Agraciados

 

PESQUISADORES EMÉRITOS

Foto do Antonio Paes de Carvalho

Antonio Paes de Carvalho

2009

  • Nascido no Rio de Janeiro em 1935, Antonio Paes de Carvalho formou-se médico pela Faculdade Nacional de Medicina da UFRJ (1959), com Doutorado em Biofísica (1961). Pós-doutorado na State University de New York (1961-4). Livre-docente pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Biofísica, 1964). Professor Titular de Biofísica e Fisiologia na UFRJ (1977). Guggenheim Fellow e Professor Convidado no Harvard-MIT Health Sciences and Technology Program e na Columbia University (1978-79).


    Iniciou-se na experimentação orientado por Carlos Chagas Filho e Brian Hoffman. Realizou o primeiro estudo da eletrofisiologia cardíaca do nódulo átrio-ventricular (Nature, 1958) e das vias especializadas de condução nos átrios. Sua maior contribuição científica foi o conceito dualista do potencial de ação do músculo cardíaco, com duas respostas excitáveis superpostas, complementares e separáveis (Nature, 1965).


    Foi Sub-Reitor de Pós-graduação e Pesquisa da UFRJ (1971-2), Membro do Conselho Federal de Educação (1972-1980) e Diretor do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (1980-5). Desde então dedicou-se ao desenvolvimento da interface Ciência-Empresa, sendo co-fundador e Presidente da Fundação Bio-Rio (Pólo de Biotecnologia do Rio de Janeiro). Fundou e presidiu a BIOMATRIX S/A, primeira empresa brasileira de biotecnologia vegetal (1985-90). Presidente da ABRABI ¿ Associação Brasileira das Empresas de Biotecnologia (1986-2006). Presidente da EXTRACTA Moléculas Naturais S/A (1998-presente), dedicada ao uso do Patrimônio Genético em biodiversidade química para a Saúde. Recebeu o Prêmio LAFI em 1969 e o Prêmio ABIF em 1974. Membro da Academia Brasileira de Ciências (1965) e da Academia Nacional de Medicina (1980).


    Agraciado com a Medalha de Ouro Pio XI, pela Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano, em 1980. Comendador (1996) e Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico (2005). Doctor Honoris Causa pela Universidad de Buenos Aires em 1997. Professor Emérito da URFJ em 2004.


Foto do Darcy Fontoura de Almeida

Darcy Fontoura de Almeida

2009

  • Darcy Fontoura de Almeida nasceu no Rio de Janeiro em 1930. Graduou-se pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil em 1954, especializou-se em transporte celular, pelo Instituto Superior de Saúde, em Roma, e em citoquímica pela Postgraduate Medical School de Londres, na Inglaterra, como bolsista do CNPq. Cumpriu, ainda, um aperfeiçoamento em autorradiografia na Universidade Livre de Bruxelas. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro obteve os títulos de livre-docência (Biofísica), em 1965, Professor Titular em 1984 e Professor Emérito em 2001. Foi consultor científico da UNESCO, em 1967-68 e eleito Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências, em 1980.


    Um dos precursores da genética de microrganismos no país, criou o laboratório de Fisiologia Celular em 1970, para estudo do controle genético de funções celulares. Identificou os genes ftsH, hoje AAA, e dinM em E. coli e participou do projeto de vacinas orais contra E. coli enterotoxigênica. Iniciou, em 1988, numa ação individual e pioneira, o processo de fundação do Laboratório de Bioinformática (LABINFO) no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC). Em 2000 o LABINFO coordenou o projeto GeneBrasil/CNPq, para o sequenciamento completo do genoma da Chromobacterium violaceum. A nova Unidade de Genômica Computacional do LNCC ganhou o seu nome (2008). Também foi importante nome para a divulgação científica, sendo co-fundador das revistas Ciência Hoje (CH), CH das Crianças, do Informe CH e do Jornal da Ciência.


    Entre as homenagens, o cientista ganhou o Prêmio José Reis de Divulgação Científica, com a revista Ciência Hoje, em 1983. Foi comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico em 2000. Recebeu a medalha Carlos Chagas Filho do Mérito Científico pelas relevantes contribuições em ciência, tecnologia e cultura, em 2002, e a medalha de Honra ao Mérito da V Jornada Científica do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, em 2002.


Foto do Fernando de Souza Barros

Fernando de Souza Barros

2009

  • Fernando de Souza Barros, nasceu no ano 1929, em Recife, Pernambuco. Graduou-se em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 1952. Possui doutorado em Física Nuclear pela Universidade de Manchester (1960), na Inglaterra. Em 1964 foi contratado como pesquisador e, logo após, como professor pela Universidade Carnegie-Mellon, em Pittsburgh, nos Estados Unidos. Regressou ao Brasil na década de 1970 para implantar o Curso de Pós-Graduação em Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

    Foi Professor Titular da UFRJ durante 26 anos, aposentando-se em 1999. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Física (1983-1985). Mantém atualmente atividades de orientação de pós-graduandos e participa de um grupo de pesquisa interinstitucional de projetos de física aplicada. Suas linhas originais de pesquisa foram no campo de formação dos núcleos leves por reações nucleares com feixes de Trítio. Durante a década de 1960, iniciou seus estudos da matéria condensada utilizando técnicas nucleares (principalmente com o Efeito Mossbauer). Na UFRJ, implantou um grupo de pesquisa experimental para estudos da estrutura da matéria com técnicas espectroscópicas. Em 1990 iniciou uma colaboração com pesquisadores de instituições do estado do Rio de Janeiro no campo de aplicações de minerais na fixação de fertilizantes.

    Desde 1995, estuda o papel de minerais na evolução química da vida. Até 2008, publicou 50 artigos completos em periódicos, cinco capítulos de textos especializados e participou da orientação de dez dissertações de mestrado e oito teses de doutorado. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências desde 1976; Professor Emérito da UFRJ desde 1999; No período 1998-2000, foi membro do Conselho Diretor de Pugwash (Prêmio Nobel da Paz em 1995). Foi indicado em 2008, para receber a Ordem Nacional do Mérito Científico do Brasil.


Foto do Hermano de Medeiros Ferreira Tavares

Hermano de Medeiros Ferreira Tavares

2009

  • Hermano de Medeiros Ferreira Tavares é engenheiro eletrônico, nascido na cidade de Patos, Paraíba, em 1941. Formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), fez mestrado e doutorado na área de automação pela Universidade de Toulouse, França, nos anos de 1966 e 1968.


    Trabalhou nas Universidades Federais da Paraíba e de Pernambuco, no ITA e na Escola de Engenharia de São Carlos - USP. Na Universidade Estadual de Campinas, onde permaneceu por mais de 30 anos, foi professor titular e atuou como chefe de departamento, coordenador de pós-graduação, diretor da Faculdade de Engenharia Elétrica e reitor. Também foi coordenador do Comitê Acadêmico de Engenharia Elétrica do CNPq e do Comitê Técnico da CAPES, e presidente da Sociedade Brasileira de Automática. Em 2006, trabalhou como reitor pró tempore da recém instalada Universidade Federal do ABC e atualmente atua como assessor da Diretoria da Faculdade de Engenharia de Sorocaba .


Foto do Maria da Conceição Tavares

Maria da Conceição Tavares

2009

  • A economista Maria da Conceição Tavares, nasceu em Portugal em 1930. Veio para o Brasil em 1954, após formar-se em matemática pela Universidade de Lisboa. Cursou economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e ingressou como pesquisadora no corpo técnico da CEPAL em 1962, onde produziu o seu estudo clássico sobre "Auge e declínio da substituição de importações no Brasil". Doutorou-se em economia da indústria e da tecnologia pela UFRJ em 1975. Foi fundadora do programa de Pós-graduação e do Instituto de Economia Industrial da UFRJ. É Doutora Honoris Causa da Universidad de Buenos Aires desde 2001 e Professora Emérita da UFRJ desde 1993.


    Destacou-se pela crítica aos modelos econômicos impostos ao Brasil durante o regime militar, sendo uma das responsáveis pelo modo contemporâneo de pensar a economia política, com suas teses "Acumulação de capital e industria-
    lização no Brasil" e "Ciclo e crise: o movimento recente da economia brasileira", da década de 1970. A partir da década de 1980 iniciou suas pesquisas sobre Economia Política Internacional, Hegemonia Americana e Capitalismo Globa-
    lizado, que continuou até a atual Crise Internacional.


    Como intelectual militante lutou pela formação da Associação Nacional de Pós-Graduação em Economia, para promover os cursos de pós-graduação e as pesquisas na área. No Rio de Janeiro, junto com Pedro Malan e Carlos Lessa, promoveu o movimento de renovação dos economistas na luta por uma sociedade democrática e desenvolvida.


    Na luta político-partidária, fez parte do grupo político de Ulisses Guimarães que levou à reforma democrática do Estado de 1988. Durante o período das reformas neoliberais, como deputada federal do PT defendeu as empresas estatais de energia, a exemplo da Petrobras e da Eletrobrás, como instrumento de manutenção da autonomia econômica brasileira. Em 2005, junto com um grupo importante de intelectuais, fundou o Centro Celso Furtado. Atualmente é professora e pesquisadora do Núcleo de Estudos Internacionais da UFRJ.


Foto do Alfredo Scheid Lopes

Alfredo Scheid Lopes

2008

  • Formado em engenharia agrônoma pela Escola Superior de Agricultura de Lavras em 1961, Alfredo Scheid Lopes foi professor de fertilidade e manejo dos solos dos trópicos na Universidade Federal de Lavras desde então. Na década de 1970 tornou-se mestre e doutor pela Universidade Estadual da Carolina do Norte, Estados Unidos, e dedicou sua vida ao ensino, pesquisa e extensão universitária no desenvolvimento da produção agrícola na região dos cerrados. Em 1995, foi homenageado em Cingapura com o Prêmio Internacional de Fertilizantes, da International Fertilizer Industry Association, de Paris. Recebeu também o Certificado de Mérito da Food and Agriculture Organization (FAO), de Roma, em 1976; Professor Emérito pela Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior (ABEAS) em 1986 e pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) em 1991; e congratulado com o Prêmio Ceres de Produtividade Agrícola em 1990. tualmente é Professor Emérito da UFLA e consultor técnico da Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA) em São Paulo.


Foto do Luiz Hildebrando Pereira da Silva

Luiz Hildebrando Pereira da Silva

2008

  • Médico, formado pela Universidade de São Paulo, Luiz Hildebrando Pereira da Silva concluiu o doutorado em Parasitologia em 1961 pela USP e o pós-doutorado em Genética de Microorganismos pela Université Libre de Bruxelles e pelo Instituto Pasteur, na França, onde trabalhou com François Jacob, na década de 1960. Afastado da USP em 1964, após a instalação do governo militar, prosseguiu até a década de 1970 com suas pesquisas, no Instituto Pasteur, em Biologia molecular da lisogenia. Foi convidado em 1976 pelo diretor Jacques Monod para formar e dirigir o Laboratório de Parasitologia Experimental, onde trabalhou por vinte anos em pesquisas sobre biologia molecular de parasitas da malária e imunologia da malaria falciparum. Entre 1992 e 1996 coordenou o projeto franco-brasileiro de pesquisas sobre a malária em Rondônia. Regressando ao Brasil em 1997 fundou o Instituto de Pesquisa em Patologias Tropicais de Rondônia, onde desenvolve pesquisas sobre malária e arboviroses. Entre as homenagens, recebeu, em 2003, o prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) na categoria Ciência; foi nomeado Comendador da Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico, pelo Presidente da República do Brasil, em 1998; recebeu o Prêmio Peter Muranyi 2006 em Saúde-Medicina Humana e nomeado em 2006 Professor Emérito da Universidade Federal de Rondônia.


Foto do José Thomaz Senise

José Thomaz Senise

2008

  • José Thomaz Senise é formado em engenharia mecânica e elétrica pela Universidade de São Paulo, em 1947, mestre e doutor em engenharia elétrica pela Stanford University, Estados Unidos, na década de 1950, com especialização em microondas. Tem experiência na área de engenharia elétrica, atuando principalmente nos temas de aplicações industriais e científicas de microondas, química com microondas, efeitos biológicos das radiações não ionizantes e telecomunicações. Detentor de nove patentes em equipamentos e processos industriais que utilizam microondas, foi homenageado, em 1984, como Presidente de Honra da Sociedade Brasileira de Microondas e Optoeletrônica (SBMO). Foi professor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e da Escola Politécnica da USP. Atualmente é professor e pesquisador do Instituto Mauá de Tecnologia.


Foto do Roland Köberle

Roland Köberle

2008

  • Nascido na cidade de Graz, Áustria, Roland Köberle formou-se em Física pela Universidade de São Paulo, em 1961. Concluiu o doutorado em 1967 na University of Chicago, nos Estados Unidos, com ênfase em física das partículas elementares. Foi bolsista da Fundação Humboldt no DESYHamburgo, onde iniciou pesquisas em teoria quântica de campos. De volta ao Brasil expandiu seus interesses, que passaram a englobar pesquisas em mecânica estatística. Foi professor visitante nas Universidades de Harvard, Princeton e do Instituto de Pesquisa de NEC, em Princeton. Mais recentemente mudou seu interesse da física teórica para biologia experimental, montando um laboratório de neurobiofísica, onde estuda a transmissão de Informação no duto óptico da mosca. Neste contexto, introduziu métodos de sistemas dinâmicos (Chaos) na caracterização destes processos biológicos. Atualmente é professor titular da Universidade de São Paulo, no Instituto de Física de São Carlos.


Foto do Antonio Fernando Piza

Antonio Fernando Piza

2008

  • Físico, formado pela Universidade de São Paulo em 1961, Antonio Fernando Ribeiro de Toledo Piza é renomado pesquisador na área de estrutura nuclear, especializado nas teorias das reações nucleares. Em 1966 tornou-se doutor em física pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), Estados Unidos. Atuando como livre-docente em física pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP desde 1967, dedicou-se também à pesquisa dos problemas quânticos de muitos corpos, correlações e descrições cinéticas, além de decoerências e dinâmica de correlações em sistemas quânticos. Entre as homenagens recebidas, foi Comendador, em 1995, da Ordem Nacional do Mérito Científico, pelo Presidente da República do Brasil. Foi, também, um dos fundadores do Departamento de Física Matemática da Universidade de São Paulo, na década de 1970, onde continua atuando como professor.