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Sex, 13 Jan 2023 16:32:00 -0300
Migração Portal
Acesse o novo Portal do CNPqDesde dezembro de 2020, o endereço do Portal do CNPq mudou para:
https://www.gov.br/cnpq
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Seg, 07 Dez 2020 12:31:00 -0300
Programa Ciência no Mar ganha mais recursos com adesão da Marinha
Parceria entre CNPq e Marinha proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões para 4 projetos da Chamada de apoio à Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões, recursos da Marinha e do MCTI.Parceria firmada entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Marinha do Brasil proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões à Chamada CNPq/MCTIC Nº 06/2020 - Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar, com apoio a novos quatro projetos. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões em investimentos. Além da Marinha, os recursos serão investidos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A chamada foi lançada com o objetivo de selecionar projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação relacionados ao derramamento de óleo ocorrido a partir de agosto de 2019 na costa brasileira que visem contribuir significativamente para o Programa Ciência no Mar.
Nesta segunda, 07, às 14h, a Marinha realizará a 1ª Sessão Ordinária da Comissão Técnico-Científica para o Assessoramento e Apoio das atividades de Monitoramento e a Neutralização dos Impactos decorrentes da Poluição Marinha por Óleo e outros Poluentes na Amazônia Azul, com a participação do Presidente do CNPq, Evaldo Vilela. Saiba mais.
Veja aqui o resultado final completo.
Importância litorânea para o Brasil
O recente desastre de derramamento de óleo na costa brasileira em 2019 demonstrou a importância de ações públicas embasadas no melhor conhecimento científico disponível, a fim de que as iniciativas de remediação reduzam os prejuízos para a biodiversidade e para a saúde humana. Além disso, ressaltou a necessidade de evidências científicas na proposição de medidas que busquem a prevenção a novos acidentes que possam colocar em risco a qualidade de vida da ocupação humana ao longo da costa brasileira.
Estima-se que mais de 26% da população brasileira resida na zona costeira, sendo o litoral a área protagonista no histórico processo de ocupação do território nacional. A importância litorânea pode ser expressa pelo recorte federativo brasileiro: são 17 Estados e 274 Municípios defrontantes com o mar, e 16 das 28regiões metropolitanas existentes no País. O Brasil possui diversas ilhas costeiras, inclusive abrigando capitais (São Luís, Vitória e Florianópolis), além de ilhas oceânicas que representam pontos importantes do território nacional (Fernando de Noronha, o Arquipélago de São Pedro e Trindade e Martim Vaz, e o Arquipélago de Abrolhos).
Grande parte do comércio internacional, da exploração do petróleo, da atividade pesqueira e de turismo está relacionada com o mar brasileiro. Relevante também é a riqueza da biodiversidade marinha e costeira do País, que deve ser preservada como importante ecossistema para a manutenção da vida. Além disso, o Brasil possui 26,3% de sua Zona Econômica Exclusiva protegida dentro de unidades de conservação, que devem também ser pólos-modelo para medidas de conservação e uso sustentável.
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Qui, 26 Nov 2020 17:37:00 -0300
CNPq divulga resultado preliminar da Chamada nº 25/2020
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.
Esta chamada promove a redistribuição das bolsas retidas ao final de sua vigência no período do 1 de julho a 30 de dezembro de 2020, iniciando a diretriz de realinhamento da concessão de bolsas de pós-graduação à missão precípua do CNPq. Esta iniciativa, em concepção desde 2019, prevê uma transição gradual do sistema antigo de quotas de bolsas ao novo sistema de concessão por meio de projetos institucionais de pesquisa. Tais projetos são apresentados pelos programas de pós-graduação e aglutinam de forma global o direcionamento da pesquisa nos respectivos cursos. A concessão baseia-se numa avaliação de mérito dos projetos, feita por comitês de especialistas.
O resultado preliminar garante a manutenção de bolsas encerradas no período citado, na proporção prevista no item 5 da Chamada, em programas de pós-graduação estabelecidos. Além disso, houve entrada de novos programas no sistema. Os projetos são avaliados por mérito e são aprovados a partir de disponibilidade orçamentária do CNPq.Ressalta-se que não houve nenhuma redução de bolsas no sistema do CNPq; a mesma concessão anual de cerca de R$ 400 milhões em bolsas de mestrado e doutorado está mantida. Uma segunda chamada dessa natureza será lançada brevemente, considerando as bolsas a vencer no próximo semestre.
O CNPq informa que o período de interposição de recurso administrativo ao resultado preliminar é de 25 de novembro a 4 de dezembro de 2020.
Demanda
Do total de 1.595 propostas recebidas de Cursos de Mestrado, 380 são cursos que já contam com bolsas do CNPq e que possuem bolsas vencendo entre 1° de julho a 31 de dezembro de 2020, enquadrando-se nos itens 5.3.1 e 5.4.1 da Chamada. Outras 628 propostas são de Cursos de Mestrado que contam com bolsas do CNPq, mas que vencem a partir de janeiro de 2021. Já outros 587 Cursos de Mestrado, por sua vez, não contam, na atualidade, com o apoio do CNPq em bolsas de mestrado.
Dos Cursos de Doutorado que submeteram propostas à Chamada, 277 já contam com bolsas do CNPq e possuem bolsas vencendo no período de 1° de julho a 31 de dezembro de 2020; 483 possuem bolsas vencendo a partir de janeiro de 2021, e 794 são Cursos de Doutorado que não contam com o apoio do CNPq em bolsas de doutorado.
Veja aqui o resultado preliminar.
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Qua, 09 Set 2015 16:43:00 -0300
Saiba mais sobre a procuradoria que ajuda o CNPq a incentivar a pesquisa científica
A Procuradoria Federal do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PF/CNPq) teve participação direta na concretização das políticas públicas relacionadas a pesquisas científicas, tecnologia e inovação nos últimos anos. A unidade da AGU auxiliou o órgão público, por exemplo, a estabelecer a exigência para que os candidatos a bolsas do Programa Ciência Sem Fronteiras obtivessem pontuação mínima de 600 pontos na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Outra atuação importante da procuradoria junto à fundação federal ocorreu em um caso de pesquisadores que pretendiam anular ação administrativa do CNPq e questionavam a atuação do Comitê de Assessoramento, órgão do CNPq composto por cientistas e pesquisadores responsável por analisar os pedidos de bolsas ou projetos de pesquisas. A unidade da AGU comprovou que a estrutura, a qualidade e a viabilidade das propostas são devidamente analisadas por cientistas qualificados que atuam nas áreas da pesquisa sugerida. E demonstrou, ainda, que as composições dos comitês são publicadas na página do CNPq na internet, observando o princípio da transparência.
A atuação da procuradoria em juízo costuma ser indireta, fornecendo informações e sugerindo teses de defesa para outras unidades da Procuradoria-Geral Federal (PGF), órgão da AGU ao qual a PF/CNPq está vinculada. "Atualmente, há mais de 500 processos em trâmite, entre execuções fiscais envolvendo ressarcimento de investimentos sob a responsabilidade de acadêmicos e pesquisadores que não tiveram a aplicação legalmente comprovada na finalidade própria, mandados de segurança e ações ordinárias em geral", explica Leopoldo Muraro, procurador-chefe da PF/CNPq.
Composta por uma equipe de quatro procuradores federais, seis servidores administrativos do CNPq, quatro secretárias, cinco estagiários e dois menores aprendizes, a procuradoria junto ao Conselho também assessorou o órgão em mais de duas mil consultas jurídicas somente no ano passado.
A procuradoria também tem um papel essencial na cobrança e recuperação de créditos no âmbito do CNPq. O órgão acionou a procuradoria mais de 1,4 mil vezes em 2013 e 2014 para promover ajuizamento de ações, inscrições em dívidas ativas e negociar parcelamento de dívidas com devedores.
"O comprometimento aliado ao conhecimento e à integração dos procuradores ao CNPq têm feito a diferença nos trabalhos desenvolvidos e implementados pelo conselho, órgão que, no ano de 2014, operou um orçamento da ordem de R$ 3,5 bilhões", conclui o presidente substituto do CNPq, Luiz Alberto Horta.
Assessoria de Comunicação da AGU
Rebeca Ligabue/Raphael Bruno
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Sex, 04 Set 2015 10:55:00 -0300
Conversão do uso da terra de pastagem para cana-de-açúcar leva a menores perdas dos estoques de carbono
Para que a produção da cana seja adequada às necessidades sociais, econômicas e ambientais, o engenheiro agrônomo e bolsista do CNPq em doutorado, Ricardo de Oliveira Bordonal, despertou o interesse de fazer o inventário do balanço de gases efeito estufa vinculado à produção agrícola da cana-de-açúcar, visando identificar as principais fontes de emissões e também propor estratégias de manejo que possam diminuir essas emissões.A cana-de-açúcar é uma das principais culturas agrícolas do país, sendo o Brasil um dos maiores produtores de etanol e açúcar. Para que a produção da cana seja adequada às necessidades sociais, econômicas e ambientais, o engenheiro agrônomo e bolsista do CNPq em doutorado, Ricardo de Oliveira Bordonal, despertou o interesse de fazer o inventário do balanço de gases efeito estufa vinculado à produção agrícola da cana-de-açúcar, visando identificar as principais fontes de emissões e também propor estratégias de manejo que possam diminuir essas emissões. De acordo com o pesquisador, a preservação do carbono no solo está diretamente relacionada à produtividade agrícola, se insere no balanço de gases de efeito estufa associada à produção daquele produto (pegada de carbono) e possui uma relação direta com um fenômeno global, que é o efeito estufa adicional, e as mudanças climáticas globais.
Os resultados dos estudos desenvolvidos pelo bolsista foram publicados na Renewable & Sustainable Energy Reviews, renomada publicação internacional da área agrícola. De acordo com o artigo, a recente expansão da cana-de-açúcar tem levado à compensação de parte das emissões relacionadas às atividades agrícolas, destacando-se também aimportância da substituição de combustíveis fósseis. “Cerca de 57% das emissões associadas ao cultivo da cana-de-açúcar foram compensadas especialmente pela fixação de carbono na biomassa e isso levou à redução do balanço de gases do efeito estufa de 481 para 217 teragramas de CO2 equivalentes até 2030. Além disso, é importante ressaltar que a substituição de combustíveis fósseis pelo uso de etanol no Brasil pode facilmente compensar essa emissões até 2030”, destaca Ricardo Bordonal, que faz o doutorado na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV), da Unesp de Jaboticabal, tendo comoprojeto de pesquisa o Balanço de gases de efeito estufa associado à produção de cana-de-açúcar no centro sul do Brasil: opções de mitigação e projeções futuras.
Os resultados mostram que as conversões de mata nativa, citrus e pastagem para cana-de-açúcar levam à perda dos estoques de carbono no solo, mas quando o compartimento biomassa é considerado, somente a conversão de pastagem para cana-de-açúcar resulta no sumidouro de carbono. “Na situação de conversão de pastagem para cana-de-açúcar, apresenta-se um balanço de carbono de -51 Mg CO2 por hectare que seria absorvido da atmosfera. A mudança do uso da terra de mata nativa para cana é a conversão que leva ao maior passivo ambiental em termos de balanço de carbono, apresentando uma emissão de 179 Mg CO2 ha”, ressalta Ricardo Bordonal.
Além disso, destaca que, como ocorreu na expansão da cana no período de 2006-2011, “evitar a conversão de citros, florestas plantadas e especialmente florestas naturais para cana é imperativo, enquanto ter essas expansões em áreas de pastagens torna-se desejável, garantindo os benefícios ambientais do etanol de cana-de-açúcar no Brasil em substituição aos combustíveis fósseis (gasolina), em se tratando de pegada de carbono ou balanço de gases de efeito estufa”.
Mudança de cultura
Ricardo Bordonal afirma que as mudanças no modo de produção agrícola e a possível adaptação dos produtores passam também pelo conhecimento de aspectos ambientais, que de uma forma direta ou indireta, acabam afetando a produção. Ele cita, como exemplo, que a preservação do carbono no solo está diretamente relacionada à produtividade agrícola, se insere no balanço de gases de efeito estufa associada à produção daquele produto (pegada de carbono), e possui uma relação direta com um fenômeno global, que é o efeito estufa adicional, e as mudanças climáticas globais. “A “abertura” ou não desses produtores no engajamento de questões ambientais, regionais ou globais, que afetam a sociedade, passa primeiramente pela conscientização dos temas, e seu comprometimento com a adoção de práticas justas ou corretas do ponto de vista ambiental. Obviamente, políticas públicas são sempre bem-vindas, como pagamento de serviços ambientais, visando conduzir a expansão da cana-de-açúcar em direção a um caminho sustentável”, sugere o bolsista.
Bolsista
Ricardo Bordonal realizou o mestrado e cursa o doutorado com bolsa do CNPq. Fez doutorado sanduíche no Carbon Management and Sequestration Center (C-MASC) na The Ohio State University (OSU), com bolsa da Capes, e parte dos estudos financiados com recursos da FAPESP.
Saiba mais: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1364032115007844
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
Fotos: Arquivo Pessoal
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Ter, 01 Set 2015 18:33:00 -0300
Ex-bolsistas do Ciência sem Fronteiras podem participar do SwB UK Ambassador edição 2016
Estão abertas as inscrições para a segunda edição do SwB UK Ambassador. O concurso é destinado a ex-bolsistas do Ciência sem Fronteiras que realizaram intercambio no Reino Unido e tenham histórias interessantes sobre sua estada no país, ou após a volta. As inscrições seguem até o dia 31 de outubro.
O propósito da iniciativa é divulgar projetos de estudantes que firmaram laços com a Grã-Bretanha (Escócia, Inglaterra, Irlanda do Norte e País de Gales) mesmo após o termino do curso. A organização é de responsabilidade da Embaixada do Reino Unido no Brasil, com apoio da rede CsF.
A edição 2016 está dividida em três fases eliminatórias: inscrição online, entrevista por videoconferência e premiação final, ou seja, uma viagem cultural e científica ao Reino Unido e prêmios como Kindle e iPod Shuffle. Os interessados deverão acessar e preencher, em inglês, todos os espaços do formulário de inscrição criado no site Typeform.
O vencedor da edição 2015 foi Lucas Leung, estudante de Engenharia de Manufatura na Unicamp Limeira, que fez intercambio na Universidade de Shaffield Hallam. Atualmente, Lucas desenvolve vários projetos da rede de ex-alunos CsF - Reino Unido (SwB UK Alumni Network), compartilhando experiências e representando a comunidade de ex-alunos.
Saiba maisO Education UK Alumni Awards 2016 é uma premiação do British Council que celebra as conquistas de alunos internacionais que estudaram em uma universidade britânica nos últimos dez anos, reconhecendo grandes feitos nas áreas de negócios, empreendedorismo e impacto social.
Sobre o British Council
O British Council é uma organização internacional sem fins lucrativos do Reino Unido para relações culturais e oportunidades educacionais. Seu é estabelecer troca de experiências e criar laços de confiança por meio do intercâmbio de conhecimento e de ideias entre pessoas ao redor do mundo. A organização está presente em mais de 100 países e trabalha com parceiros como os governos em diversas instâncias, organizações não governamentais e iniciativa privada, em ações relacionadas à promoção da língua inglesa, cultura, artes, educação e programas sociais.
Coordenação de Comunicação do CNPq
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Seg, 31 Ago 2015 14:35:00 -0300
Reitor da UNILA afirma que as bolsas de iniciação científica são estratégicas
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do CNPq foi o tema do encontro do reitor da Universidade Federal de Integração Latino-Americana (UNILA), Josué Modesto dos Passos Subrinho, com a Diretora de Cooperação Institucional da agência, Glenda Mezarobba, na última semana. "Para uma universidade que está começando agora, o incentivo à pesquisa pelo PIBIC é estratégico", afirmou o reitor.
Com apenas cinco anos de existência, a UNILA, situada em Foz do Iguaçu/PR, é uma das universidades criadas pelo plano de expansão do ensino superior iniciado em 2003 e hoje possui 29 cursos e 3 mestrados. "Vamos apresentar uma proposta de mais sete cursos de pós-graduação, sendo um doutorado", afirmou Subrinho. Uma das grandes contribuições da universidade é a rica troca de experiências que a proposta da instituição proporciona. Criada com o objetivo de promover o desenvolvimento regional, com o intercâmbio cultural, científico e educacional da América Latina, especialmente no Mercosul, a Universidade recebe alunos de todo o continente latinoamericano. "São 12 nacionalidades presentes na UNILA, sendo 40% latinos", resumiu o reitor.
A diversidade sócio-cultural sugere um campo fértil para a produção de conhecimento e o CNPq vem incentivando o desenvolvimento científico da instituição por meio de bolsas de pesquisa. Atualmente, são 23 bolsistas na Universidade, sendo 13 de Iniciação Científica (PIBIC) e 4 de Iniciação Tecnológica (PIBITI).
A exemplo do que acontece periodicamente, no primeiro semestre de 2016 o PIBIC passará por nova chamada, oportunidade em que o reitor terá para apresentar propostas de novas bolsas, considerando que a instituição é bem recente e ainda está em fase de crescimento.
O Programa
O PIBIC foi criado para despertar a vocação científica e incentivar novos talentos entre os estudantes de graduação. O objetivo é proporcionar, desde o início da trajetória acadêmica dos alunos, a aprendizagem de técnicas e métodos de pesquisa e o desenvolvimento do pensar cientificamente. Em todo o país, são quase 25 mil bolsistas do CNPq no PIBIC nas mais diversas áreas do conhecimento.
Na mesma linha de atuação da iniciação científica, o CNPq mantém, ainda, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), com o objetivo de estimular os jovens do ensino superior nas atividades, metodologias, conhecimentos e práticas próprias ao desenvolvimento tecnológico e processos de inovação. Ao todo, são 3.533 bolsas PIBITI em todo o país.
Muitos têm se destacado na contribuição à produção de pesquisas relevantes, com resultados de impacto econômico e social importantes para o país. O CNPq premia, desde 2003, os melhores trabalhos por meio do Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica. Saiba mais sobre essa iniciativa em http://www.destaqueict.cnpq.br/.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
Fotos: Cláudia Marins
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Qui, 27 Ago 2015 09:57:00 -0300
"Boa ciência exige espírito crítico", afirma ministro a bolsistas de iniciação
No 5º Encontro do Hotel de Hilbert, maratona de matemática, Aldo Rebelo defendeu a necessidade de um fazer científico que sirva à humanidade e apontou a importância dessa área do conhecimento.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, destacou em palestra nesta quarta-feira (26) a necessidade de consciência crítica no fazer científico, para que sirva à humanidade. Em sua fala no 5º Encontro do Hotel de Hilbert, maratona da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), ele apontou a importância dessa área do conhecimento com tal objetivo.
Entre outros exemplos, ele citou o domínio do átomo como algo que permitiu grandes avanços na geração de energia e na medicina, mas também propiciou a fabricação da bomba usada duas vezes pelos Estados Unidos contra o Japão na 2ª Guerra Mundial. "Às vezes a melhor ciência está a serviço da pior política", alertou.
"O saber é como uma montanha que nunca termina. Escalá-la exige disciplina e coragem, e é preciso que se faça isso com espírito crítico", disse, acrescentando que é necessário construir esse olhar tanto com relação aos governos e ao Estado como às escolas.
No que diz respeito à habilidade matemática, Aldo comparou-a à alfabetização. "O conhecimento matemático é uma espécie de vacina contra uma sociedade que ainda é individualista. Com ele, a pessoa é capaz de melhor se defender de manipulações que procuram impor interesses que não são os comuns e gerais", observou.
Para o ministro, trata-se de um domínio necessário para formar não só professores e engenheiros, mas também cidadãos. O reconhecimento dessa disciplina, ressaltou, deve ir além de sua utilidade, compreendendo-a como fator de bem-estar material e espiritual, que proporciona qualidade de vida e informação.
O evento teve a participação do diretor do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), César Camacho, e do coordenador-geral da Obmep, Cláudio Landim. A atividade, promovida pelo Impa, reúne os 200 alunos de todo o País que alcançaram os melhores desempenhos no Programa de Iniciação Científica (PIC), da Obmep.
O nome do Encontro homenageia David Hilbert, um dos maiores matemáticos do século 20. Os alunos participam de palestras, oficinas, minicursos, maratonas e jogos matemáticos.
Com informações do MCTI
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Qua, 26 Ago 2015 11:43:00 -0300
Bolsistas do CNPq recebem Prêmio Gutierrez 2015
O Bolsista do Conselho Nacional De Desenvolvimento Cientifíco e Tecnológico (CNPq), Lucas Ambrozio é o vencedor do prêmio; já a menção honrosa será concedida ao professor Marcelo Amaral, que defendeu sua tese na Universidade Federal do Ceará.
O prêmio será entregue na próxima segunda-feira, 31 de agosto, às 14 horas, durante uma cerimônia no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. É quando acontecerá a entrega do Prêmio Carlos Gutierrez de Teses de Doutorado 2015, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano. O evento é gratuito, aberto a todos os interessados e faz parte do Workshop de Teses e Dissertações em Matemática.
O vencedor do prêmio, Lucas Ambrozio, tem sua carreira acompanhada pelo CNPq. Ele foi bolsista de Mestrado, Doutorado e agora, Pós doutorado. Nascido no Rio de Janeiro, Ambrozio concluiu o Bacharelado em Matemática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2008. Dois anos depois, finalizou o mestrado no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e, no ano passado, defendeu seu doutorado na mesma instituição, sob a orientação do professor Fernando Marques. Atualmente, Ambrozio faz pós-doutorado no Imperial College London, na Inglaterra. Ele ministrará uma palestra sobre sua tese de doutorado Constant mean curvature foliations and scalar curvature rigidity of three-manifolds.
Outro convidado que participará do evento, é o professor Marcelo Amaral, que receberá uma menção honrosa por sua tese Problemas de Transmissão com Fronteira Livre. Ele também ministrará uma palestra sobre sua pesquisa durante o evento. Nascido em Caucaia, que integra a região metropolitana de Fortaleza, no Ceará, Amaral foi bolsista de graduação, concluiu a Licenciatura em Matemática em 2007 na Universidade Federal do Ceará, onde também finalizou seu mestrado em 2010. No ano passado, defendeu seu doutorado na mesma instituição, sob a orientação de Eduardo Teixeira. Atualmente, é professor na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, e bolsista CNPq de Pós-doutorado.
Sobre o Prêmio
Apoiado pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), o Prêmio homenageia o renomado pesquisador peruano Carlos Teobaldo Gutierrez Vidalon (1944-2008). Gutierrez veio ao Brasil em 1969, quando conseguiu uma bolsa de estudos para estudar no IMPA, onde se titulou mestre e doutor em matemática. Nessa instituição, na qual trabalhou até 1999, começou como professor assistente e chegou à posição de titular. Durante o período, visitou vários importantes centros em matemática como a University of California, em Berkeley, e o California Institute of Technology.
Após deixar o IMPA, Gutierrez atuou como professor titular no ICMC, contribuindo com a fundação e organização de um novo grupo de pesquisa. Em sua carreira, publicou mais de setenta artigos, orientou sete alunos de doutorado e vinte de mestrado.
Fonte: Assessoria de Comunicação ICMC ¿ USP com informações da Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Sex, 21 Ago 2015 10:10:00 -0300
Ministros celebram potencial de cinco acordos em pesquisa e inovação
Brasil e Alemanha projetam intensificar cooperação científica e tecnológica em bioeconomia, mar, observação do clima na Amazônia e terras-raras.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, e o vice-ministro alemão de Educação e Pesquisa, Georg Schütte, firmaram, nesta quinta-feira (20), cinco acordos bilaterais para estimular a cooperação em bioeconomia, pesquisa marinha e terras-raras, garantir a continuidade da parceria em torno do Observatório de Torre Alta da Amazônia (Atto, na sigla em inglês) e lançar editais conjuntos em educação e ciência, tecnologia e inovação (CT&I). O ato de assinatura integra a agenda da visita da chanceler Angela Merkel ao Brasil.
"Celebramos com a Alemanha o nosso mais ambicioso acordo em tecnologia, nos anos 1970, na área nuclear", destacou Aldo. "Sei quehoje a Alemanha já não julga essa tecnologia tão decisiva, mas quero dizer que deveríamos manter, para os novos projetos, a mesma ousadia e a mesma ambição daquela cooperação, dignas do papel dos nossos países, tendo como lastro e fiadora essa trajetória. Hoje, nós assinamos atos que nos mantêm nesse caminho."
Na opinião de Schütte, há expectativa de que os acordos gerem um efeito ainda mais transformador. "Acredito na diversidade dos assuntos: a bioeconomia, a pesquisa marinha, o uso de terras-raras e a investigação climática têm potencial de se tornarem projetos de grande porte no século 21."
Aldo enfatizou a contribuição dos imigrantes alemães na formação acadêmica, comercial, cultural, política, tecnológica e social brasileira. "Além dos viajantes que escreveram crônicas importantes sobre o período colonial, as empresas alemãs começaram a chegar ainda no século 19, quando o imperador Dom Pedro II trouxe uma empresa de lá para instalar a grande novidade da época, que era o telégrafo", disse. "Nossos antepassados, que ajudaram a construir esses laços de amizade e cooperação, ficariam muito orgulhosos, porque fizeramcoisas em condições muito mais difíceis do que as que encontramos hoje."
Schütte reforçou que "ambas as partes podem aprender muito" uma com a outra. "Eu admiro a organização das universidades brasileiras, que considero extremamente profissionais. E também reconheço como o fomento, o amparo à ciência no Brasil é bem avançado. O CNPq[Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico], por exemplo, dispõe de um banco de dados bastante extenso; não temos algo parecido na Alemanha."
Bioeconomia
Desde 2012, em audiências, encontros e workshops, MCTI e Ministério Federal de Educação e Pesquisa (BMBF, na sigla em alemão) discutem a cooperação bilateral em bioeconomia – segmento composto por setores econômicos que utilizam recursos biológicos. Com a nova declaração conjunta, os dois países se dispõem a desenvolver um programa de apoio à pesquisa colaborativa em áreas de interesso mútuo, como produção agrícola sustentável e uso de matérias-primas renováveis para energia e indústria farmacêutica.
Aldo ressaltou o caráter promissor da área. "Nós temos uma biodiversidade muito rica, inclusive nos rios e oceanos, com alguns biomas únicos no planeta, de onde podem sair pesquisas em bioeconomia – medicamentos, energia, alimentos, produtos de beleza e higiene, de tudo", afirmou. "Nós e vocês temos institutos e empresas que podem servir como pontos de referência."
Para o vice-ministro alemão, os dois países precisam lançar, em médio prazo, chamadas para projetos científicos, com financiamento conjunto. "O senhor falou de um espectro muito amplo da bioeconomia. Tudo isso dá espaço a vários campos de pesquisa ambiciosos. Nós ficaríamos muito felizes se pudéssemos trilhar esse caminho e dar os próximos passos com os nossos ministérios, as instituições alemãs e o CNPq", comentou Schütte.
O texto do acordo prevê a criação de um grupo coordenador dos trabalhos, responsável por definir ações conjuntas que concretizem a parceria, com representantes da Divisão de Bioeconomia do BMBF e da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI (Seped).
Oceano
A declaração conjunta em pesquisa marinha estabelece a cooperação da Seped com o instituto alemão Geomar, de Kiel, em observação oceânica dos trechos meridional e tropical do Atlântico, por meio da mobilidade de cientistas, do intercâmbio de dados e do compartilhamento de cruzeiros oceanográficos.
O acordo reforça o entendimento comum acerca da necessidade de promover a pesquisa científica e o desenvolvimento tecnológico sobre os oceanos e as regiões costeiras, de modo a garantir a continuidade e a expansão da parceria. O Brasil planeja aproveitar o conhecimento do Geomar no Atlântico Norte.
"Também aqui nesse campo temos uma longa tradição de cooperação", apontou Schütte. "Existe um projeto fomentado conjuntamente há mais de 10 anos, sobre a dinâmica dos manguezais na bacia amazônica, e seria ótimo se pudéssemos tê-lo como exemplo na colaboração científica como um todo."
Aldo lembrou a aquisição do Navio de Pesquisa Hidroceanográfico Vital de Oliveira, que chegou ao Rio de Janeiro em julho. "É um equipamento maravilhoso, adequado para todo tipo de pesquisa no mar", contou o ministro. "E eu creio que nós deveríamos em algum momento examinar como esse navio poderia estar disponível para as nossas pesquisas conjuntas."
O vice-ministro alemão apontou para a coincidência de a Alemanha também ter inaugurado recentemente um navio de pesquisa, chamado Sonne – "sol", em alemão –, com objetivo de investigar águas marinhas do Hemisfério Sul. "Eu sei da complexidade de instrumentos como esse. São estruturas que precisamos abrir internacionalmente, para que haja uma ampla cooperação", ponderou. "Acredito que, com os dois navios, poderíamos criar uma plataforma para, de certa maneira, preencher com vida essa declaração de intenções."
Terras-raras
A identificação de oportunidades para exploração de metais e minerais estratégicos está prevista em outro documento assinado. A ideia é fortalecer pesquisas relacionadas ao fornecimento de nióbio, tântalo e, principalmente, terras-raras – 17 elementos químicos essenciais à fabricação de itens tecnológicos comotablets, smartphones, aparelhos de ressonância magnética, carros híbridos, catalisadores para refino de petróleo e turbinas de energia eólica.
Com o acordo, MCTI e BMBF planejam promover pesquisa e implementar tecnologias sustentáveis para o fornecimento de terras-raras e outras matérias-primas primárias e secundárias de relevância econômica; elaborar estratégias, planos diretores e medidas de execução em conjunto com institutos de pesquisa, empresas privadas, instituições financeiras e autoridades governamentais; apoiar a inovação em pequenas e médias empresas de ambos os países e viabilizar o intercâmbio de pesquisadores e informação.
O ministro brasileiro e o vice-ministro alemão valorizaram a questão. Schütte sugeriu a organização de uma oficina de trabalho nos próximos meses: "Nós temos em mente, em um primeiro momento, financiar a mobilidade de pessoas, para que possamos nos conhecer e também para começarmos a definir prioridades e, a partir disso, financiar projetos de pesquisa específicos."
Torre Alta
Fruto de cooperação entre o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) e o Instituto Max Planck de Química, o Observatório de Torre Alta da Amazônia será inaugurado no próximo sábado (22), no município de São Sebastião do Uatamã (AM). A estrutura de 325 metros de altura deve facilitar a compreensão dos efeitos das mudanças climáticas em florestas tropicais, ao medir a emissão de gases de efeito estufa, estudar partículas que formam nuvens e investigar o transporte de massas de ar por milhares de quilômetros.
A carta de intenções renova o compromisso para a continuidade do projeto Atto, cujos recursos, até o momento, provêm do BMBF e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI). Schütte destacou a grandeza do investimento e da estrutura física, "única no mundo", e acrescentou que a torre foi concebida para operar e servir a cientistas por pelo menos 20 anos, a fim de acompanhar implicações das mudanças climáticas globais nos ecossistemas amazônicos.
Educação
O último documento envolve o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, que o assinou antes da reunião de Aldo e Schütte. A Declaração Conjunta sobre a Cooperação Brasil-Alemanha em Matéria de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação ressalta o sucesso de quatro décadas de parceria, no âmbito de acordos governamentais celebrados em 1969 e 1979.
A relação bilateral em CT&I se ampara no Acordo-Quadro sobre Cooperação em Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, assinado em 1996. Desde então, representantes dos dois países mantêm encontros periódicos em uma comissão mista. Outra via para o trabalho conjunto são as bolsas oferecidas pelo Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (Daad), em parceria com o CNPq e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC).
Os projetos conjuntos de pesquisa têm ocorrido por meio de convênios firmados pelo CNPq. A declaração estimula o lançamento de editais em bioeconomia, inovação, terras-raras, mudanças climáticas e oceanos.
InovaçãoEm julho, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e a Sociedade Fraunhofer assinaram um memorando de entendimento com objetivo de promover a capacitação de pesquisadores e profissionais em gestão e a troca de dados científicos. O acordo inclui a realização de seminários, encontros e visitas técnicas de especialistas nos dois países.
Schütte informou que o governo alemão vem aumentando o orçamento da Sociedade Fraunhofer e dos institutos Max Planck. "Como contrapartida, nós esperamos que essas instituições reforcem a sua cooperação internacional", relatou. Ele mencionou a existência de um centro Fraunhofer em Campinas (SP), que busca inovar na produção de alimentos e em biorrecursos. Aldo recomendou que Embrapii e Fraunhofer atuem conjuntamente no programa bilateral de bioeconomia.
Segundo o vice-ministro, a instituição alemã presta assessoria a 13 institutos credenciados pela organização social brasileira, especialmente no campo da conversão de biomassa em energia.
Também participaram do ato o diretor-geral para cooperação internacional do BMBF, Frithjof Maennel; o adido científico da Embaixada da Alemanha em Brasília, Thomas Schröder; a secretária executiva do MCTI, Emília Ribeiro; os secretários de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Armando Milioni; e de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, Jailson de Andrade; o presidente da Finep, Luis Fernandes; o diretor-presidente da Embrapii, Jorge Guimarães; e o diretor de Gestão e Tecnologia da Informação do CNPq, Luiz Alberto Barbosa.Fonte: MCTI
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Sex, 21 Ago 2015 10:03:00 -0300
Museu lança o mais completo registro da História da Astronomia no Brasil
Versão eletrônica poderá ser adquirida gratuitamente no site do Museu de Astronomia.
Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast/MCTI) lança, nesta sexta-feira (21), o livro "História da Astronomia no Brasil". São 44 artigos de 63 autores na maior publicação sobre o tema já produzida no País. O último relato abrangente havia sido feito em 1955, pelo cientista Abrahão de Moraes. A queda de meteoritos que abriram uma cratera de 1 quilômetro de diâmetro no Amazonas, os feitos dos principais astrônomos brasileiros, a astronomia indígena, a participação feminina e a rivalidade entre Brasil e Argentina na demarcação de fronteiras estão entre os destaques. "Faltava uma nova história da nossa astronomia, que incorporasse tanto os episódios mais recentes, quanto os novos estudos sobre episódios do passado", afirma Oscar Matsuura, pesquisador colaborador do Mast que organizou o livro.
A versão eletrônica poderá ser adquirida gratuitamente no site do Museu de Astronomia. Além dos principais estudos realizados pelos astrônomos brasileiros, a publicação registra fatos surpreendentes. Um deles ocorrido na manhã de 13 de agosto de 1930, na região do Rio Curuça, no Estado do Amazonas. Meteoritos explodiram pouco acima do solo e abriram uma cratera de 1km de diâmetro em plena selva amazônica, próximo à fronteira com o Peru.
Também estão entre os destaques as pesquisas de Cesar Lattes, principal nome da ciência nacional que, por decisão polêmica, deixou de receber o Prêmio Nobel. Outras curiosidades abordadas são a história de Yedda Veiga Ferraz Pereira, a primeira astrônoma do Brasil; a rivalidade entre Brasil e Argentina na demarcação de fronteiras e a astronomia indígena. São 1.297 páginas, distribuídas em dois volumes. A obra apresenta artigos em linguagem não especializada, que analisam desde registros astronômicos pré-históricos encontrados no País, até iniciativas internacionais recentes, como o projeto do telescópio Soar. Financiado por um consórcio formado por Brasil e Estados Unidos, o equipamento, instalado nos Andes Chilenos, foi projetado para produzir imagens de melhor qualidade que as de qualquer outro observatório do mundo em sua categoria. Desde 2004, pesquisadores brasileiros realizam observações no local.
A publicação é uma realização do Museu de Astronomia, que fica na Rua General Bruce, 586, Bairro Imperial de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. O projeto contou com o apoio da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco.Fonte: Assessoria de Comunicação do MAST
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Sex, 21 Ago 2015 09:28:00 -0300
Egresso do Ciência sem Fronteiras descobre nova espécie de morcego
A pesquisa do cientista Ricardo Moratelli, da Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz Mata atlântica, foi destaque na BBC.. Enquanto estava nos Estados Unidos como bolsista do CNPq pelo programa Ciência sem Fronteiras, Ricardo Moratelli descobriu uma nova espécie de morcego, capturada pela primeira vez em 1905, no agreste da Bahia.A pesquisa do cientista Ricardo Moratelli, da Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz Mata atlântica, foi destaque na BBC.
Enquanto estava nos Estados Unidos como bolsista do CNPq pelo programa Ciência sem Fronteiras, Ricardo Moratelli descobriu uma nova espécie de morcego, capturada pela primeira vez em 1905, no agreste da Bahia. A descoberta se deu durante estudos de coleções do gênero Lonchophylla, morcego que se alimenta de néctar, depositadas no Museu de História Natural do Smithsonian.
Moratelli chegou ao Smithsonian para um estágio de pós-doutorado financiado pelo Programa. A proposta era estudar a diversidade taxonômica de morcegos insetívoros do gênero Myotis, mas a abrangência da coleção da instituição o instigou a estudar outros gêneros de morcegos, e mesmo outros mamíferos.
Durante sua temporada no Smithsonian, Ricardo descobriu cerca de 8 espécies novas de morcegos em 4 diferentes gêneros, dessas espécies, quatro já estão formalmente descritas e as demais estão em preparação ou fase final de análise. Com relação a sua mais recente descoberta, o pesquisador explica como ela se deu: "Logo após descrever uma outra espécie de morcego nectarívoro do Sudeste do Brasil (Lonchophylla peracchii), continuei analisando as amostras de Lonchophylla do Brasil disponíveis no Smithsonian. Foi aí que me deparei com um espécime da série original da descrição de L. mordax e percebi que o que chamávamos de L. mordax no Brasil desde 1926, era algo diferente do que eu tinha em mãos".
O passo seguinte foi iniciar uma cuidadosa investigação para reunir evidencias para entender o quebra cabeça que tinha se formado. "Dois anos após iniciar a pesquisa, concluímos que a maior parte dos morcegos que vinham sendo identificados como L. mordax eram, na verdade, representantes de uma nova espécie".
O pesquisador alerta para a importância de estudos taxonômicos e da descrição de novas espécies "Descrever uma nova espécie é o primeiro passo para conhecer sua biologia e suas interações e também para preservá-la; pois não podemos preservar o que não conhecemos".
Um exemplo disso é um estudo feito na década de 1980 que mostra que a espécie L. bokermanni pode ser o polinizador específico de uma bromeliácea. Ricardo, em colaboração com dois outros pesquisadores, verificaram que, diferente do que se pensava, L. bokermanni apresenta uma distribuição muito restrita e é conhecida de apenas 10 indivíduos capturados até hoje, podendo ser uma das espécies de morcegos mais ameaçadas de extinção do Brasil. Se realmente se confirmar que o morcego esteja ameaçado de extinção, essa bromeliácea também estará sob ameaça. Nesse caso em particular, foi preciso descrever uma espécie (L. peracchii) para descobrir que outras duas (o morcego [bokermanni] e a bromeliácea) podem estar ameaçadas.
TrajetóriaA trajetória de Ricardo na pesquisa científica vem sendo acompanhada pelo CNPq desde a graduação, quando foi bolsista de Iniciação Cientificana graduação em Ciências Biológicas e no mestrado em Biologia Animal, ambos na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Ricardo também é doutor pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e fez o Pós-Doutorado, no Museu de História Natural do Smithsonian,pelo Programa Ciência sem Fronteiras.
O período de estudo nos Estados Unidos, segundo Ricardo, foi importante e muito enriquecedor. "A bolsa do Programa Ciência sem Fronteiras me proporcionou uma ampla capacitação em áreas que vão muito além do projeto que foi aprovado para ser desenvolvido. Posso dizer que me tornei especialista em áreas hoje muito pouco representadas na Zoologia".
Ricardo foi convidado para ser editor de área do Journal of Mammalogy ¿ a revista científica mais importante da área de Mastozoologia; e para ser pesquisador associado do Smithsonian, assim ele continua interagindo e colaborando com pesquisadores de lá.
Também foi destaque na revista Nature, quando identificou um morcego do gênero Myotis, recolhido em fevereiro de 1979 em uma floresta equatoriana nas encostas ocidentais dos Andes.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
Fotos: Chris Maddaloni/Nature; Micaela Jameson/Bat Conservation International
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Sex, 14 Ago 2015 19:54:00 -0300
Divulgado resultado de Bolsas do País
O resultado das bolsas no país do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), previsto no Cronograma 2 do calendário de 2015 está disponível no portal da agência.
Foram aprovadas, pela Diretoria Executiva do CNPq, 13 bolsas de Pós-doutorado Empresarial (PDI), 246 bolsas de Pós-doutorado Júnior (PDJ), 19 bolsas de Pós-doutorado Sênior (PDS) e 2 bolsas Doutorado Sanduíche no País (SWP).
Coordenação de Comunicação Social do CNPq