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Qui, 10 Dez 2020 14:40:00 -0300
Astrônomos da UFRN fazem diagnóstico pioneiro para mil estrelas com planetas
Resultado foi publicado em artigo assinado por bolsistas de Produtividade em Pesquisa do CNPq. O diagnóstico foi feito sobre características da atividade estelar de 1 mil estrelas observadas pelo satélite TESS, da NASA, lançado em julho de 2018.Artigo de cientistas brasileiros liderados por astrônomos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), publicado no periódico americano The Astrophysical Journal - Supplement Series, anunciou diagnóstico pioneiro sobre características da atividade estelar de 1 mil estrelas observadas pelo satélite TESS, da NASA, lançado em julho de 2018. O TESS, ou Transiting Exoplanet Survey Satellite, foi idealizado para a busca por planetas do tamanho da Terra, orbitando estrelas próximas, que tenham condições de habitabilidade.
Os astrônomos brasileiros estudaram os dados tornados públicos das curvas de luz das primeiras 1 mil estrelas observadas pelo TESS. As curvas de luz são gráficos da intensidade da luz visível das estrelas ao longo do tempo. O estudo dessas curvas pode revelar importantes informações sobre fenômenos físicos que se manifestam no interior e na atmosfera estelar, bem como a presença de companheiros planetários ou estelares orbitando as estrelas. Assim, os cientistas conseguiram realizar medidas de períodos de rotação, detectar erupções e pulsações, além de possíveis níveis de atividade magnética nessas estrelas. Os resultados indicaram quais estrelas com candidatos a exoplanetas oferecem melhores perspectivas para monitoramento e estudos sobre as características físico-químicas de seus sistemas planetários, incluindo suas potenciais condições de serem habitáveis.
Os astrônomos do Programa de Pós-Graduação em Física, da UFRN (PPGF/UFRN) realizam também estudo contínuo no diagnóstico de estrelas que ainda terão planetas detectados pelo satélite. Segundo o primeiro autor do artigo, professor Bruno Leonardo Canto Martins, pesquisador de Produtividade em Pesquisa (PQ) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com a descoberta do TESS de mais de 2 mil estrelas do tipo das referidas no artigo, o trabalho dos brasileiros continuará ainda por cerca de 3 anos . "Essa pesquisa vai ser um catálogo perene enquanto durar a missão", afirma o professor. Os dados da descoberta dos brasileiros estão catalogados na plataforma interativa internacional Filtergraph, da Escola de Engenharia da Universidade de Vanderbilt, em Nashville, Estados Unidos. As informações ajudarão a comunidade científica na definição de critérios para a elaboração de estratégias observacionais para diferentes técnicas de diagnósticos, incluindo imageamento direto dos planetas. Do grupo de pesquisadores da UFRN também participam os professores José Renan de Medeiros e Izan de Castro Leão, ambos bolsistas de Produtividade em Pesquisa (PQ) do CNPq. A equipe do projeto também tem a participação de pesquisadores da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA) e da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
As condições mínimas para que um planeta possa ser habitável são a existência de água no estado líquido associada a temperaturas e campos de radiação adequados para sustentar uma biosfera na superfície planetária. No nosso Sistema Solar, tais condições estão localizadas em uma região restrita, localizada entre os planetas Vênus e Marte. A Terra se encontra no centro dessa região. Essas circunstâncias fundamentais de habitabilidade dependem também da atividade magnética da estrela hospedeira do planeta, associada de forma direta com a existência de ventos, erupções e tempestades magnéticas. Essa atividade é controlada pela rotação da estrela, que não pode girar de forma muito rápida, nem de modo muito lento. O Sol, por exemplo, leva pouco mais de 25 dias para dar uma volta completa em torno de seu eixo.
A plataforma Filtergraph, onde o catálogo com os resultados da pesquisa está armazenado, em 2017 tornou-se parte do Centro Frist para Autismo e Inovação, também sediado em Nashville. A instituição reúne cientistas, engenheiros e especialistas em neurociências e educação e tem como objetivo entender, maximizar, identificar e estimular pessoas autistas a trabalharem com padrões de imagens e cores. Como muitos autistas possuem a capacidade de entender padrões em cores e imagens em um nível superior, o Centro Frist utiliza a plataforma Filtergraph para identificar pessoas com tais habilidades, oferecendo a elas formação complementar e ferramentas para que possam se especializar e atuar de forma profissional em posições que executem tarefas semelhantes à análise de imagens ou cores em alto padrão.
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Qua, 16 Mar 2016 18:37:00 -0300
Pesquisadores brasileiros entram em projeto astronômico revolucionário
De acordo com Luiz Nicolaci da Costa, coordenador do Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA), pesquisador do Observatório Nacional e bolsista PQ 1A do CNPq, pela primeira vez a astronomia poderá observar um universo dinâmico, podendo ver objetos fracos do Sistema Solar se movendo e explosões acontecendo em galáxias distantes.Em 2022, está previsto entrar em operação um supertelescópio que já se apresenta como revolucionário pela comunidade astronômica mundial antes mesmo de ser inaugurado. O Large Synoptic Survey Telescope (LSST) se encontra em construção em Cerro Pachón, no Chile.
De acordo com Luiz Nicolaci da Costa, coordenador do Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA), pesquisador do Observatório Nacional e bolsista PQ 1A do CNPq, pela primeira vez a astronomia poderá observar um universo dinâmico, podendo ver objetos fracos do Sistema Solar se movendo e explosões acontecendo em galáxias distantes. Os dados do LSST poderão ser usados para uma grande variedade de estudos desde o sistema solar ao da energia e matéria escura. Outro papel importante será o de gerar amostras apropriadas para os grandes telescópios de nova geração.
¿O LSST vai ser um grande gerador de dados. Para se ter uma ideia, ele terá uma câmera com aproximadamente 3 milhões de pixeis, que cobrirá, em cada exposição, uma área do céu correspondente a 40 luas cheias, vai fazer da ordem de 1000 exposições por noite com duração de 30 segundos cada uma, gerando 15 terabytes de dados por noite. A cada três dias, as observações vão cobrir todo o céu visível. Em apenas uma noite serão lançados 10 milhões de alertas de objetos que se movimentaram ou tiveram mudanças no brilho¿, afirma o pesquisador Luiz Nicolaci da Costa. Isto significa um grande desafio para a área de TI que está motivando o desenvolvimento de novas tecnologias cujo uso será bem mais amplo do que apenas Astronomia.
Os dados obtidos por este telescópio no Chile serão primeiro transferidos para La Serena, a seguir para Santiago e, via Brasil, para os Estados Unidos. Para transmitir o grande volume de dados que o telescópio vai gerar, será necessário ampliar a ligação entre a América do Sul ao Norte. Para esta ligação a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e a Academic Network at São Paulo (ANSP) estão fazendo importantes contribuições o que permitiu ao LIneA e ao Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) negociar a entrada de pesquisadores brasileiros no projeto. Estas negociações levaram a assinatura de um memorando de entendimento pelo qual um total 50 pesquisadores (10 contratados por instituições brasileiras e quarenta pesquisadores juniores, do nível de estudantes ou pós-doutorando) podem participar do projeto imediatamente a custo zero. Pelo Brasil assinaram, em ordem alfabética, ANSP, LIneA, LNA e RNP. Espera-se que até o início das operações em 2022 seja possível negociar um novo memorando para a entrada de toda a comunidade, o que implicará numa contribuição financeira para a operação do telescópio.
Como os dados vão naturalmente transitar pelo Brasil, está previsto o país ter um centro de dados regional de apoio aos pesquisadores brasileiros para que estes possam participar pró-ativamente na análise dos dados.. Isto inclui altas taxas de transferência entre centros de pesquisa espalhados geograficamente, grande capacidade de armazenamento e processamento, e um sistema de software capaz de gerenciar este ambiente e analisar os dados com eficiência. Segundo Nicolaci, estas necessidades não são exclusivas da astronomia e é preciso criar no Brasil um centro de e-Ciência para atender a este novo tipo de demanda. Este centro poderia ser uma federação de centros especializados para diferentes áreas de pesquisa compartilhando a infraestrutura física e uma base de conhecimento comum.
O LIneA, criado em 2010, é na verdade um bom exemplo do que se imagina ser um centro de e-Ciência, só que voltado para a Astronomia, desenvolvendo uma infraestrutura de hardware e software, para lidar com o desafio de projetos envolvendo Big Data. Ao mesmo tempo, o LIneA apoia uma rede de pesquisa formada de pesquisadores de vários institutos e universidades nacionais, que participam em projetos de grande envergadura e geradores de grandes volumes de dados como o Dark Energy Survey e o Sloan Digital Sky Survey. ¿O LIneA é considerado inovador porque é uma das primeiras iniciativas da qual participam várias unidades de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, como o Observatório Nacional (ON), Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), e universidades brasileiras¿, afirma o coordenador. O laboratório conta com recursos do CNPq, entre os apoiadores. Além disso, a experiência adquirida desde sua criação em projetos como o SDSS e o DES será fundamental para garantir o sucesso da participação da comunidade científica brasileira no projeto do supertelescópio no Chile no projeto LSST.
Saiba mais sobre o Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA)- http://www.linea.gov.br/
ANSP: http://www.ansp.br/index.php/br/
LNA: http://www.lna.br/
RNP: http://www.rnp.br/
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Qui, 10 Dez 2020 17:51:00 -0300
Webinar "Caminhos para o Transbordamento" acontece na SNCT
O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Evaldo Vilela participou nesta quinta-feira (10) da abertura do webinário "Caminhos do Transbordamento", promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), em conjunto com o CNPq, e que aconteceu durante edição da 17ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).
Durante o evento, Evaldo Vilela disse que o papel da entidade é financiar a produção de conhecimento e a pesquisa que são bases para a inovação. O presidente do CNPq lembrou que o Brasil é o 13º país produtor de conhecimento cientifico no mundo, 28º em aporte de recursos par a ciência e tecnologia e inovação, mas o 62º em inovação. "Ainda estamos longe do potencial que nós temos¿, concluiu. Segundo Vilela, ¿temos muitos casos de sucesso na produção científica, mas temos de pegar o que produzimos em papel e transbordar esse conhecimento para a prática em prol da sociedade". O presidente do CNPq completa, ainda, que é preciso criar "mecanismos permanentes para o pesquisador, o empresário e o investidor, para estimular a inovação".
Segundo o ministro Marcos Pontes, o webinário é uma ação do MCTI para levar o Brasil a fazer parte do grupo de países independentes na produção de inovação e tecnologia. Ele afirma ainda que a produção científica do Brasil não pode ficar só dentro dos laboratórios. "Esse conhecimento precisa sair do papel e se transformar em novos equipamentos e tecnologias para a defesa, a infraestrutura, a agricultura e tantas outras áreas importantes para o país", explicou.
O webinário, que aconteceu durante toda amanhã desta quinta-feira, foi transmitido pelo canal do MCTI no Youtube e pode ser acessado em https://youtu.be/BYxYucU-V50.
SNCT
A edição presencial da 17ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, conta com 20 estandes distribuídos por 4 mil metros quadrados. Até o próximo domingo, dia 13, o público poderá conferir diversas atrações como exposições, brincadeiras, equipamentos inovadores, projetos e palestras. A SNCT conta com a participação das secretarias e unidades vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), instituições de ensino, Forças Armadas e também de outros ministérios do Governo Federal.
O CNPq está presente no evento com duas exposições fotográficas, da história do CNPq e do projeto Pioneiras da Ciência, e a apresentação do projeto Aliança Tropical de Pesquisa da Água (Tropical Water Research Alliance - TWRA), coordenado pelo bolsista PQ do CNPq e Professor da Universidade de Brasília, José Francisco Gonçalves Junior. A iniciativa visa desenvolver tecnologias ambientais e oferecer apoio metodológico compartilhado para o desenvolvimento do manejo integrado e sustentável de bacias hidrográficas tropicais, através do treinamento de equipes e mitigação dos efeitos da degradação ambiental e mudanças climáticas.
Saiba mais sobre o projeto em https://youtu.be/W_v09sy-cWQ
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Seg, 16 Nov 2020 09:42:00 -0300
Médica veterinária vence o Famelab Brasil 2020
No dia 15 de novembro foi divulgado o resultado final do Famelab Brasil 2020. A grande campeã foi a carioca a Gabriela Ramos Leal . Formada em Medicina Veterinária pela Universidade Unigranrio e doutora em Clínica e Reprodução Animal pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com período sanduíche na University of Adelaide, na Austrália, a jovem de 34 anos é moradora da capital do Rio de Janeiro. Atualmente é revisora de periódicos científicos internacionais, médica veterinária do Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman e docente de Embriologia na Universidade Castelo Branco (UCB).
Gabriela representa o Brasil, nesta segunda, 16, no FameLab International.
Gabriela representa o Brasil, nesta segunda, 16, no FameLab International, com anúncio dos finalistas transmitido ao vivo no YouTube do FameLab: https://www.youtube.com/user/famelab
Dos 118 inscritos nesta 4ª edição, 30 foram selecionados para a semifinal, sendo três bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e receberam um treinamento em comunicação científica ministrado pelo Prof. Ronaldo Christofoletti (Unifesp) e a treinadora britânica Wendy Sadler, antes de se apresentarem diante de um comitê avaliador e convidados. Na seqüência, 10 participantes foram escolhidos para disputar a final.
O Famelab
Lançado em 2005 pelo Festival de Ciência de Cheltenham, na Inglaterra, e é realizado em 32 países pelo British Council. É considerada, hoje, uma das maiores competição de comunicação científica do mundo.
No Brasil, a iniciativa está em sua quarta edição e conta com a parceria do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações por meio do CNPq, do Conselho Nacional das Fundações de Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
A final foi transmitida neste domingo, 15 pela TV Cultura, disponível no Youtube do canal: https://youtu.be/PK_LQtnebYo
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Qui, 08 Out 2020 10:32:00 -0300
Webinar entrevista diretor do INPE
Outubro, 2020 - O seminário on-line "O futuro do INPE com seu novo diretor" será transmitido nesta quinta (08/10), às 19h, pelo Facebook e YouTube. Organizado pelo movimento "Nós somos a Ciência"- grupo focado em comunicação científica que atualmente trabalha em defesa do resgate da ciência como base para a tomada de decisões na sociedade -, o seminário terá três blocos, com 20 minutos de duração cada, em que serão discutidos os possíveis caminhos que Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão dedicado à pesquisa e exploração espacial, vai tomar nos próximos anos com a chegada do Dr.Clezio Marcos De Nardin, seu novo diretor.
O webinar contará com a presença de Dr. Clezio, que é engenheiro eletricista formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e doutor em Geofísica Espacial. Foi por três anos, vice-diretor do International Space Environment Service (ISES), órgão internacional dedicado ao Clima Espacial. Ele atua no Inpe desde 1997. Além dele, participará o físico formado pela USP Wilson Namen, um dos cofundadores do grupo Ciência em Show e do movimento "Nós Somos a Ciência".
Data: 08/10
Horário: 19h
Link da página: https://www.facebook.com/NosSomosACiencia/
YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCbPsf1yhVcPusxHBs6HGQEw
Texto: Divulgação Nós Somos a Ciência.