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Sex, 13 Jan 2023 16:32:00 -0300
Migração Portal
Acesse o novo Portal do CNPqDesde dezembro de 2020, o endereço do Portal do CNPq mudou para:
https://www.gov.br/cnpq
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Seg, 07 Dez 2020 12:31:00 -0300
Programa Ciência no Mar ganha mais recursos com adesão da Marinha
Parceria entre CNPq e Marinha proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões para 4 projetos da Chamada de apoio à Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões, recursos da Marinha e do MCTI.Parceria firmada entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Marinha do Brasil proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões à Chamada CNPq/MCTIC Nº 06/2020 - Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar, com apoio a novos quatro projetos. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões em investimentos. Além da Marinha, os recursos serão investidos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A chamada foi lançada com o objetivo de selecionar projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação relacionados ao derramamento de óleo ocorrido a partir de agosto de 2019 na costa brasileira que visem contribuir significativamente para o Programa Ciência no Mar.
Nesta segunda, 07, às 14h, a Marinha realizará a 1ª Sessão Ordinária da Comissão Técnico-Científica para o Assessoramento e Apoio das atividades de Monitoramento e a Neutralização dos Impactos decorrentes da Poluição Marinha por Óleo e outros Poluentes na Amazônia Azul, com a participação do Presidente do CNPq, Evaldo Vilela. Saiba mais.
Veja aqui o resultado final completo.
Importância litorânea para o Brasil
O recente desastre de derramamento de óleo na costa brasileira em 2019 demonstrou a importância de ações públicas embasadas no melhor conhecimento científico disponível, a fim de que as iniciativas de remediação reduzam os prejuízos para a biodiversidade e para a saúde humana. Além disso, ressaltou a necessidade de evidências científicas na proposição de medidas que busquem a prevenção a novos acidentes que possam colocar em risco a qualidade de vida da ocupação humana ao longo da costa brasileira.
Estima-se que mais de 26% da população brasileira resida na zona costeira, sendo o litoral a área protagonista no histórico processo de ocupação do território nacional. A importância litorânea pode ser expressa pelo recorte federativo brasileiro: são 17 Estados e 274 Municípios defrontantes com o mar, e 16 das 28regiões metropolitanas existentes no País. O Brasil possui diversas ilhas costeiras, inclusive abrigando capitais (São Luís, Vitória e Florianópolis), além de ilhas oceânicas que representam pontos importantes do território nacional (Fernando de Noronha, o Arquipélago de São Pedro e Trindade e Martim Vaz, e o Arquipélago de Abrolhos).
Grande parte do comércio internacional, da exploração do petróleo, da atividade pesqueira e de turismo está relacionada com o mar brasileiro. Relevante também é a riqueza da biodiversidade marinha e costeira do País, que deve ser preservada como importante ecossistema para a manutenção da vida. Além disso, o Brasil possui 26,3% de sua Zona Econômica Exclusiva protegida dentro de unidades de conservação, que devem também ser pólos-modelo para medidas de conservação e uso sustentável.
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Qui, 26 Nov 2020 17:37:00 -0300
CNPq divulga resultado preliminar da Chamada nº 25/2020
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.
Esta chamada promove a redistribuição das bolsas retidas ao final de sua vigência no período do 1 de julho a 30 de dezembro de 2020, iniciando a diretriz de realinhamento da concessão de bolsas de pós-graduação à missão precípua do CNPq. Esta iniciativa, em concepção desde 2019, prevê uma transição gradual do sistema antigo de quotas de bolsas ao novo sistema de concessão por meio de projetos institucionais de pesquisa. Tais projetos são apresentados pelos programas de pós-graduação e aglutinam de forma global o direcionamento da pesquisa nos respectivos cursos. A concessão baseia-se numa avaliação de mérito dos projetos, feita por comitês de especialistas.
O resultado preliminar garante a manutenção de bolsas encerradas no período citado, na proporção prevista no item 5 da Chamada, em programas de pós-graduação estabelecidos. Além disso, houve entrada de novos programas no sistema. Os projetos são avaliados por mérito e são aprovados a partir de disponibilidade orçamentária do CNPq.Ressalta-se que não houve nenhuma redução de bolsas no sistema do CNPq; a mesma concessão anual de cerca de R$ 400 milhões em bolsas de mestrado e doutorado está mantida. Uma segunda chamada dessa natureza será lançada brevemente, considerando as bolsas a vencer no próximo semestre.
O CNPq informa que o período de interposição de recurso administrativo ao resultado preliminar é de 25 de novembro a 4 de dezembro de 2020.
Demanda
Do total de 1.595 propostas recebidas de Cursos de Mestrado, 380 são cursos que já contam com bolsas do CNPq e que possuem bolsas vencendo entre 1° de julho a 31 de dezembro de 2020, enquadrando-se nos itens 5.3.1 e 5.4.1 da Chamada. Outras 628 propostas são de Cursos de Mestrado que contam com bolsas do CNPq, mas que vencem a partir de janeiro de 2021. Já outros 587 Cursos de Mestrado, por sua vez, não contam, na atualidade, com o apoio do CNPq em bolsas de mestrado.
Dos Cursos de Doutorado que submeteram propostas à Chamada, 277 já contam com bolsas do CNPq e possuem bolsas vencendo no período de 1° de julho a 31 de dezembro de 2020; 483 possuem bolsas vencendo a partir de janeiro de 2021, e 794 são Cursos de Doutorado que não contam com o apoio do CNPq em bolsas de doutorado.
Veja aqui o resultado preliminar.
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Sex, 28 Ago 2020 14:21:00 -0300
Pesquisadores da UFRN desenvolvem órtese para pacientes com ELA
Com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pesquisadores da UFRN desenvolveram uma órtese que auxiliará a movimentação de membro superior em indivíduos com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), uma das mais incapacitantes doenças neuromusculares conhecidas.Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desenvolveram uma órtese que auxiliará a movimentação de membro superior em indivíduos com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), uma das mais incapacitantes doenças neuromusculares conhecidas. A órtese desenvolvida tem caráter inovador e é controlada por uma interface cérebro-máquina, ainda inexistente no mercado. O dispositivo, desenvolvido com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), permitirá que pessoas acometidas pela ELA realizem movimentos de alcançar, abrir e fechar a mão e de trazer o objeto para si, o que contribuirá para sua maior independência. Caracterizada pela degeneração de neurônios motores do encéfalo e da medula, com progressão rápida e fatal, a ELA afeta de duas a sete pessoas a cada 100 mil indivíduos e é mais comum em adultos.
Para o desenvolvimento da órtese, a equipe de pesquisa desenvolveu novas tecnologias exigidas pelo dispositivo. Foi realizado estudo para a elaboração de uma órtese com estrutura mais confortável aos indivíduos com ELA. Ao contrário de pessoas com lesão medular, quem é acometido pela ELA possui sensibilidade nas mãos. Por esse motivo, a órtese confeccionada tem uma estrutura vazada, de forma a deixar a palma da mão livre, para que os pacientes que a utilizarem consigam sentir o objeto em que estão tocando. A pesquisa sobre o dispositivo, realizada no Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde, da UFRN, constitui uma parceria entre o Programa de Pós Graduação em Fisioterapia e o Departamento de Engenharia Biomédica daquela instituição e é coordenada pela professora Ana Raquel Lindquist e pelos professores Danilo Nagem e Ricardo Valentim, respectivamente.
A órtese desenvolvida pelos pesquisadores da UFRN é confeccionada de acordo com a anatomia do braço do usuário. Depois de escanear o braço de quem vai usá-la, a equipe desenha e imprime em 3D uma estrutura de modelo vazado, fabricada em plástico de poliácido lático (PLA), um material biodegradável. Os pesquisadores conseguiram empregar o PLA por meio de parceria com a empresa privada Fix it, que cedeu os direitos da tecnologia do desenho industrial para fins de pesquisa e desenvolvimentos académicos. As pessoas que usarão a órtese conseguirão realizar os movimentos quando cabos acoplados na região dorsal da mão forem acionados por motores, que funcionam por meio de ativação por sinais cerebrais. Ao utilizar a órtese, o usuário veste um tipo de capacete com eletrodos. Os sinais gerados no cérebro são enviados para um software, que identifica de qual tipo de movimento aquele sinal representa.
A órtese confeccionada pelo estudo tem estrutura vazada, deixando a palma da mão livre para que os pacientes consigam sentir os objetos tocados. Foto: Divulgação.
No momento, a equipe do projeto se encontra ainda na fase de produção da órtese e tenta confeccionar o dispositivo de modo que ele seja o mais barato possível, para facilitar o acesso dos pacientes com ELA. De acordo com a professora Ana Raquel Lindquist, a parte mais cara da órtese é a da captação dos sinais cerebrais. A professora calcula que a órtese deverá custar de R$ 3 a 4 mil, valor mais baixo do que o das importadas. Órteses semelhantes produzidas fora do Brasil têm preço inicial a partir de US$ 10 mil. A segunda fase do projeto será a de testes de usabilidade e terá início apenas depois de as atividades se regularizarem, após a pandemia. Nessa segunda etapa, com previsão de duração de seis a oito meses, cada usuário aprenderá a usar a órtese e os pesquisadores farão os ajustes necessários, após identificar qual região cerebral do paciente será ativada na freqüência da órtese.
Os testes da segunda fase do projeto serão realizados em pessoas com diagnóstico de ELA, acompanhados pelo laboratório, no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), em Natal, Rio Grande do Norte. Porém, nem todos os indivíduos com ELA serão beneficiados. Apenas os que possuem menor déficit motor estarão aptos a usar a órtese. Pacientes em estágio mais avançado da doença, com traqueostomia e completa perda de movimentação, deverão ser analisados individualmente para o uso do equipamento. A professora Ana Raquel acredita que, no futuro, a órtese poderá funcionar também para pacientes com outras patologias neurológicas que causem a perda do movimento do membro superior.
Até o início da pesquisa não existiam, no Brasil, órteses que fizessem uso da interface cérebro-máquina para a melhora do movimento do membro superior de pacientes com ELA. Dados do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) da época do início do estudo indicavam registros de órteses de posicionamento e mioelétricas, benéficas para evitar contraturas e encurtamentos. Não havia, contudo, registro de patentes nacionais para órteses com uso da interface cérebro-máquina em patologias que causavam ausência de contração muscular.
A pesquisa foi contemplada pela chamada do CNPq de apoio à tecnologia assistiva, em 2016, totalizando um investimento de R$ 190 mil para despesas de custeio e de capital do projeto. De acordo com Michael Peterson, da Coordenação do Programa de Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais do CNPq, a pesquisa reúne características que demonstram claramente a importância não só da pesquisa pública fomentada pelo nosso SNCT (Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia) - voltada ao atendimento das necessidades da população, passando pelo fortalecimento do sistema de saúde público -, mas também o alto nível do trabalho de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) realizado pela universidades federais. Peterson também atenta para o alcance da inovação na parceria da universidade com empresas privadas. "No caso dessa pesquisa, todos esses elementos encontram-se contemplados", afirmou.
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Qua, 26 Ago 2020 17:25:00 -0300
Chamada aberta: Olimpíadas Científicas
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) apoiarão a organização de olimpíadas científicas nacionais e internacionais, realizadas no Brasil. Em virtude da pandemia do novo coronavírus, poderão ser propostas olimpíadas na modalidade virtual.
As Olimpíadas Científicas propostas deverão ter caráter gratuito, sendo vedada a cobrança de qualquer taxa ou ingresso. As Olimpíadas Internacionais devem estar em sua fase final; envolver pelo menos cinco países e ser propostas por grupo organizador de Olimpíada Científica Nacional já apoiada pelo CNPq e com tradição na área.
A data limite para submissão das propostas é 5 de outubro.
O objetivo dessa iniciativa é promover as Olimpíadas Científicas como instrumentos de popularização da ciência e melhoria dos ensinos fundamental e médio, além de identificar jovens talentosos que possam ser estimulados a seguir carreiras técnico-científicas e docente.
Os projetos aprovados serão financiados com recursos no valor global de R$ 3,1 milhões, com recrusos do CNPq e do MCTI. A divulgação final das propostas será no dia 4 de dezembro.
Para mais informações, acesse a Chamada na íntegra.
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Qua, 26 Ago 2020 09:46:00 -0300
72ª Reunião Anual da SBPC será virtual
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) realizará a 72ª edição de sua Reunião Anual inteiramente de forma virtual, entre setembro e dezembro, sempre na primeira semana de cada mês, com alguma atividade eventual na segunda semana. A decisão foi tomada diante das incertezas sobre a pandemia do coronavírus e a continuidade das medidas de isolamento social como medida mais eficiente disponível no momento para conter a disseminação da covid-19.
A programação científica do mês de setembro da versão virtual e estendida da 72ª Reunião Anual da SBPC já está disponível para consulta. O primeiro ciclo do evento será de 1º a 4 de setembro e contará com a participação de cientistas importantes de todas as áreas do conhecimento.
Nesta primeira semana, a SBPC oferecerá 8 atividades, sendo quatro conferências como ¿O que é spintrônica¿, ¿Coronavírus: da biologia ao tratamento e prevenção¿, ¿A importância dos sonhos¿ e ¿Os povos indígenas no Brasil¿. O evento também promoverá o painel ¿Ciência do mar: herança para o futuro¿, e as mesas-redondas ¿Usos sustentáveis da biodiversidade amazônica¿, ¿Sono e saúde da geração jovem. O impacto das novas tecnologias na qualidade do sono e da vida¿ e ¿Estado laico sob ataque: educação, saúde, direitos humanos¿.
As sociedades afiliadas à SBPC também promoverão painéis e conferências. Neste primeiro ciclo, que será de 1º a 4 de setembro, das 11 atividades programadas, três delas serão realizadas pelas afiliadas ¿ Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM). Veja aqui a programação completa.
No dia 2 de setembro, quarta-feira, das 10h às 11h, a SAB realizará a conferência ¿As grandes perguntas da astronomia no século XXI¿. Quinta-feira, 3/09, a SBM promove a conferência ¿Bioengenharia e biprinting: metrologia para ampliar a inovação¿. Fechando a semana, na sexta-feira, a SBEM apresenta a mesa-redonda ¿Divulgação científica, tecnologias e educação matemática para o desenvolvimento humano¿, das 15h às 17h. Todos os links de transmissão estarão disponíveis no site do evento.
Evento
O evento aconteceria de 12 a 18 de julho, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal. Para marcar a semana original e o mês em que tradicionalmente a RA é realizada, a SBPC organizou uma versão digital com minicursos online, conferências e painéis de 13 a 24 de julho ¿ a primeira Mini Reunião Anual Virtual. As atividades da programação científica, realizadas entre os dias 13 e 17, tiveram um alcance de 380 mil usuários nas transmissões pelo canal da SBPC no YouTube. O sucesso de público foi tão grande que o Conselho da SBPC e a UFRN decidiram que seria oportuno estender o evento ao longo do segundo semestre.
Com o tema ¿Ciência, Educação e Desenvolvimento Sustentável para o Século XXI¿, a versão estendida e virtual da 72ª Reunião Anual da SBPC é realizada em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O evento acontece na primeira semana de setembro (1 a 4), de outubro (5 a 9), de novembro (3 a 6) e de dezembro (30/11 a 4/12). Os painéis e as mesas-redondas promovidas pela SBPC serão transmitidos das 12h às 14h, e as conferências, às 18 horas, pelo canal da SBPC no YouTube.
A programação contará com os WEBMinicursos e a sessão de pôsteres, sempre nessas semanas. Particularmente nos sábados de cada mês, serão realizadas atividades da SBPC Jovem e a Família na Ciência, com atrações para todas as idades.
WEBMinicursos: atenção aos prazos!
Os interessados em participar dos WEBMinicursos da 72ª Reunião Anual da SBPC que serão realizados na primeira semana de setembro têm até esta sexta-feira, 28 de agosto, para se inscreverem.
A programação conta com atividades como, por exemplo, ¿Luz, sua natureza, interação com a matéria e aplicações¿, ¿Como preparar, avaliar, publicar e divulgar um artigo científico¿, ¿Boatos, mentiras, desinformação e ciência¿, e ¿Ciência empreendedora: levando sua pesquisa da bancada para o mercado¿. A lista completa dos minicursos online está disponível neste link.
Os WEBMinicursos contarão com quatro aulas, sendo as três primeiras videoaulas gravadas e disponibilizadas de 31 de agosto a 08 de setembro, e a última ao vivo, pelo Moodle, será realizada em data específica, na semana de 09 a 11 de setembro. Cada minicurso tem carga horária de oito horas, com direito a certificado de frequência para quem assistir a todas as aulas gravadas e à aula ao vivo.
Os WEBMinicursos também serão ofertados todos os meses, com assuntos de diversas áreas do conhecimento. Os interessados poderão se inscrever em até três minicursos por ciclo.
Fonte: SBPC
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Qua, 26 Ago 2020 08:41:00 -0300
I Seminário SinBiose: material complementar
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) realizou, nos dias 11, 12 e 13 de Agosto, o I Seminário de Integração SinBiose (Centro de Síntese em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos). A abertura, no dia 11/08, com o tema "Inovação na produção de conhecimento científico em Biodiversidade", teve transmissão ao vivo pelo canal do CNPq no Youtube e contou com a participação da Diretora de Cooperação Institucional do CNPq, Maria Zaira Turchi, do Secretário do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcelo Morales e com palestras dos professores Maria Carmen Lemos (Universidade de Michigan) e Rafael Loyola (UFG e FBDS), e mediação do Prof. Valério Pillar (UFRGS).
As palestras foram seguidas de debate com a participação dos debatedores Jean Paul Metzger (USP), Maria Beatriz Bonacelli (UNICAMP) e Mercedes Bustamante (UnB). O debate contou com a participação do público via comentários do YouTube de onde surgiu a proposta que foi encaminhada pela moderação de que o debate fosse replicado no âmbito de programas de pós-graduação. No sentido de enriquecer o debate, os palestrantes sugeriram material para leitura suplementar sobre o tema.
Nos outros dois dias, o evento foi dedicado a atividades de acompanhamento dos projetos pelo Comitê Científico do SinBiose, além de uma mesa-redonda sobre o tema de Manejo de dados e uso de reposito¿rios de acesso aberto, com participação de Débora Drucker (EMBRAPA) e Keila Juarez (RNP).
As palestras e material suplementar do webinar de abertura estão disponíveis em:
Apresentações e materiais complementares dos professores Rafael Loyola e Maria Carmen Lemos
Saiba mais sobre o SinBiose no site http://www.sinbiose.cnpq.br.
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Ter, 25 Ago 2020 12:06:00 -0300
Série: Compromisso do Brasil pela Ciência Aberta
Foi lançada, em julho, a Série Compromisso pela Ciência Aberta, composta por seis vídeos que tratam sobre diferentes temas da Ciência Aberta, apresentados por representantes das instituições brasileiras que atuam nesse propósito.
Participam da série, além do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), responsável pela edição dos vídeos, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), o Instituto de Pesquisa do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a Associação Brasileira de Editores Científicos (Abec) e a Scielo.
Os vídeos fazem parte dos resultados entregues pelo Marco 4 do Compromisso 3 do 4º Plano de Ação Nacional em Governo Aberto. A Parceria para Governo Aberto (do inglês, Open Government Partnership - OGP) é uma iniciativa internacional que busca difundir e incentivar práticas governamentais relacionadas à transparência, ao acesso à informação pública e à participação social. O Brasil apoia e integra a iniciativa desde seu lançamento, em 2011, juntamente com os demais países cofundadores (África do Sul, Estados Unidos, Filipinas, Indonésia, México, Noruega e Reino Unido). A Série Compromisso pela Ciência Aberta, é um dos resultados das ações de sensibilização.
No vídeo 1, Sarita Albagli (Ibict), Bianca Amaro (Ibict), Maíra Murrieta (MCTI), e Patrícia Bertin, apresentam as vantagens, as contradições entre o compartilhamento de dados e a propriedade intelectual, as vertentes da Ciência Aberta, os requisitos necessários para o compartilhamento dos dados de pesquisa, além dos resultados alcançados pelo Compromisso 3.
No vídeo 2, Luana Sales (Arquivo Nacional) e Luís Fernando Sayão (CNEN), destacam que o compartilhamento de dados só é possível quando eles possuem significado e para que isso eles precisam ser curados e gerenciados. Eles respondem aos seguintes questionamentos feitos, frequentemente, pelos pesquisadores: O que, quando e como compartilhar? Como garantir que o pesquisador será citado e creditados pelos seus dados? Essas questões são respondidas em dez passos delicadamente ilustrados por Luís Fernando Sayão.
A perspectiva da Ciência Aberta nas agências de fomento e editoras científicos é tratada nos vídeos 3 e 4, onde representantes do CNPq, professora Adriana Tonini, da Capes, Patrícia Silva, da SciELO, Abel Packer, e da Associação Brasileira de Editores Científicos (Abec), Germana Barata, tratam sobre as ações que sendo executadas por esses dois atores importantes para o avanço da Ciência Aberta no Brasil. Entre as ações das agência de fomento, deve-se dar destaque ao acordo assinado entre o CNPq e o Ibict para o desenvolvimento e implantação da Plataforma Lattes Data, que será um repositório para dados de pesquisa. Na perspectiva das editoras científicas, são relatadas ações implementadas pela Scielo para que os períodos indexados adotem práticas voltadas para Ciência Aberta, é dado destaque aos pre-prints como forma de acelerar as pesquisas sobre a Covid-19 e demais ações para o desenvolvimento e implantação dos repositórios de pre-prints.
A interoperabilidade e infraestrutura tecnológica são tratados no vídeo 5 por Carolina Felicíssimo e Leandro Ciuffo, ambos da RNP, e por Washington Segundo, do Ibict. Esse vídeo trata sobre as ações que estão sendo executadas para implantação de uma infraestrutura tecnológica que suporte um ecossistema de repositórios de dados abertos de pesquisa no Brasi e sobre os desafios e recomendações às instituições de pesquisa e desenvolvimento para implantação dos repositórios de dados de pesquisa.
E, por último, André Siqueira (Fiocruz), Michelli Costa (Universidade de Brasília), Daniela Maciel (Embrapa) e Eduardo Dalcin (Instituto de Pesquisa do Jardim Botânico do Rio de Janeiro) relatam as experiências vividas por eles e suas instituições na abertura dos dados de pesquisa.
A Parceria para Governo Aberto
Atualmente, quase 80 países integram a parceria. As ações relativas à OGP são operacionalizadas por meio de "planos de ação nacionais". Os planos de ação são criados pelos próprios países membros, com foco nas temáticas que julgam mais relevantes, e têm duração de dois anos.
No Brasil, o 4º Plano de Ação Nacional, lançado em outubro de 2018, é composto por 11 compromissos, entre eles o Compromisso 3 - conhecido como Compromisso pela Ciência Aberta -, que teve como objetivo estabelecer mecanismos de governança de dados científicos para o avanço da Ciência Aberta no Brasil, que para execução contou com ações de nove marcos. O Marco 4, coordenado pela Fiocruz em parceria com Ibict, CNEN, Capes e Embrapa, comprometeu-se em promover ações de sensibilização, capacitação e participação em Ciência Aberta.
Assista aos vídeos no canal do CNPq no Youtube: https://www.youtube.com/playlist?list=PLlqZGIaRP32SzFYhWveFfolWWQq22uhYX
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Ter, 25 Ago 2020 11:31:00 -0300
Livro Entre Campos: Ciência e Educação nos Campos Gerais do Paraná
Livro editado com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) apresenta os resultados do Projeto Entre Campos, estudos desenvolvidos na Região dos Campos Gerais, no Paraná, por pesquisadores e educadores que atuam com conservação da natureza.Livro editado com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) apresenta os resultados do Projeto Entre Campos, estudos desenvolvidos na Região dos Campos Gerais, no Paraná, por pesquisadores e educadores que atuam com conservação da natureza. Em seus aproximados 21.000 hectares, distribuídos entre os municípios de Ponta Grossa, Castro e Carambeí, a região abriga e cuida de plantas e animais raros, ameaçados ou pouco conhecidos para a ciência.
Animais da região dos Campos Gerais. Foto: Fabiana Rocha Mendes/Entre Campos.
Financiada por meio da Chamada CNPq/ICMBio/FAPs nº 18/2017, a obra reúne resultados do projeto "Educação e monitoramento para a valorização da sociobiodiversidade no PARNA dos Campos Gerais e entorno", executado pelo Instituto Federal do Paraná (IFPR) Campus Pinhais, em parceria com o Instituto Neotropical: Pesquisa e Conservação e o apoio logístico da Texas A&M University.
Paisagem da região de Campos Gerais. Foto: Eduardo Tieppo/Entre Campos.
A publicação apresenta diferentes olhares, dos 22 pesquisadores e educadores envolvidos no projeto, para um único objeto, considerado um dos ecossistemas mais ameaçados do Brasil: os Campos Gerais - região que abriga o Parque Nacional dos Campos Gerais (https://www.icmbio.gov.br/portal/unidadesdeconservacao/biomas-brasileiros/mata-atlantica/unidades-de-conservacao-mata-atlantica/2207-parna-dos-campos-gerais), criado em 2006, para proteger a história natural e cultural dos Campos Gerais, uma das regiões mais emblemáticas do Brasil.
O nome do projeto, "Entre Campos: Educação e Ciência para conservação", veio de um debate iniciado em fevereiro de 2018. "Desde a primeira leitura desse nome, seguida das centenas de vezes que o usamos em nossos materiais e produtos, tivemos certeza de seu significado: caminhar entre diferentes CAMPOS do conhecimento, compartilhando informações e descobertas não apenas entre a equipe e parceiros, mas também entre os moradores dos Campos Gerais e outros interessados", explica o Prof. Gledson Bianconi, um dos editores do livro.
Exposição promovida pelo projeto para divulgar o trabalho por meio da educação. Foto: Projeto Entre Campos/Divulgação
"O projeto não nasceu de uma conversa acadêmica em si: ele foi construído a partir de um encontro inicial com a equipe gestora do Parque Nacional dos Campos Gerais. Ali, de forma bastante franca, buscamos entender quais eram os principais desafios em pesquisa e educação dessa unidade de conservação. As ideias para temas de trabalho emergiram e era nítida para nós a necessidade de colaborar com pelo menos uma parte delas", completou.
O projeto foi vencedor do Prêmio Sesi ODS 2019 (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) na categoria "Instituições de Ensino - Ensino Superior" e também recebeu o Selo ODS pela contribuição nas ações desenvolvidas em prol dos ODS 4 - Educação de Qualidade e ODS 15 - Vida Terrestre.
A obra, editada, além de Bianconi, por Manuela D. Silva e Andrius Felipe Roque, apresenta, de forma descontraída, relatos de vivências dos pesquisadores e educadores envolvidos no projeto. Esse processo de distintas conversas durou dois anos e reúne uma mescla de resultados, da educação e extensão à diversidade e conservação; de serviços ecossistêmicos à gestão de áreas protegidas.
O livro é assinado também por Alexandre Lorenzetto, Caio Marinho Mello, Carlos Rodrigo Brocardo, Daniel Bussolaro, Eduardo Tieppo, Fabiana Rocha Mendes, Fernanda Stender, Flavia D. Ferraz Sampaio, Galiana Lindoso, Henrique Ortêncio Filho, Janael Ricetti, Lays Cherobim Parolin, Lucas Batista Crivellari, Michel Miretzki, Pedro Scherer Neto, Sandra Bos Mikich, Thomas Edward Lacher Jr. e Vinícius Abilhoa.
Capa do livro, disponível gratuitamente. Foto: Divulgação.
O Livro Entre Campos, desde sua estreia, já alcançou cerca de 8900 pessoas através das redes sociais e 760 pessoas através do site do projeto. O Livro pode ser acessado gratuitamente clicando aqui.
O Projeto
Iniciado em janeiro de 2018, o Projeto Entre Campos desenvolve atividades de educação e pesquisa científica sobre o PARNA dos Campos Gerais e seu entorno, a fim de promover a valorização das riquezas socioambientais deste território. Além do apoio do CNPq, o "Entre Campos" alinha em rede parceiros importantes no cenário nacional, como o ICMBio, o Instituto Neotropical, o IFPR, o Museu de História Natural Capão da Imbuia, a PUCPR, a UEM, a UFPR, e pesquisadores e educadores produtivos em sua linha de atuação.
O "Entre Campos" busca superar os principais desafios em pesquisas, educação e manejo do PARNA dos Campos Gerais, fortalecendo a inserção da UC no desenvolvimento regional, a conservação da natureza e a valorização da sociobiodiversidade regional.
O projeto desenvolveu e implantou um plano contínuo de Comunicação para Educação Ambiental, estabeleceu diversas parcerias com pesquisadores e grupos de pesquisa, educadores, prefeituras, universidades, museu e unidades de conservação. Houve o registro de informações para dezenas de espécies animais, incluindo várias ameaçadas de extinção. Também valorou os Serviços Ecossistêmicos prestados pela fauna e está produzindo produtos que auxiliarão na tomada de decisões e para a discussão de políticas públicas em conservação da biodiversidade.
Para mais informações sobre o Projeto Entre Campos, acesse o link do site.
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Ter, 18 Ago 2020 19:07:00 -0300
Pesquisa prevê declínio na pesca tropical devido às mudanças climáticas
Bolsista PQ do CNPq é coautora de artigo publicado na Nature que prevê a redução drástica das pescarias tropicais nas próximas décadas como resultado das mudanças climáticas. Segundo o estudo, dentro de 30 anos, a pesca tropical pode sofrer um declínio de 40% se nada for feito para mitigar as mudanças climáticas e seus efeitos.Artigo recente publicado na Nature prevê a redução drástica das pescarias tropicais nas próximas décadas como resultado das mudanças climáticas. Segundo o estudo, dentro de 30 anos, a pesca tropical - da qual cerca de 1,9 bilhão de pessoas dependem para alimentação e subsistência - pode sofrer um declínio de 40% se nada for feito para mitigar as mudanças climáticas e seus efeitos.
A pesca tropical contribui com cerca de 50% da captura anual global de pescado. Essas pescarias, no entanto, são vulneráveis a mudanças no oceano associadas ao aumento dos gases de efeito estufa, incluindo aquecimento das águas, acidificação, desoxigenação, aumento do nível do mar e concentrações alteradas de nutrientes. No estudo, os pesquisadores mapeiam os efeitos que o aquecimento dos oceanos, o aumento do nível do mar e as mudanças na química e nos ecossistemas marinhos terão nos estoques de peixes tropicais e, por extensão, nas pessoas.
O estudo revela que os oceanos tropicais e a pesca estão ameaçados pelas mudanças climáticas globais, gerando impactos que afetarão o desenvolvimento sustentável das economias e comunidades locais. Foto: Pixabay
A publicação Mudanças climáticas, pesca tropical e perspectivas para o desenvolvimento sustentável, resultado de um novo estudo internacional, tem como coautora a pesquisadora Maria Gasalla, bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e professora do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP).
A pesquisa
O estudo usa um modelo de emissões de gases de efeito estufa estabelecido pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), no qual nenhuma ação considerável é tomada globalmente para diminuir o ritmo das mudanças climáticas. "As quatro Vias de Concentração Representativa (RCPs) usadas pelo IPCC representam futuros climáticos que vão desde o cenário de emissões mais baixas do RCP 2.6 até os cenários de emissões mais altas do RCP 8.5", diz Gasalla. "Em nosso artigo, destacamos o declínio associado ao cenário RCP 8.5, que é o pior cenário e muitas vezes referido como business-as-usual (cenário habitual) porque é considerado por muitos como o mais provável dos quatro cenários", completa. Já no cenário de baixas emissões, muitos dos impactos previstos na pesca tropical seriam evitados. Para avaliar os efeitos das mudanças climáticas na pesca marinha tropical os pesquisadores se basearam em um amplo conjunto de pesquisas já publicadas.
A pesquisadora diz, ainda, que as implicações disso "infelizmente atingirão o sofrimento humano, observando que este é mais um exemplo de injustiça climática, uma vez que a maioria dos países tropicais contribui pouco com gases de efeito estufa". Mas, segundo o artigo, as pessoas mais diretamente afetadas não serão as únicas atingidas. "Mesmo que você viva milhares de quilômetros no interior, se você tiver uma lata de atum no armário, há uma boa chance de que tenha sido pescado no oceano tropical", diz Gasalla. Isso significa, de acordo com o estudo, que todo mundo vai sentir os impactos negativos das mudanças climáticas sobre a pesca tropical, não apenas as pessoas que vivem nos trópicos.
Com foco nas várias implicações das mudanças climáticas em várias dimensões dos ambientes naturais e humanos, o artigo demonstra porque é crucial antecipar esses cenários e trabalhar agora para conceber soluções possíveis.
Os oceanos tropicais e a pesca estão ameaçados pelas mudanças climáticas globais, gerando impactos que afetarão o desenvolvimento sustentável das economias e comunidades locais mas também nas regiões extra-tropicais por meio do 'teleacoplamento' de sistemas humano-naturais, como o comércio de frutos do mar e a pesca em águas distantes, diz o estudo.
Os recursos pesqueiros são as commodities alimentares mais comercializadas globalmente, uma média de US $ 96 bilhões anuais. As evidências científicas disponíveis mostram de forma consistente que os habitats marinhos tropicais, os estoques de peixes e a pesca são os mais vulneráveis às mudanças oceânicas associadas às mudanças climáticas.
No entanto, o estudo destaca que o teleacoplamento, ou seja, as ligações entre sistemas humanos-naturais distantes, pode gerar cascatas de impactos da mudança climática dos trópicos que se propagam para outros sistemas naturais 'extra' tropicais e comunidades humanas globalmente.
"As interações de teleacoplamento entre duas ou mais áreas conectadas à distância entre a pesca tropical e em outros lugares incluem pesca em águas distantes, a cadeia internacional de abastecimento de pescado, e os recursos pesqueiros transfronteiriços, sendo que sua governança permitiria que os benefícios derivados da pesca tropical fossem transferidos para as outras populações", disse Mary Gasalla.
A pesquisadora explica que, embora essas ligações possam permitir o fluxo de benefícios, incluindo alimentos, meios de subsistência e receitas do governo, desde a pesca tropical até locais extratropicais, a dependência da pesca tropical também as expõe às consequências negativas das mudanças climáticas. Por exemplo, os efeitos da mudança climática na pesca tropical também afetam a lucratividade e as oportunidades de emprego das indústrias de processamento de pescado em regiões extratropicais.
Para reduzir esse efeito nos benefícios derivados da pesca tropical, tanto localmente quanto em regiões extra-tropicais, as causas básicas dos problemas causados pelo clima na pesca tropical precisam ser reconhecidas e corrigidas. Soluções eficazes e práticas de adaptação e mitigação com compromisso e envolvimento das partes interessadas, bem como políticas de apoio, são, portanto, necessárias nos trópicos.
"Vemos que há vínculos estreitos entre as regiões tropicais e as nações extra-tropicais por meio do comércio internacional e da pesca em águas distantes. Resolver os impactos das mudanças climáticas nos trópicos beneficiará todo o mundo; isso fornece um argumento adicional para os países não tropicais apoiarem a mitigação e adaptação ao clima em países tropicais", afirma Gasalla.
"Quando as pessoas pensam em alimentos e na crise climática, tendemos a pensar em secas e escassez de produtos básicos como arroz, milho, trigo", completou. Mas o artigo aponta que existem iminentes crises alimentares - e sociais e políticas associadas - que estão se referem ao oceano e à pesca. O oceano é uma parte crítica da discussão sobre o clima, que muitas vezes é esquecida.
Equipe multidisciplinar e internacional
Para examinar os impactos de longo alcance desta questão, a equipe de pesquisa reuniu especialistas de todo o mundo e de várias áreas - porque, como Mary observa, "a crise climática exige uma nova abordagem de pesquisa". Compreender os impactos diferenciais das mudanças climáticas e desenvolver respostas eficazes e contextualizadas requer pensadores de várias origens¿, ressalta. Os autores deste artigo incluem acadêmicos e profissionais de uma variedade de ciências naturais e sociais, da modelagem econômica à geografia humana.O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (Brasil), da Universidade da Columbia Britânica (Canadá), Universidade de Washington (Estados Unidos), Universidade de Wollongong (Australia), Brock University (Canadá), e Universidade de Berna (Suiça).
Sobre o artigo
O artigo Climate change, tropical fisheries and the prospect for sustainable development ('Mudanças climáticas, pesca tropical e perspectivas para o desenvolvimento sustentável') por Vicky WY Lam, Edward H. Allison, Johann D. Bell, Jessica Blythe, William WL Cheung, Thomas L. Frölicher, Maria A. Gasalla e U. Rashid Sumaila foi publicado na Nature Reviews Earth & Environment.O texto está disponível para leitura na página do Laboratório de Ecossistemas Pesqueiros (LabPesq) do IOUSP (www.labpesq.io.usp.br).
O estudo foi apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), e fundos da Fundação Nippon, Banco Mundial, CGIAR, ANCORS, Fundação Moccasin Lake, Fundação Hans Sigrist, Centro Oeschger para Pesquisa de Mudanças Climáticas, Conselho de Pesquisa de Ciências Naturais e Engenharia do Canadá, Conselho de Pesquisa Humana do Canadá, Fundação Ciência Nacional Suíça, e Horizonte 2020.
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Seg, 17 Ago 2020 11:42:00 -0300
CNPq divulga resultado final da Chamada PIBITI
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado final da Chamada nº 08/2020 do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI). Serão concedidas 3.115 bolsas, com investimento total do CNPq de R$ 14,95 milhões.
O resultado contemplou 202 instituições de todo o território nacional, o que representa mais de 76% das instituições proponentes. Conforme divulgado na semana passada, pelo CNPq, a concessão dessas bolsas irão viger de 01/09/2020 a 31/08/2021.
Veja aqui o resultado.
O Programa
O PIBITI é um programa institucional voltado para a Iniciação Tecnológica e de Inovação de estudantes de graduação. Criado em 2005, compõe o rol de programas institucionais de iniciação científica e tecnológica.
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Sex, 14 Ago 2020 17:02:00 -0300
Projeto "Ciência e Cultura, vamos brincar?"
A iniciativa divulgará conteúdos relacionados à Ciência, à Cultura e às Artes, à comunidade em geral. O projeto será veiculado no Canal do WASH, no YouTube.
Uma programação diferenciada, focada em aprendizados, divulgação e popularização da ciência e da cultura da infância, começará a ser veiculada a partir do sábado, dia 15 de agosto de 2020, às 19h, com o lançamento do Projeto Ciência e Cultura, vamos brincar?, no Canal do YouTube do Programa WASH.
O "Ciência e Cultura" é uma produção de três parceiros: o Programa WASH/STEAM (programa de letramento digital para divulgação e disseminação da Ciência nas escolas públicas, vinculado ao CNPq); o Movimento Nós Somos a Ciência que, através de entrevistas com os principais cientistas e personalidades do país, promove a comunicação científica, aproximando a ciência da sociedade, com linguagem simples; e a Cia Cultural Bola de Meia, Ponto, Pontinho e Pontão de Cultura da Cultura da Infância, Tradicional e da Educação, que já conquistou o Prêmio Escola Viva pelo Ministério da Cultura.
Juntos, eles reuniram suas experiências para oferecer conteúdos relacionados à Ciência, à Cultura e às Artes, promovendo um ambiente de aprendizado e diversão para crianças, adolescentes, jovens, pais e responsáveis, além dos educadores; enfim, para toda a comunidade.
Para Elaine Tozzi, coordenadora executiva do Programa WASH e idealizadora da proposta, o objetivo é proporcionar ao público intergeracional uma versão remota de "aprender, brincando; e brincar, aprendendo' e estimular a cultura científica de uma maneira divertida.
Elaine conta que foram cerca de três meses de preparativos para colocar o "Ciência e Cultura" no ar; e o resultado será um "mix" de conteúdos de cada parceiro, mas todos alinhavados e dentro de uma linha editorial que respeite os saberes científico e o cultural.
Programação compartilhada
A programação do Ciência e Cultura será compartilhada entre os três parceiros.
O WASH trará, para a programação, a Cultura Maker (incentivando as crianças a colocarem as mãos na massa para aprender ciência), rodas de conversas com estudantes sobre Iniciação Científica, muitas produções audiovisuais, abordando técnicas simples de programação, além de convidados para ensinar o como fazer (em verdadeiras oficinas virtuais). Além disso, será mais um espaço para a divulgação das atividades do WASH em diversas cidades do Brasil. Hoje, o Programa WASH tem parcerias em escolas públicas, universidades, institutos federais dos estados de São Paulo e do Paraná, e pode ser expandido para outros estados.
Já o Movimento Nós Somos a Ciência contribuirá com grandes diálogos sobre a Ciência e sua importância no dia a dia das pessoas, tratando da temática com os principais nomes da área; traduzindo o linguajar acadêmico para uma fácil compreensão de pessoas que não são cientistas. O material produzido conta com a mediação do físico, Wil Namen, que também é cofundador do Ciência em Show; e do diretor e produtor Rafael Procópio, que divide a cofundação do Movimento Nós Somos a Ciência.
Outra bandeira do Movimento, direcionada ao público, é a de apontar caminhos profissionais, dando dicas para incentivá-los às carreiras científicas.
A Cia Cultural Bola de Meia, de São José dos Campos-SP, promete muitas brincadeiras, oficinas, produção de brinquedos, cantigas, contação de histórias, rodas de conversas sobre Educação na primeira infância e musicalização, entre outras atrações. A Cia já teve seu trabalho reconhecido em diversos prêmios do Ministério da Cultura, como o Prêmio Pontinhos da Cultura, Prêmio Areté - Selo de Excelência da Literatura Brasileira, Prêmio ASAS para Cia Cultural Bola de Meia e Prêmio Itaú Unicef (Fundo das Nações Unidas Para a Infância) - Educação e Cultura: experiências que transformam - Projeto Cultura Cidadania/SP, entre outros.
O "Ciência e Cultura" será veiculado quinzenalmente, com programas inéditos aos sábados, mas será garantida uma programação semanal às quartas-feiras, no mesmo horário, às 19h, quando cada parceiro assumirá o protagonismo editorial da semana. A duração estimada da programação, tanto no sábado quanto às quartas, será de uma hora.
Uma demanda dos tempos de pandemia
De acordo com Elaine Tozzi, o "Ciência e Cultura" nasceu no contexto dos tempos de pandemia. Ela explica que as atividades do WASH ocorriam de maneira presencial. "Aí, veio o desafio de seguirmos com o Programa, então pensamos em uma forma de estar perto do público e dar continuidade às atividades, mas sem sobrecarregar os professores, as mães, os pais e os alunos. Buscamos parceiros que contribuíssem com a nossa proposta, que atuam no campo da Ciência e da cultura, com leveza e ludicidade. A gente se uniu ao Movimento Nós Somos a Ciência, que já faz um trabalho de popularizar e levar a ciência à sociedade; e à Cia Cultural Bola de Meia, pela reconhecida atuação na cultura da infância".
Para o físico Wil Namen, do Movimento Nós Somos a Ciência, o projeto é "um presente para quem tem a necessidade de interpretar, interagir e propagar o que nós somos. Faz todo sentido para uma sociedade melhor e é importantíssimo para nos sentirmos vivos".
De acordo com Namen, "os integrantes do projeto Nós Somos a Ciência são muito gratos por serem parte indissociável disso tudo. Podemos mudar o mundo por PENSAR e Agir dessa forma."
Para os artistas que integram a Cia Cultural Bola de Meia, Jacqueline Baumgratz e Celso Pan, "essa é uma parceria muito importante, que propõe reflexão e ação, com temas que compartilhamos como vocação social: Ciência e cultura: vamos brincar?"
SERVIÇO: Lançamento do Projeto Ciência e Cultura, vamos brincar?
Data: Dia 15 de agosto de 2020, sábado, às 19h.
Conteúdos: Aprender brincando e brincar aprendendo, esse é um dos pilares da programação, abordando a ciência, o universo da cultura, das artes e da ludicidade, de uma forma divertida e com muita leveza.
Local: Canal do Programa WASH, no YouTube.
Público: O Ciência e Cultura, vamos brincar? terá como público crianças, adolescentes, jovens, pais e responsáveis, além de professores. Enfim, será uma programação para toda a comunidade.
Mais informações: Assessoria de Imprensa do Programa WASH, Denise Pereira, pelos telefones 19 3201-5816 e 19 99768-7081.
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Sex, 14 Ago 2020 16:08:00 -0300
Pesquisadores anunciam novo fóssil de lagostim da Antártica
Descoberta da nova espécie de Hoploparia aconteceu em expedição realizada à Ilha James Ross, Península Antártica, em 2016. A pesquisa foi publicada nesta semana, na POLAR RESEARCH.Pesquisadores do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens/URCA, do Museu Nacional/UFRJ, da Universidade do Contestado e da Universidade Federal do Espírito Santo apresentaram no dia 13 de agosto, um novo fóssil de lagostim encontrado na Ilha de James Ross, na Península Antártica, em expedição realizada pelo projeto PALEOANTAR, em 2016.
Tratam-se de dois espécimes que foram classificados no gênero Hoploparia em uma nova espécie, H. echinata.
"Apesar de não ter representantes atuais, os fósseis desse gênero de lagostim foram encontrados em camadas de diferentes partes do mundo, em um total de 67 espécies. Entretanto, no continente Antártico, eram conhecidas, até o momento, apenas três espécies, sendo esta uma nova, procedente da Ilha James Ross", explica o diretor do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens/URCA, Allysson Pinheiro.
O material foi coletado na área denominada de Lachman Crags em janeiro de 2016, quando os pesquisadores participavam da OPERANTAR 34. As rochas onde foram encontrados os fósseis sugerem que o animal vivia em ambientes marinhos rasos, com fundo arenoso.
Os pesquisadores acreditam que o animal, semelhante a outros lagostins, deveria cavar tocas e ser um predador de emboscadas, por causa de sua pinça. Essas pinças, grandes e fortes, podiam ser usadas inclusive para capturar peixes. Além disso, a pinça espalmada e ampla, facilitava a escavação de sua toca. Estima-se que o animal viveu no Período Cretáceo, durante o Campaniano, há cerca de 75 milhões de anos.
"A descoberta dessa nova espécie de Hoploparia certamente não será a única do grupo. Em 2018, os pesquisadores estiveram por 50 dias no The Naze (parte da ilha James Ross), onde foram coletados dezenas de fósseis de lagostas e outros crustáceos que estão em estudo. Certamente, em breve, teremos mais novidades sobre esse grupo de animais que viveram na Antártica durante o período Cretáceo", explica o paleontólogo Alexander Kellner, bolsista do CNPq e diretor do Museu Nacional/UFRJ
A pesquisa que gerou a descoberta tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) desde 2013, por meio de duas chamadas do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR, a Chamada 21/2018 e a Chamada 64/2013.
Anatomia
O fóssil é classificado como Hoploparia echinata, do latim echinatus, que significa espinhoso, e se refere à característica espinhosa das pernas e terceiros maxilípedes. Essa feição espinhosa é uma das principais características de distinção para as demais espécies de Hoploparia. A atribuição ao gênero se dá especialmente pela ornamentação do cefalotórax (carapaça), que possui um padrão de sulcos, espinhos e carenas bem definidos.
"Possivelmente esse animal não vivia em grandes comunidades, até porque os lagostins são normalmente animais territorialistas. Eventualmente eles podem conviver, como na época da reprodução ou quando se alimentam de carcaças disponíveis no fundo do oceano. São interpretações ecológicas a partir do material coletado, das suas formas morfológicas e do ambiente onde o material foi encontrado", explica William Santana, pesquisador visitante da Universidade Regional do Cariri/URCA.
Descoberta
A Ilha James Ross, em um período entre 70 a 80 milhões de anos atrás - época do fóssil-, era muito diferente da que conhecemos hoje. Naquele momento, a área estava coberta por um mar raso (bacia de retro-arco, fruto da atividade tectônica), com uma grande variedade faunística (tubarões, amonites, corais, répteis, etc), e com uma temperatura mais elevada do que as registradas atualmente. A grande "quebra" do Gondwana, na porção sul do supercontinente Pangeia, já havia acontecido, mas a distribuição dos continentes e as correntes marinhas, ainda eram bem diferentes do que conhecemos atualmente.
Segundo o geólogo, Luiz Carlos Weinschutz, do Centro Paleontológico da Universidade do Contestado, a Geologia somada ao conhecimento dos fósseis que estão inseridos nessas rochas, ajudam a "ler" os capítulos da história da Terra e da vida, permitindo compreender os acontecimentos daquela época, entender o que ocorre atualmente e prever questões futuras".
"Vale ressaltar que o conhecimento geológico da Antártida é muito recente, faz apenas 200 anos que o ser humano chegou ao continente, e apenas 40 anos que brasileiros fazem pesquisas por lá. Por ser recoberta por uma espessa camada de gelo permanente (98%), sendo comum as condições climáticas adversas, o acesso tem logística complicada e cara. Tudo isso dificulta o desenvolvimento de pesquisas em terras austrais, muito já se fez, mas ainda temos muito para fazer", destaca Weinschutz.
Processo
Assim que descoberto, o fóssil de lagosta foi para o Museu Nacional/UFRJ juntamente com 1,5 toneladas de fósseis que foram coletadas nessa expedição. Ao chegar ao Museu, o material foi triado e enviado aos pesquisadores parceiros que integram o projeto.
A preparação desse fóssil (retirada da rocha que recobria algumas partes do material) aconteceu no Laboratório de Paleontologia da URCA, outro grupo de parceiros do PALEOANTAR, sob a coordenação do Dr. Álamo Saraiva.
"Foi um trabalho difícil, pelo fato de tratar-se de um exemplar preservado em um calcarenito muito duro. Portanto, identificar as estruturas dobradas uma sobre as outras foi um trabalho de muita paciência", comenta o paleontólogo da Universidade Regional do Cariri, Álamo Saraiva.
"Reconstruir o Hoploparia foi um grande desafio artístico e científico, que exigiu o uso de várias técnicas, como desenho, pintura e escultura, além da observação cuidadosa do fóssil", comenta Maurílio Oliveira, responsável pela paleoarte do fóssil.
Antártica
A Antártica é considerada como última fronteira do conhecimento científico, o que tem gerado um movimento crescente de visitas técnicas por parte de pesquisadores do mundo todo. E apesar do enorme potencial para pesquisas em diferentes áreas da ciência, a dificuldade de acesso ao continente gelado segue como um grande desafio. Dentre essas atividades está o estudo dos fósseis, das adaptações sofridas por esses organismos e das relações de parentesco entre as diferentes espécies que habitaram o planeta.
"Muitas pessoas acreditam que fazemos escavações no gelo ou na neve, mas não é o caso. Os fósseis estão preservados nas rochas, e para encontrá-los não pode haver neve na superfície. Por isso, as expedições só podem ocorrer durante os verões, em uma curta janela de tempo", explica a paleontóloga e bolsista do CNPq, Taissa Rodrigues, da Universidade Federal do Espírito Santo.
"A ilha de James Ross tem um dos acervos fossilíferos mais ricos da Antártica. A descoberta de uma nova espécie de lagostim confirma esse enorme potencial e a importância do desenvolvimento contínuo de pesquisas em paleontologia na região", comenta o pesquisador da Universidade Federal do Espírito Santo, Rodrigo Figueiredo.
"Do ponto de vista paleontológico, a Antártica pode ser considerada uma região praticamente desconhecida. Nesse cenário, há mais de 10 anos, o projeto PALEOANTAR vem coletando evidências fósseis desde o período Cretáceo (há 90 milhões de anos) até o Paleógeno (há 30 milhões de anos). Utilizamos essas informações para entender a biodiversidade e os processos atuantes para estudar a atual distribuição dos organismos, além das mudanças ambientais sofridas pelo nosso planeta ao longo desse tempo", ressalta a paleontóloga e bolsista do CNPq, Juliana Sayão, do Museu Nacional/UFRJ.
O Museu de Paleontologia/URCA e o Museu Nacional/UFRJ têm uma história de colaboração de longa data. São 20 anos realizando pesquisas na Bacia Sedimentar do Araripe e agora, também, em projetos fora da região através do PALEOANTAR.
O projeto PALEONTAR tem como objetivo específico compreender a biodiversidade do passado do continente Gondwana, do qual faziam parte a América do Sul, Antártica, África, Austrália e Índia. Para isso o projeto conta com uma equipe interinstitucional internacional coordenada pelo doutor e bolsista do CNPq Alexander Kellner , do Museu Nacional/UFRJ e pela Dra Juliana Sayão, em colaboração com pesquisadores do Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil, da China, Canadá, Chile e Inglaterra.
Assinam o artigo Allysson P. Pinheiro, Antônio Á. F. Saraiva, William Santana, Juliana M. Sayão, Rodrigo G. Figueiredo, Taissa Rodrigues, Luiz Carlos Weinschultz, Luiza C. M. de O. Ponciano e Alexander W. A. Kellner
Link da publicação do artigo:
https://polarresearch.net/index.php/polar/article/view/3727Fonte: Museu Nacional