaminantes emergentes no Brasil.
Um relatório publicado no ano passado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), já havia alertado sobre a necessidade do controle dos níveis globais destes compostos que causam interferência endócrina. Devido ao número elevado de produtos considerados interferentes, os responsáveis pelas iniciativas acima citadas decidiram incluir o tema definitivamente como prioritário.
O documento apontou, ainda, para o crescente número de evidências relacionadas a desordens na saúde humana associadas ao sistema endócrino, bem como seus efeitos na vida selvagem. A conclusão final aponta que os riscos a exposição a estes compostos pode estar sendo subestimado. “Se um composto exógeno ou estranho no organismo confunde nosso sistema hormonal, seja por inibição ou por estímulo, então temos um desequilíbrio. Este desequilíbrio pode se manifestar de várias formas, dependendo de qual glândula e quais hormônios estão sendo afetados”, explica Jardim.
Como conseqüência, o ser humano pode manifestar doenças como diabetes, obesidade, câncer de tireóide, de testículo, de ovário, antecipação da menarca, indefinição sexual, entre outros. Na biodiversidade, entre as conseqüências apontadas pelo pesquisador, estão a feminilização dos machos já observados em peixes, o imposex em bivalves, o declínio da população de crocodilos na Flórida (EUA) e uma série de outros efeitos similares já documentados em aves, roedores e mamíferos.
Os contaminantes emergentes podem ser encontrados em itens utilizados no cotidiano da sociedade, como em nanomateriais, produtos de higiene pessoal como os protetores solares, hormônios sintéticos, pesticidas, inseticidas e retardantes de chama.
O pesquisador alerta que os efeitos na saúde humana podem levar décadas para serem manifestados, por conta disso, é difícil identificar a influência destes compostos no organismo e atrelar a eles os efeitos, desta forma, os governos podem estar subestimando suas conseqüências. “Como são muitos os compostos, cada região do globo tem basicamente seu problema. Os compostos estão intimamente relacionados com o desenvolvimento econômico”, diz. “Países em desenvolvimento, geralmente, tem problemas com os pesticidas, pela vocação agrícola, e com hormônios, pela falta de saneamento”, ressalta.
Ele afirma também que existem poucos dados sobre os verdadeiros efeitos destes compostos na biodiversidade, em especial na América Latina. “Os inventários de concentrações medidas nas diversas matrizes ambientais também são escassos”, observa Jardim.
Em sua opinião, algumas medidas poderiam ser consideradas pelos governos destas regiões efetivamente. “Primeiro seria necessário identificar claramente quais os compostos que podem comprometer a saúde do ambiente e do ser humano. Esse tipo de inventário ainda é incipiente no Brasil, por exemplo. Uma vez diagnosticado, procurar substitutos para estes compostos ou minimizar suas aplicações”.
O pesquisador lembrou que o encontro do SAICM incluiu o tema entre os assuntos preocupantes para os governantes, responsáveis pela tomada de decisão na América Latina. “Por ser um assunto novo para os governos foram delineadas as primeiras ações, que serão tomadas para conhecer o problema em cada um destes países”, informou.
Sistema Endócrino - É responsável por vários processos no corpo humano, incluindo o crescimento e desenvolvimento sexual, sendo que para isso são produzidos hormônios que atuam nas mais diversas partes do corpo, em quantidades muito pequenas. As principais glândulas produtoras de hormônios são a hipófise, a tireóide, as paratireóides, as supra-renais, o pâncreas, ovários e testículos e o timo. Os hormônios são substâncias consideradas vitais para o equilíbrio do organismo.
Para mapear o cenário brasileiro, além do estudo sobre os contaminantes emergentes utilizados, o INCTAA vem desenvolvendo um projeto de pesquisa destinado a produzir uma radiografia da situação dos mananciais e da qualidade da água de abastecimento fornecida à população brasileira, bem como para subsidiar políticas públicas referentes ao assunto.
Coordenação de Comunicação Social
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Seg, 14 Out 2013 13:55:00 -0300
Brasil e Países Baixos iniciam cooperação em desastres naturais
O secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antonio Elias, recebeu nesta terça-feira (8) a ministra de Comércio Exterior e Cooperação para o Desenvolvimento dos Países Baixos, Lilianne Ploumen, para discutir o apoio bilateral em bioeconomia e mudanças climáticas.
"É fundamental que a gente olhe esse conjunto de ações que estamos desenvolvendo ao longo dos últimos anos neste momento que vive o Brasil", declarou Elias. "Precisamos avaliar onde estamos e aonde podemos chegar, em um movimento de resultado efetivo para a sociedade".
Liliane ressaltou o equilíbrio adquirido pela cooperação desde que as duas partes assinaram o primeiro acordo, em 1969. "Trinta e quatro anos atrás, a relação consistia em nós transferirmos tecnologia para vocês, mas agora temos de fato um intercâmbio, em diversos níveis", observou a ministra.
Acordo - No encontro, a diretora do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI), Regina Alvalá, assinou um memorando de entendimento com o diretor para Adaptação Climática e Gerenciamento de Riscos do instituto Deltares, Cees van de Guchte.
Ambas as instituições se comprometem a desenvolver projetos de cooperação científica e tecnológica para antecipar a ocorrência de desastres naturais em áreas de risco. O Deltares faz pesquisa aplicada nos campos de água, subsolo e infraestrutura, especialmente em bacias hidrográficas, deltas de rios e regiões costeiras.
Segundo Regina, o Cemaden já mantinha acordos informais com os Países Baixos. "Entre vários aspectos relevantes do entendimento, a gente espera trabalhar em cooperação para avançar mais, sobretudo, em temas relacionados com a modelagem de inundações, fluxo de detritos e deslizamento de terra".
Bioeconomia - O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Glaucius Oliva, informou números preliminares de chamada pública com a Organização Holandesa para Pesquisa Científica (NWO, na sigla em holandês), lançada em junho, com objetivo de apoiar projetos conjuntos de pesquisa e inovação em bioeconomia.
"Recebemos 37 inscrições para concorrer aos R$ 4 milhões disponíveis do lado brasileiro, mas três delas não tinham parceiro bilateral", contou o presidente do CNPq. "Então, temos agora 34 projetos pré-selecionados, a serem avaliados por um comitê conjunto em dezembro. Ficamos surpresos com o bom número e esperamos que as atividades comecem já no início de 2014".
Glaucius lembrou que o próximo edital do programa Ciência sem Fronteiras, a ser lançado segunda-feira (14), tem a Holanda entre os 19 destinos com vagas. Até o momento, 987 bolsas foram concedidas para alunos brasileiros nos Países Baixos ¿ 780 de graduação e 207 de pós-graduação. A ministra Lilianne elogiou a iniciativa e sugeriu a vinculação dos estudantes a projetos bilaterais.
Ao encerrar a reunião, Elias indicou como "uma boa perspectiva de trabalho conjunto" o desenvolvimento urbano: "Vocês têm uma experiência enorme e poderiam certamente, em cooperação, avançar conosco para nós nos apropriarmos melhor dessa capacidade na questão das cidades."
Texto: Rodrigo PdGuerra - Ascom do MCTI
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Qui, 10 Out 2013 18:06:00 -0300
Coordenador do Criosfera alerta sobre efeitos das mudanças climáticas
O mês de setembro reforçou a tese dos pesquisadores das mudanças climáticas, de que em menos de 100 anos o aquecimento global modificará o ambiente planetário. Duas entidades internacionais divulgaram diagnósticos neste mês que apontam para tal entendimento, segundo o coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) da Criosfera, Jefferson Simões. O Centro Nacional de Neve e Gelo (NSIDC), dos Estados Unidos, e o Painel Intergovernamental para Mudanças do Clima, da Organização das Nações Unidas (IPCC/ONU), ambas as siglas no idioma inglês.
De acordo com dados do centro, no dia 13 de setembro de 2013, a extensão do gelo marinho no Oceano Ártico foi contabilizada com 5,10 milhões de km2. "Esta é a extensão mínima do ano. Se compararmos com o mínimo do ano passado de 3,2 milhões de km2, essa medição corresponde a um aumento de quase 60%, porém, foi a sexta menor área de gelo marinho nos últimos 34 anos", explica Simões, especialista dos temas polares.
Para compreender este processo sazonal é importante conhecer ocicio climático da região. A extensão do gelo no Oceano Ártico aumenta a cada inverno e diminui a cada verão, por conta da variação no aporte da radiação proporcionada pelo Sol. Considerando este fator, todos os anos a cobertura registra seu ponto mínimo em setembro, pouco depois do período mais quente do ano, oque é um fenômeno natural, mas os baixos índices médios registrados nos últimos anos são inéditos.
Ratificando a afirmação anterior sobre o impacto do aquecimento global no Ártico, o coordenador do INCT Criosfera lembra que no dia 27 de setembro, o painel da ONU divulgou a estimativa de que o planeta sofrerá um aumento da temperatura média global de no mínimo 1,5 graus Celsius até o final do século. "Este aumento não será homogêneo e na região do Ártico poderá facilmente ultrapassar 3°C", pondera.
Ele explica que a diminuição da cobertura de gelo do Oceano Ártico decorre do aumento da temperatura atmosférica. "Independente da origem, o que sabemos e é o mais importante, é que não temos registro desse fenômeno nos últimos 500 anos e aumentando a temperatura é provável que não tenhamos mais gelo marinho no verão polar até 2040", alerta.
O aquecimento da atmosfera acima do Ártico é um dos mais rápidos no mundo. Com o aumento da temperatura, o gelo do mar derreterá e mais energia solar será absorvida pelas águas do oceano. Uma área coberta de neve e gelo reflete 80% da energia recebida do sol, se eles desaparecerem o mar refletirá somente 20% desta energia.
"Além disso, o gelo marinho é um bom isolante térmico, pois não permite a troca de energia entre o oceano e a atmosfera. Removendo o gelo marinho essa troca de energia torna-se mais eficiente e, conseqüentemente, continuará propiciando a elevação da temperatura da região e mudará o padrão das correntes oceânicas superficiais árticas", destaca Simões.
Ainda é difícil prever quais as conseqüências do fenômeno na escala global, mas para a biodiversidade a previsão é negativa. "A teia alimentar ártica, basicamente marinha, é modificada com o desaparecimento do mar congelado. Corta rotas de migração de mamíferos que vivem na superfície e muda o aporte de radiação na camada superficial do oceano, afetando a produtividade de microorganismos, base da teia alimentar. A floresta boral já mostra os primeiros sinais de expansão para o Norte, avançando sobre o bioma Tundra", descreve.
"Não devemos esquecer também oimpacto dessas rápidas modificações para as comunidades autóctones, como os Inuits conhecidos popularmente por esquimós, que tem seu modo de vida baseado na caca e pesca ártica", lembra.
Ártico - A medição no gelo marinho do Ártico é referência para as mudanças climáticas mundiais, por ser um controle pioneiro e por ter continentes no seu entorno, o que aumenta a influência das ações humanas na região. Embora pareça isolado do restante do mundo, ooceano que rodeia oPolo Norte geográfico afeta todo oplaneta.
As mudanças climáticas que lá estão mais evidentes podem já no curto prazo, acentuar eventos climáticos extremos como secas e chuvas fortes. "Essa rápida redução do gelo marinho ártico surpreendeu a comunidade científica, pois as previsões indicavam que tal redução só ocorreria em algumas décadas", observou.
O grupo coordenado por Simões pretende elevar a quantidade dos projetos de pesquisa neste ambiente. "No Ártico, por enquanto, só monitoramos a situação do gelo marinho no INCT. Existe a intenção de fazer a primeira expedição cientifica nacional ao ártico no verão de 2016/2017. Ainda não definimos para qual parte do território iremos, mas as pesquisas serão relacionadas à investigação de testemunhos de gelo, que provêem o melhor registro da história climática existente", opina.
Geopolítica - A redução da área coberta por mar congelado começa a permitir a navegação através de uma passagem entre a Europa e a Ásia, via Norte da Sibéria. Essa seria a passagem do Nordeste, tão sonhada desde a época dos Grandes Descobrimentos, pois reduziria a rota marítima em milhares de quilômetros e facilitaria a exploração dos recursos minerais na Sibéria.
"Em particular, facilita a exploração de recursos como o óleo e o gás na costa e plataforma continental norte-americana e siberiana", enfatiza Simões. "Esse, inclusive, é o motivo básico das diferentes ações russas ao longo dos últimos anos, para reforçar sua soberania no alto ártico, inclusive para estender sua plataforma continental conforme permite a Convenção das Nações Unidas sobre oDireito do Mar", finaliza.
Confira os dados citados no texto:
Centro Nacional de Neve e Gelo (NSIDC)
Painel Intergovernamental para Mudanças do Clima (IPCC)
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Qua, 09 Out 2013 13:56:00 -0300
Glaucius Oliva concede entrevista para o programa Conexão Ciência
Em entrevista para o programa Conexão Ciência, o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva, falou sobre o programa Ciência sem Fronteiras e a produção científica brasileira.
Educação, pesquisa, desenvolvimento e inovação foram os principais temas abordados pelo presidente do CNPq, que também é pesquisador e professor da Universidade de São Paulo (USP).
O programa Conexão Ciência é uma produção da Embrapa e da TV NBR e vai ao ar todas as terças-feiras, às 20h30, pela emissora do Governo Federal. O programa discute os principais assuntos sobre o desenvolvimento científico relacionado à agropecuária, pesquisa, meio ambiente e tecnologia.
Assista a entrevista aqui ou no site da Embrapa
http://www.youtube.com/watch?v=nTbvN6KNTU8&feature=share&list=PLhWY8l8K2BUMcInvq95_wnobCSdWhOUvQ
Coordenação de Comunicação Social
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Qua, 09 Out 2013 13:46:00 -0300
Cem utiliza dados do IBGE e PNAD para compor novo projeto
Quanto o Brasil mudou nos últimos cinquenta anos? Esclarecer esta questão é a meta principal do Projeto Censo, coordenado pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Centro de Estudos da Metrópole (INCT Cem). A iniciativa contará com bancos de dados dos Censos Demográficos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), ao longo de meio século, e das Pesquisas Nacionais por Amostragem de Domicílios (PNADs), coletadas nos últimos 35 anos.
Os levantamentos realizados pelo IBGE são decenais e constituem a principal fonte de informações sociodemográficas do país. A coleta é baseada em duas ações, um questionário aplicado a toda a população e outro aplicado apenas para uma parcela de amostragem, entre 10% e 25% do total de habitantes, aproximadamente 20 a 30 milhões de pessoas.
Já o banco de dados do PNAD é abastecido com pesquisas anuais, agregando dados detalhados sobre diversos temas de interesse. Um suplemento cujo tema é variável acompanha a pesquisa. Por sua regularidade e abrangência quantitativa para pesquisas sociais, contribui para suprir a lacuna do período intercensitário.
Dicionários de códigos nos formatos DOC, PDF ou XLS e a documentação complementar original elaborada pelo IBGE, assim como os arquivos originais no formato DAT do PNAD, também foram incorporados à base do novo site do Cem e estão disponíveis para acesso livre. O cadastro é gratuito.
INCT- O Centro de Estudos da Metrópole desenvolve estudos avançados sobre temas relacionados às transformações sociais, econômicas e políticas das metrópoles contemporâneas sob um novo modelo de organização realizado por equipes multidisciplinares, entre eles demógrafos, cientistas políticos, sociólogos, geógrafos e antropólogos.
Sua agenda de pesquisa objetiva estudar o Brasil contemporâneo para proporcionar melhor entendimento sobre o papel complexo das políticas públicas e das instituições no crescimento econômico, redução da pobreza e redução da desigualdade.
Coordenação de Comunicação Social
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Seg, 07 Out 2013 16:34:00 -0300
Estudo de ácaros pretende auxiliar no biomonitoramento de longa duração
A posição geográfica em que uma grade amostral é inserida na paisagem pode gerar respostas diferentes sobre o meio ambiente. Esta é uma das teorias defendidas na pesquisa realizada com ácaros na Amazônia, pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Centro de Estudos Integrados de Biodiversidade Amazônica (INCT CENBAM) e o Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio), com a colaboração de pesquisadores convidados.O delineamento amostral é baseado no método Rapeld, permitindo levantamentos rápidos sobre Projetos Ecológicos de Longa-Duração (PELD), programa coordenado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e o monitoramento das mudanças no meio ambiente. A seleção de indicadores de biomonitoramento e a avaliação da comunidade de ácaros nesta região poderão servir de base para estudos ecológicos e projetos de conservação em diversos ambientes florestais.O sistema vem sendo utilizado em grades amostrais nas trilhas da Reserva Ducke, localizada na zona metropolitana de Manaus (AM). O local é composto por nove trilhas na direção Norte-Sul e outras nove no eixo Leste-Oeste, dispostas a cada um kilômetro, formando uma malha de 64 km2, que abrange toda a reserva. Ao longo de cada trilha Leste-Oeste foram estabelecidas oito parcelas – pontos de pesquisa com grades amostrais -, distantes um kilômetro entre si, totalizando 72 parcelas permanentes de amostragem.“Cada parcela tem 250 metros de cumprimento e segue a curva de nível do local para manter o mesmo tipo de solo e suas características. Em relação à posição geográfica, imagine que os pontos amostrais da figura foram instalados naquela posição geográfica. Agora imagine que você desloque aqueles pontos, todos de uma vez para outro lugar, por exemplo, há um quilometro para o lado. Nosso trabalho mostra que os resultados obtidos podem depender dessa posição inicial da grade”, explica a coordenadora da pesquisa, Elizabeth Franklin.Segundo a pesquisadora, em algumas posições os resultados e conclusões biológicas podem ser bastante diferentes, caso a grade seja instalada em posição distinta da anterior, mesmo que seja em um ângulo muito próximo.“No início do estudo, os ácaros oribatídeos edáficos foram coletados e identificados em todas as 72 parcelas. Porém, para efeito de biomonitoramento ambiental, nós notamos que isso demandaria muito esforço”, diz. “Isso porque os animais têm que ser coletados em vários períodos subsequentes para notar mudanças que possam ocorrer na comunidade de ácaros em resposta às mudanças no ambiente”.
A solução para isso foi encontrar um grupo de ácaros com maior representatividade na comunidade encontrada na reserva e que sirva de parâmetro para a pesquisa no ambiente, excluindo espécies raras das análises, o que também otimiza recursos e facilita a identificação em estudos de biomonitoramento. “Como uma alta diversidade de 161 espécies foi detectada nas 72 parcelas, a decisão primordial seria entre excluir os ácaros oribatídeos ou usar um atalho. Então, nós procuramos saber qual o grupo de espécies que poderia funcionar como substituto do total de espécies. Nós chamamos esses grupos de espécies de ‘táxons substitutos’”, contextualiza Elizabeth.
Sendo assim, se os padrões ecológicos similares persistissem em grupos reduzidos de espécies existiria o atalho citado que aumenta a eficiência do biomonitoramento ao utilizar táxons substitutos. “Para isso, verificamos se as matrizes de dados com menor número de espécies poderiam identificar as relações capturadas com o total de 161 espécies de ácaros oribatídeos”, afirma. “Ressaltamos que um levantamento detalhado deve ser feito no início do biomonitoramento, apesar dos custos, para justificar o uso de táxons substitutos”.
O estudo foi focado nos ácaros, principalmente, por ser um dos grupos de invertebrado de pequeno porte mais abundante no solo e que se alimenta de restos de vegetais, fungos e outros microrganismos responsáveis pela decomposição da matéria orgânica. “Apesar de 80% a 90% dos invertebrados da serrapilheira e da vegetação arbustiva não terem sido bem explorados em estudos da biodiversidade e de biomonitoramento ambiental, nenhum programa de biomonitoramento pode ser considerado completo sem a inclusão de alguns grupos de invertebrados”.INCT – Segundo o coordenador do Centro de Estudos Integrados de Biodiversidade Amazônica, William Magnusson, o objetivo do projeto atende as metas do INCT, principalmente, no que tange à elaboração de protocolos de coleta que irão propiciar resultados dentro do método Rapeld. “Esses novos protocolos de coletas da biodiversidade em média e grande escala espaciais, devem ser testados e recomendados, de modo a simplificar o processo de coleta”, ressalta. “Eles devem forneçer informaçõs ecológicas necessárias para a preservação de áreas e contribuir com políticas públicas, com aplicabilidade em EIA/RIMA e demais avaliações de impactos ambientais”, enfatiza.Os resultados da pesquisa serão aproveitados para atender aos objetivos do biomonitoramento de áreas. O material coletado também está depositado nas Coleções Zoológicas do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA) e de museus parceiros do projeto, e servirá como um testemunho da biodiversidade presente na Reserva Ducke.“A proposta para o futuro é verificar o que ocorreu com a comunidade e suas relações ambientais daqui a 3, 5, 10 ou mais anos. Adicionalmente, esse material servirá para descrições taxonômicas e revisões de famílias ou gêneros de ácaros”, acredita Magnussom. “Muitas espécies poderão ser selecionadas dentro do universo coletado neste estudo para responder a importantes questões sobre sistemática e filogenia” finaliza. No desenvolvimento do estudo, o projeto ainda formou um especialista em ácaros oribatídeos e dois parataxonomos, já inseridos no mercado de trabalho.A Reserva Ducke possui uma área total de 10 mil hectares, grande diversidade biológica e envolve um quadro social relevante pela grande concentração humana que reside em seu entorno. O estudo intitulado "Geographic position of sample grid and removal of uncommon species affect multivariate analyses of diverse assemblages: The case of oribatid mites (Acari: Oribatida)" foi publicado na revista Ecological Indicators.Coordenação de Comunicação Social
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Sex, 04 Out 2013 17:07:00 -0300
Divulgado resultado parcial da chamada para inovação nos nascimentos prematuros
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) anunciou no dia (03), o resultado da segunda fase da Chamada 05/2013, destinada a apoiar projetos de pesquisa voltados à inovação dos métodos de prevenção e manejo dos nascimentos prematuros. O financiamento total previsto para esta iniciativa é de R$ 8,2 milhões.
Apróxima etapa será composta por duas ações. Uma reunião para ajustes metodológicos ou orçamentários das propostas enviadas, com base nas observações apresentadas pelo Comitê Julgador, e a continuidade do processo de aprovação do CNPq, de acordo com os entendimentos estabelecidos na oportunidade.
No total, 156 propostas foram enviadas para integrar o montante de projetos apoiados. Destas, 31 permanecem na chamada. Para a reunião de ajustes, 13 coordenadores foram convocados através de notificação já enviada.
Este procedimento referente ao ajuste dos projetos já estava previsto na chamada, divulgada pelo CNPq no dia 02 de julho deste ano. A lista com os nomes dos coordenadores convocados, consta na divulgação dos resultados das chamadas públicas na página do CNPq.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Sex, 04 Out 2013 11:36:00 -0300
Ônibus levará público da SNCT da Rodoviária ao Parque de Exposições
A parceria firmada entre a Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis/MCTI) e o Governo do Distrito Federal (GDF) promete garantir mais comodidade aos visitantes da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) 2013 no Distrito Federal.
Os interessados em conhecer os estandes e participar das diversas atividades do evento terão uma linha exclusiva e gratuita de ônibus (da Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília -TCB) que fará o percurso da Rodoviária do Plano Piloto ao Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, onde acontece a SNCT, de 21 de 27 deste mês.
“Foi um apoio muito significativo, porque facilitará o acesso da população ao evento, que tem por objetivo tornar presente o conhecimento científico no cotidiano das nossas crianças e jovens”, avalia o coordenador da SNCT no Distrito Federal, Pedro Veiga.
Parceiros - A parceria com a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) e com o Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU) também garantirá o fornecimento de água para o local e o reaproveitamento do lixo produzido no evento, que será reciclado e doado a cooperativas de catadores do DF.
Segundo Veiga, além do trabalho conjunto com as Secretarias de Ciência e Tecnologia e do Turismo do GDF, o envolvimento da Secretaria de Educação promete movimentar ainda mais o evento. O estande apresentará os trabalhos desenvolvidos por 210 escolas da rede pública, selecionados a partir de mostras realizadas em todas as regionais de ensino.
“Isso agrega muito, porque democratiza o acesso das escolas públicas, além de ser relevante para os próprios estudantes, para que eles se sintam parte dessa grande mobilização da SNCT”, comentou Veiga.
A semana no DF - Aproximadamente 100 expositores devem participar do evento em Brasília, entre eles, agências de fomento e unidades de pesquisa ligadas ao MCTI. Atividades interativas, palestras, minicuros, mesas-redondas, seminário, oficinas e visitas de atletas estão entre as atividades programadas, segundo a temática desta 10ª edição: “Ciência, Saúde e Esporte”.
A SNCT do DF ocorrerá de 21 a 27 de outubro, com funcionamento de segunda a sábado, das 8h30 às 18 horas. Na quarta-feira (23), ficará aberta até 22 horas, para atender aos alunos do período noturno. No domingo (27), a feira abrirá das 10 horas às 16 horas.
Sobre a SNCT - A SNCT é realizada em todo o país no mês de outubro, desde 2004, sob a coordenação da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do (Secis) do MCTI e a colaboração de entidades e instituições de ensino, divulgação e pesquisa. Sua finalidade principal é mobilizar a população, em especial crianças e jovens, a respeito de temas e atividades de ciência e tecnologia (C&T).
No site do evento é possível acessar as informações sobre a Semana de C&T em todos os estados, onde as instituições parceiras e demais mobilizadores devem se cadastrar ou efetuar o recadastramento para a SNCT 2013 e registrar as atividades programadas.
Texto: Ascom do MCTI
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Qui, 03 Out 2013 11:07:00 -0300
Pensamento Prospectivo será discutido em encontro na Fiocruz
O 2º Encontro Brasileiro de Prospectiva e Planejamento Estratégico será realizado, de 04 a 06 de novembro, na sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Brasília. O evento visa consolidar a proposta de constituição de uma Escola Brasileira de Planejamento de Longo Prazo. O tema desta edição é Brasil do Futuro - Prospectiva para Inovação e Desenvolvimento.
Durante o encontro serão realizados debates sobre a importância do pensamento prospectivo para o desenvolvimento das organizações dos diferentes setores da sociedade, alem contribuir para fortalecer e ampliar a Rede Brasileira de Prospectiva (RBP).
Rede - A RBP integra organizações e pessoas do poder público, da iniciativa privada e do terceiro setor que atuam na área de planejamento estratégico de médio e de longo prazo, utilizando métodos e técnicas de prospectiva.
A rede visa promover o intercâmbio de conhecimentos e práticas em prospectiva, por meio de ações colaborativas, fortalecendo a gestão estratégica das organizações, em benefício da sociedade brasileira.
Para inscrições e mais informações acesse o site do evento.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Qua, 02 Out 2013 16:47:00 -0300
Pesquisa com robôs pretende dar maior autonomia aos pacientes de reabilitação
Sistemas mecatrônicos de tempo real pretendem proporcionar aos pacientes de reabilitação física, a capacidade de desempenhar ações com maior autonomia em seu cotidiano de forma plena. Esta é a meta do projeto de pesquisa vinculado ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas Embarcados Críticos (INCT-SEC).
O projeto foi desenvolvido por docentes e alunos de graduação e pós-graduação, do laboratório de Mecatrônica da Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo (EESC/USP), que desenvolve tanto atividades de pesquisa quanto didáticas de robótica. A pesquisa consiste em criar robôs que permitam maior interação com humanos através da manipulação robótica habilidosa, para auxiliar na reabilitação física de pacientes.
Os robôs de reabilitação seriam utilizados em pacientes que sofreram algum tipo de dano físico grave, como ocorre após um Acidente Vascular Cerebral (AVC), ou com um nível menor de trauma, como no caso de uma fratura de punho. Os robôs Scara e Kuka, além da mão robótica Kanguera, estão sendo desenvolvidos especificamente para esta finalidade terapêutica.
Conforme o coordenador do projeto, Glauco Caurin, as atividades no âmbito do INCT-SEC foram elevadas a um patamar de amadurecimento e confiança. “Passamos a desenvolver dispositivos robóticos mais confiáveis e capazes de interagir de forma segura com os seres humanos”. Ele informa que o projeto envolve também trabalhos com a empresa Embraer e atividades clínicas conjuntas com hospitais, tendo como objetivo o fortalecimento do contato direto entre robô e ser humano.
Durante os ensaios laboratoriais realizados apenas com pessoas saudáveis, a pesquisa apontou que existem demandas distintas de acordo com as necessidades individuais. “Este é um resultado que confirma a nossa hipótese de ganhos com o uso dos robôs”, diz Caurin. “Máquinas dedicadas que apresentam programas e parâmetros fixos ou mesmo pré-ajustados, não são suficientemente versáteis para se adequarem às características desejadas por cada paciente e seu respectivo terapeuta”, explicou.
Dentre as atividades concluídas até o momento, está o desenvolvimento de um sistema de manipulação de arquitetura aberta, a produção de um sistema de reabilitação robótica com três graus de liberdade, um sistema crítico que permite o contato direto entre robô e o ser humano, e o desenvolvimento de jogos especiais para a reabilitação robótica.
Caurinressalta que o robô é ligado ao paciente e dependendo do número de movimentos que se pretende exercitar, utilizam-se robôs com capacidades correspondentes aos movimentos, ou seja, graus de liberdade. “No caso do punho temos dispositivos mais simples que permitem um único movimento e um dispositivo mais complexo com capacidade para realizar até três movimentos simultâneos. O tipo de robô utilizado também impõe mudanças nos jogos e no protocolo de terapia”.
Segundo o pesquisador do INCT, os resultados clínicos obtidos por laboratórios parceiros no exterior, com extensas pesquisas hospitalares, demonstram que esse tipo de abordagem é benéfico e supera tratamentos convencionais quando aplicado aos membros superiores.
“Até o momento, nossos robôs foram testados apenas com voluntários saudáveis. Nos próximos projetos pretendemos transferir os benefícios dessas novas tecnologias para pacientes que sofreram AVCs”, diz. “Para isso, dependemos de autorização do comitê de ética, mas o conceito já está suficientemente robusto e seguro para ser utilizado em testes com pacientes. Pretendemos iniciar os primeiros testes nos próximos seis meses”, conta. Já a conclusão da proposta de desenvolvimento está prevista para daqui dois anos, com a composição de um protótipo em condições funcionais plenas.
Reabilitação - Consiste em provocar novas conexões neurais através do sincronismo entre a intenção do usuário e a realização do movimento. Quando o usuário ainda possui potência muscular ele é auxiliado pelo robô. Posteriormente, com o progresso do tratamento, o robô deixará de apresentar um comportamento passivo para oferecer maior cooperação. “Ele passa a resistir ao movimento e força o ganho de tônus muscular, assim o robô tem um comportamento dinâmico ao longo do processo. Não se trata de uma máquina simples que executa apenas sempre as mesmas instruções e funções”, destaca Caurin.
O sistema de reabilitação física de pacientes é composto por um robô com um ou mais graus de liberdade, dependendo da articulação ou conjunto de articulações que serão tratadas. “O robô não é semelhante aos utilizados na indústria, pois apresenta capacidade de interação e estabelece contato físico seguro com o usuário”, diz Caurin. Na maioria das circunstâncias testadas, o paciente e o robô estavam conectados durante toda a terapia.
Os jogos de computador integrados ao robô serão responsáveis pela indução de movimentos, forçando o paciente a repetir procedimento pré-estabelecidos pelo corpo clínico, de acordo com a orientação do profissional envolvido no tratamento. “Temos no momento, uma nova versão de jogo em teste. Agora com uma interface mais agradável em 3D, que trás uma aparência mais atual para o sistema. Percebemos que os usuários gostam muito de características high-tech nos dispositivos. Existe uma predisposição para usar os recursos mais recentes”, observa Caurin.
Segundo o pesquisador, para que exista uma recuperação funcional, o sistema nervoso necessita impor um sincronismo entre intenção e ação. “O retorno de informação táctil oferece um rico campo para que isto ocorra. A sensação de esforço, resistência, ajuda, estabelecimento e perda de contato, velocidade, aceleração, entre outros, é fundamental para o processo de reabilitação”, acredita. “Em paralelo, o robô em contato direto com o paciente serve ainda como uma base de sensores para medir o desempenho alcançado, em padrões muito superiores aos utilizados atualmente na área de saúde”, finaliza.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq