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Sex, 13 Jan 2023 16:32:00 -0300
Migração Portal
Acesse o novo Portal do CNPqDesde dezembro de 2020, o endereço do Portal do CNPq mudou para:
https://www.gov.br/cnpq
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Qui, 26 Nov 2020 17:37:00 -0300
CNPq divulga resultado preliminar da Chamada nº 25/2020
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.
Esta chamada promove a redistribuição das bolsas retidas ao final de sua vigência no período do 1 de julho a 30 de dezembro de 2020, iniciando a diretriz de realinhamento da concessão de bolsas de pós-graduação à missão precípua do CNPq. Esta iniciativa, em concepção desde 2019, prevê uma transição gradual do sistema antigo de quotas de bolsas ao novo sistema de concessão por meio de projetos institucionais de pesquisa. Tais projetos são apresentados pelos programas de pós-graduação e aglutinam de forma global o direcionamento da pesquisa nos respectivos cursos. A concessão baseia-se numa avaliação de mérito dos projetos, feita por comitês de especialistas.
O resultado preliminar garante a manutenção de bolsas encerradas no período citado, na proporção prevista no item 5 da Chamada, em programas de pós-graduação estabelecidos. Além disso, houve entrada de novos programas no sistema. Os projetos são avaliados por mérito e são aprovados a partir de disponibilidade orçamentária do CNPq.Ressalta-se que não houve nenhuma redução de bolsas no sistema do CNPq; a mesma concessão anual de cerca de R$ 400 milhões em bolsas de mestrado e doutorado está mantida. Uma segunda chamada dessa natureza será lançada brevemente, considerando as bolsas a vencer no próximo semestre.
O CNPq informa que o período de interposição de recurso administrativo ao resultado preliminar é de 25 de novembro a 4 de dezembro de 2020.
Demanda
Do total de 1.595 propostas recebidas de Cursos de Mestrado, 380 são cursos que já contam com bolsas do CNPq e que possuem bolsas vencendo entre 1° de julho a 31 de dezembro de 2020, enquadrando-se nos itens 5.3.1 e 5.4.1 da Chamada. Outras 628 propostas são de Cursos de Mestrado que contam com bolsas do CNPq, mas que vencem a partir de janeiro de 2021. Já outros 587 Cursos de Mestrado, por sua vez, não contam, na atualidade, com o apoio do CNPq em bolsas de mestrado.
Dos Cursos de Doutorado que submeteram propostas à Chamada, 277 já contam com bolsas do CNPq e possuem bolsas vencendo no período de 1° de julho a 31 de dezembro de 2020; 483 possuem bolsas vencendo a partir de janeiro de 2021, e 794 são Cursos de Doutorado que não contam com o apoio do CNPq em bolsas de doutorado.
Veja aqui o resultado preliminar.
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Seg, 26 Out 2020 15:09:00 -0300
Projeto Internacional busca Jovens Embaixadores Brasileiros
O Confap, no conjunto de suas Fundações, o CNPq, e MCTI, são parceiros nacionais do Projeto Cooperação de Todo o Atlântico para Pesquisa Oceânica e Inovação que está em busca de jovens embaixadores brasileiros para promover e gerir as ações de desenvolvimento sustentável do Oceano Atlântico.O Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), no conjunto de suas Fundações, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), são parceiros nacionais do Projeto Cooperação de Todo o Atlântico para Pesquisa Oceânica e Inovação (AANChOR, da sigla em inglês), que está em busca de jovens embaixadores brasileiros para promover e gerir as ações de desenvolvimento sustentável do Oceano Atlântico.
O projeto internacional, apoiado pela União Europeia, conta com a participação do Brasil, África do Sul, Portugal, Bélgica, Espanha, França, Alemanha, Argentina e Cabo Verde, e tem por objetivo, fortalecer a cooperação para a pesquisa científica, tecnológica e de inovação, especialmente das regiões do Atlântico Sul e Atlântico Norte, entendendo as relações existentes entre os oceanos, mudanças climáticas, sistemas de produção alimentar e de energia, e as dinâmicas de circulação entre oceanos, sobretudo em relação ao Ártico e Antártida.
Programa de Jovens Embaixadores
O programa para seleção de jovens embaixadores está em sua segunda edição, e em busca de pessoas criativas e dedicadas, de todas as origens, com idade entre 18 e 30 anos, e que moram nos países que compõem a cooperação do AANChOR. Os jovens selecionados terão o importante papel de promover as ações de desenvolvimento sustentável, criar campanhas estratégicas de divulgação para suas comunidades locais, envolvendo estudantes, sociedade civil e tomadores de decisão, bem como a mídia local, para promover a conservação e proteção do Oceano Atlântico para as futuras gerações. Os Embaixadores atuarão em campanhas online ou locais e participarão de eventos virtuais e presenciais integrados às ações colaborativas do Atlântico e apoiados por projetos de pesquisa e inovação do AANChOR.
Inscrições
Para se inscrever no programa, baixe a ficha de inscrição (link abaixo) para preenchimento dos dados, acesse o formulário de inscrição (link abaixo), e envie anexo a ficha de inscrição preenchida e assinada (Anexo 1); e currículo (Anexo 2) para Elisa Natola, contato nacional da Chamada. As inscrições podem ser feitas até o dia 13 de novembro de 2020 (confira cronograma completo no edital abaixo).
O e-mail de contato exclusivo para dúvidas é: ocean.youth.brazil@gmail.com
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Qua, 02 Dez 2020 15:49:00 -0300
Pesquisadores da UFSCar criam tecido com propriedades antivirais
Em parceria com a Universidade Jaume I, da Espanha e a iniciativa privada, pesquisa coordenada por professor da UFSCAr, bolsista do CNPq, desenvolveu um tecido inovador com propriedades antivirais capaz de eliminar o agente causador da Covid-19 em dois minutos.Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com a Universidade Jaume I, da Espanha, e com a empresa brasileira de nanotecnologia Nanox, desenvolveram um tecido com propriedades antivirais capaz de eliminar o agente causador da Covid-19. O material é feito de micropartículas de sílica, impregnada com prata metálica e elimina 99,9% do vírus Sars-Cov-2 em dois minutos. O tecido já é usado para a fabricação de roupas, em particular equipamentos de proteção individual (EPI) destinados a profissionais de saúde. Segundo o professor Elson Longo, professor titular da UFSCar e Bolsista de Produtividade e Desenvolvimento Tecnológico do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e quem está à frente da pesquisa na UFSCar, o método que desenvolveu a tecnologia é totalmente novo na literatura. "O aspecto mais relevante neste desenvolvimento é da utilização de sílica impregnada com prata para eliminação de bactérias, fungos e o COVID 19. O método de eliminação é completamente novo, um processo de oxidação. O vírus é oxidado, como elimina-se bactérias com água oxigenada. Logo, as máscara produzidas com o produto elimina bactérias, fungos e vírus", explicou o professor.
Como o Sars-Cov-2 tem estrutura orgânica, é como se o tecido tivesse mecanismos capazes de queimar o vírus. A ideia é próxima ao que se faz quando alguém tem uma lesão, tratada com peróxido de hidrogênio, mais conhecido como água oxigenada. Quando em contato com a inflamação, esse produto oxida as bactérias. Nos últimos anos, a Nanox, uma empresa privada originada do laboratório do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) da UFSCar, já fornecia as micropartículas para indústrias têxteis, por conta de sua atividade bactericida e fungicida. Empregado em tecidos, o aditivo evita a proliferação de fungos e bactérias causadoras de mau odores. Com a chegada da pandemia ao Brasil, os pesquisadores queriam avaliar se esse material também era capaz de inativar o Sars-Cov-2, visto que trabalhos científicos já haviam demonstrado a ação das micropartículas contra alguns tipos de vírus. No caso do Sars-Cov-2, se sabe que, em tecidos convencionais, o tempo de permanência do vírus é, em média, maior que um dia.
A comprovação da eficácia da adição da solução a base de micropartículas na composição dos novos tecidos foi o motivo por que o mercado de confecções e produtos têxteis voltou sua atenção ao material com rapidez, neste contexto em que a própria OMS (Organização Mundial da Saúde) já admitiu a impossibilidade de se prever quando o novo coronavírus desaparecerá. Ao comentar a relevância da descoberta dos pesquisadores envolvidos no trabalho, o professor Élson Longo cita um hábito corriqueiro, que foi abandonado neste momento e poderá ser retomado com a aplicação da nova tecnologia. "Nossas roupas carregam germes e, quando você chega em casa não quer precisar se trocar antes de abraçar seus filhos", diz o professor. Os tecidos fabricados com o uso das micropartículas tem a durabilidade de dois anos, suportam pressão e altas temperaturas. A ação antiviral resiste de 30 a 35 lavagens e o custo de produção do tecido especial é 5% maior que o normal.
Embora o assunto do uso das micropartículas na fabricação de tecidos antivírus seja atual, a pesquisa acerca do tema se encontra em desenvolvimento há 14 anos. Começou na UFSCar, durante a orientação de doutorado de Luiz Gustavo Simões, um dos proprietários da Nanox. Na época foi feito um coating para secador de cabelos, para eliminar os fungos e bactérias do ar que passava pelo equipamento. O objetivo era evitar que o usuário fosse contaminado. No futuro, os pesquisadores esperam que esses trabalhos possam auxiliar o desenvolvimento de produtos de proteção. Eles afirmam que este material e outros que estão em fase final de caracterização serão utilizados nos diferentes tipos de plásticos para eliminação de bactérias, fungos e vírus, em cerâmica e coating para metais.
Além da UFSCar, da Universidade Jaume I e da Nanox participaram da pesquisa cientistas da UNESP e do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP). O projeto foi financiado em parte pelo CNPq, por meio do Programa de Formação de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE). A pesquisa também contou com recursos da FINEP e da FAPESP. O professor Elson Longo ressalta a importância do trabalho do laboratório do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais da UFSCar com a iniciativa privada, o que gerou, até o momento, mais de 40 patentes. Ao longo dos mais de 35 anos de trabalho, o laboratório colaborou com empresas como a 3M do Brasil e a White Martins. Fizeram parte da equipe de pesquisa sobre o desenvolvimento do tecido com propriedades antivirais os pesquisadores da UFSCar Marcelo Assis, Lara Kelly Ribeiro, Ieda Lucia Viana Rosa, Lucia Helena Mascaro , além de Luiz Gustavo P. Simões, Guilherme C. Tremiliosi, Daniel T. Minozzi , da NANOX.
Seguindo Longo, as pesquisas têm novos resultados conclusivos com Instituto Oswaldo Cruz com um outro produto ainda mais eficiente e um artigo deve ser publicado em breve.
O Programa RHAE
Criado pelo CNPq em 1987, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Programa de Formação de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE) era destinado à inserção de mestres e de doutores em empresas privadas. O Programa utilizava um conjunto de modalidades de bolsas de fomento tecnológico criado para agregar pessoal qualificado em atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) nas empresas, além de formar e de capacitar recursos humanos que atuassem em projetos de pesquisa aplicada ou de desenvolvimento tecnológico.
O RHAE se destinava a micro, pequenas, médias e grandes empresas privadas com sede e administração no Brasil. As empresas maiores estavam sujeitas a uma limitação de 20% dos recursos disponíveis. As propostas eram submetidas pelos coordenadores dos projetos, que, de forma obrigatória, deveriam possuir vínculo formal, sócio ou celetista, com a empresa executora. O projeto submetido deveria atender todas as características exigidas pela chamada pública e estar focado no trabalho que o pesquisador e sua equipe desenvolveriam na empresa. O Programa oferecia bolsas de Fixação e Capacitação de Recursos Humanos - Fundos Setoriais (SET) bem como outras bolsas de fomento tecnológico, como a Desenvolvimento Tecnológico e Industrial (DTI), a Especialista Visitante (EV) e a Apoio Técnico em Extensão no País (ATP).
Em sua última edição, na Chamada 54/2013, foram oferecidas também bolsas Desenvolvimento Tecnológico e Inovação no Exterior - Junior (DEJ) e Sênior (DES). Por motivos orçamentários, no momento o RHAE, como outros programas financiados com recursos de Fundos Setoriais, se encontra com as indicações de novas bolsas temporariamente suspensas.
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Seg, 23 Nov 2020 10:35:00 -0300
CNPq e CAPES debatem conectividade
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e o Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) são parceiros no projeto Conecti, que tem o objetivo de promover a visibilidade e o impacto da pesquisa e da pós-graduação brasileiras.
O objetivo é usar dados com inteligência, integração e governança. "A ideia é compartilharmos informações e serviços na medida do possível. É uma iniciativa que pode ajudar na integração do Sucupira com o Lattes. Estamos tratando da mesma coisa, e chamando de forma diferente. Usar a mesma linguagem, os mesmos conceitos, é fundamental", disse Benedito Aguiar, presidente da CAPES, em reunião entre a Fundação e o CNPq nesta sexta-feira, 20 de novembro.
Ações de conectividade foram tema de reunião entre CAPES e CNPq (Foto: Naiara Demarco - CCS/CAPES)
O projeto envolve cruzamento de informações para pagamento de bolsas e auxílios, parcerias com os estados, integração de plataformas e certificação da informação. É uma forma de assegurar uma gestão mais eficiente. "A nossa missão é com nossa comunidade científica e tecnológica, envolvendo a pós-graduação e a pesquisa em todos os sentidos", observou Evaldo Vilela, presidente do CNPq.
Representantes da CAPES e do CNPq discutiram o projeto Conecti, que envolve as duas agências (Foto: Naiara Demarco - CCS/CAPES)
CAPES e CNPq surgiram no mesmo ano: 1951. Nesses quase 70 anos, as agências têm atuado pela pesquisa e pós-graduação brasileiras. No Conecti, as duas trabalham em conjunto com o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, Ibict, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, RNP, o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, Confap, e a Biblioteca Eletrônica Científica Online, Scielo.
Por: CCS/CAPES
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Ter, 20 Out 2020 17:34:00 -0300
Pesquisadores clonam os primeiros embriões do veado-catingueiro
Projeto que envolve pesquisadores da UECE e da UNESP, com apoio do CNPq ,utilizou a técnica de transferência nuclear interespecífica para clonar os primeiros embriões de cervídeo neotropical.Pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e da Universidade Estadual Paulista (UNESP) conseguiram clonar os primeiros embriões de cervídeo neotropical, utilizando a técnica de Transferência Nuclear de Células Somáticas interespecífica (TNCSi). O experimento, que gerou clones do veado-catingueiro (Mazama gouazoubira), foi pioneiro no mundo no tocante à clonagem de cervídeos neotropicais. Os trabalhos sobre a reprodução de cópias geneticamente idênticas de um mesmo cervídeo são raros. Segundo o professor Vicente José Freitas, da Faculdade de Veterinária da UECE, um dos coordenadores do projeto e pesquisador 1D do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), não havia publicações sobre clonagem interespecífica em cervídeos tropicais até então. A experiência foi publicada em artigo no periódico Cellular Reprogramming. A equipe foi liderada pelo professor Vicente e teve a participação, além dos professores, de José Maurício Barbanti Duarte (UNESP), pesquisador 1B do CNPq e Luciana Melo (UNIFAMETRO). A pesquisa recebeu financiamento de cerca de R$ 800 mil, por edital do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência PRONEX/FUNCAP/CNPq.
A reprodução do veado-catingueiro com a utilização da técnica TNCSi, com transferência de material nuclear dessa espécie para células de animais de fazenda, pode ser utilizada como modelo na reprodução de outros tipos de cervídeos. Para clonar o veado-catingueiro, os pesquisadores brasileiros utilizaram óvulos de cabras e de vacas, dos quais retiraram os respectivos núcleos, e fusionaram com o material de células somáticas retiradas da pele de um veado-catingueiro. Após o intervalo de seis a sete dias, os embriões começam a se desenvolver.
Embora a clonagem seja considerada uma ferramenta relevante para a conservação de espécies em risco de extinção, a obtenção de óvulos desses animais em grande número para se executar a técnica constitui um obstáculo. A técnica de TNCSi representa, dessa forma, uma solução, por permitir a utilização de óvulos de animais domésticos para a clonagem de espécies ameaçadas de extinção. A clonagem interespécies já foi utilizada com sucesso para inúmeros animais, como o lobo, o coiote e o camelo Bactrian. Um dos principais interesses na pesquisa desse tipo de técnica envolve a reprogramação das células somáticas, ou seja, células que não podem mais se transformar em outra célula. Pela TNCSi, a célula somática, quando juntada ao óvulo de outro animal, pode se transformar de novo, retornando ao estágio embrionário. Daí se cria um novo indivíduo.
No caso do experimento com o veado-catingueiro, os pesquisadores utilizaram um total de 124 óvulos de cabras e 777 óvulos de vaca para a clonagem. A disparidade nos números se deve à facilidade em se encontrar ovários desses animais nos abatedouros locais. Os resultados do estudo indicaram que os óvulos de cabras e vacas são capazes de reprogramar as células somáticas do veado-catingueiro. Os embriões resultantes do processo chegaram até o estágio de blastocisto, no caso da experiência com os óvulos de vaca. Nessa fase, o embrião se encontra apto para a transferência para a barriga de aluguel. No caso dos óvulos de cabra, os embriões se desenvolveram até o estágio de mórula, que é uma fase anterior à do blastocisto.
Para algumas espécies de veados de regiões neotropicais, já existem bancos criogênicos para estoque de células que podem ser utilizadas em técnicas de reprodução desses animais. O Núcleo de Pesquisa e Conservação de Cervídeos (NUPECCE) da Universidade Estadual Paulista (UNESP) possui um banco de células de mais de um mil animais, pertencentes a 10 categorias de espécies de veados neotropicais. O banco funciona como um repositório da diversidade genética para pequenas populações. Porém, há dificuldades para se produzir embriões derivados dessas células, visto que a população em cativeiro desses veados neotropicais é pequena e não pode ser utilizada para procedimentos invasivos, como laparoscopia.
De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), das 10 espécies de veado-catingueiro conhecidas, seis são classificadas como vulneráveis e duas são consideradas como de menor preocupação. Não há informações suficientes para se categorizar as outras duas espécies. Veados-catingueiros são fonte de alimento para populações das Américas Central e do Sul e, por isso, passíveis de correr fortes riscos predatórios. No Brasil, se encontram oito espécies de veado-catingueiro, duas delas ameaçadas de extinção. Esse tipo de cervídeo é encontrado em quase todos os biomas do país, com exceção da bacia amazônica, e predomina em toda a região da Mata Atlântica.
A espécie brasileira tem servido como modelo para muitos procedimentos envolvendo cervídeos. O próximo passo dos pesquisadores envolvidos no projeto de TNCSi é o de encontrar uma espécie de animal doméstico que sirva como barriga de aluguel para a transferência de embriões do veado-catingueiro, em uma tentativa de que a gravidez seja levada a termo.
O link para o artigo se encontra abaixo:
https://www.liebertpub.com/doi/10.1089/cell.2019.0069
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Qui, 08 Out 2020 10:32:00 -0300
Webinar entrevista diretor do INPE
Outubro, 2020 - O seminário on-line "O futuro do INPE com seu novo diretor" será transmitido nesta quinta (08/10), às 19h, pelo Facebook e YouTube. Organizado pelo movimento "Nós somos a Ciência"- grupo focado em comunicação científica que atualmente trabalha em defesa do resgate da ciência como base para a tomada de decisões na sociedade -, o seminário terá três blocos, com 20 minutos de duração cada, em que serão discutidos os possíveis caminhos que Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão dedicado à pesquisa e exploração espacial, vai tomar nos próximos anos com a chegada do Dr.Clezio Marcos De Nardin, seu novo diretor.
O webinar contará com a presença de Dr. Clezio, que é engenheiro eletricista formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e doutor em Geofísica Espacial. Foi por três anos, vice-diretor do International Space Environment Service (ISES), órgão internacional dedicado ao Clima Espacial. Ele atua no Inpe desde 1997. Além dele, participará o físico formado pela USP Wilson Namen, um dos cofundadores do grupo Ciência em Show e do movimento "Nós Somos a Ciência".
Data: 08/10
Horário: 19h
Link da página: https://www.facebook.com/NosSomosACiencia/
YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCbPsf1yhVcPusxHBs6HGQEw
Texto: Divulgação Nós Somos a Ciência.
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Qua, 07 Out 2020 14:48:00 -0300
Pesquisa do Proantar identifica bactérias com ação anticancerígena
O estudo foi publicado na revista Scientific Reports e desenvolvido por bolsistas do CNPq a partir de projeto apoiado pelo PROANTAR, programa coordenado pelo CNPq e o Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações.Pesquisadores brasileiros publicaram em agosto, na revista Scientific Reports, da Nature, artigo sobre estudo realizado na Antártica, que isolou e identificou onze gêneros de bactéria do tipo Actinobacteria, alguns capazes de produzir potentes compostos anticancerígenos. Entre os compostos fabricados por essas bactérias estão a Cenerubina B. e a Actimicina V, ativos que não apresentaram efeitos tóxicos às células sadias. Durante a pesquisa, realizada no âmbito do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), os cientistas encontraram metabólitos com atividade biológica de duas linhagens pertencentes ao gênero Streptomyces, espécies de Actinobacteria, que mostraram atividades antiproliferativas contra as células cancerosas humanas, podendo contribuir para o desenvolvimento de drogas relevantes na área. As espécies Streptomyces constituem reservas extraordinárias de substâncias com potencial para o desenvolvimento de drogas anticâncer. O isolamento e a identificação dessas bactérias tornaram-se uma área frutífera para a pesquisa nos últimos anos, devido à exploração de possíveis novos produtos naturais bioativos.
Imagens de satélite do continente antártico e do trabalho de campo dos pesquisadores. Foto: Divulgação
O filo Actinobacteria designa bactérias gram-positivas, isto é, bactérias possíveis de serem identificadas quando coradas de violeta por método de coloração que faz com que sejam visualizadas no microscópio óptico. Espécies desse filo se encontram presentes no solo e em ambientes extremos e são conhecidas por produzir uma variedade de substâncias bioativas de interesse industrial e farmacêutico. Segundo o professor Itamar Soares de Melo, da Embrapa Meio-Ambiente, as Actinobacteria têm contribuído de forma significativa para a humanidade. "Elas são responsáveis por cerca de 75% de todos os antibióticos conhecidos", afirma ele, sobre os medicamentos que utilizam compostos derivados das Actinobacteria. A pesquisa contou com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), por meio do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR).
A realização da pesquisa na Antártica é significativa. A região tem sido considerada um dos ecossistemas mais promissores de bioprospecção fora dos ambientes ecológicos já conhecidos e amplamente estudados. Segundo o pesquisador Leonardo Jose Silva, primeiro autor do artigo, que estudou o assunto em seu doutorado pela Universidade de São Paulo, com bolsa do CNPq, por conta de características ambientais únicas, como o menor efeito da ação do homem sobre o meio ambiente e a ocorrência de espécies só lá encontradas, o continente antártico possibilita o isolamento de novos e raros organismos que podem resultar na produção de compostos ou na descoberta de propriedades biológicas ainda não conhecidas. Além disso, embora tenha recebido atenção nas últimas décadas, a procura por moléculas bioativas de microorganismos que possam gerar efetivos compostos farmoquímicos destinados a tratar condições clínicas têm diminuído a cada ano. As causas para esse declínio são o uso de técnicas tradicionais de isolamento químico e a centralização das pesquisas em torno de ambientes já estudados.
Os pesquisadores brasileiros começaram a pesquisa explorando a biodiversidade das Actinobacteria encontradas na rizosfera (região do solo com máxima interação de raízes), de um tipo de gramínea antártica, conhecida pelo nome científico de Deschampsia antarctica. A pesquisa revelou que bactérias associadas à raiz da Deschampsia são fontes ricas de moléculas com propriedades antitumor. Essa gramínea representa uma das poucas espécies de plantas com importante papel ecológico, por abrigar em seu solo uma série de micróbios com grandes capacidades metabólicas. A análise do solo dos microorganismos que habitam ambientes de frio extremo é crucial para o entendimento dos papéis ecológicos e a descoberta do potencial biotecnológico desses ambientes. Devido ao modo de formação de seus esporos e pela tolerância a raios ultra-violeta, entre outras, o gênero Antinobacteria sobrevive sem problemas em condições extremas.
Na etapa seguinte, os pesquisadores explorararam o potencial dessas espécies na síntese de substâncias bioativas. Para o estudo, eles realizaram o sequenciamento genético da Actinobacteria, que, junto com a análise funcional de prognóstico, revelou vários caminhos. A Actinobacteria pode ser útil à biossíntese de antibióticos, como estreptomicina, neomicina e tetraciclina, indicando grande potencial bioativo da comunidade bacteriana associada ao Deschampsia antarctica. A identificação de novas espécies de actinobactérias por meio do sequenciamento do DNA realizada pelos pesquisadores resultou em acervo, que agora se encontra preservado na coleção de micro-organismos da Embrapa Meio-Ambiente, em Jaguariúna, interior de São Paulo.
O artigo derivou de pesquisa coordenada pelo Dr. Itamar Soares de Melo, da Embrapa Meio-Ambiente, e contou com apoio do CNPq, no âmbito de dois projetos coordenados, respectivamente, pela Dra. Vivian Pellizari e pelo Dr. Luiz Henrique Rosa. A doutora Vivian é professora do Instituto Oceanográfico, da Universidade de São Paulo (USP). O doutor Luiz Henrique Rosa, por sua vez, é do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Assinam o texto pesquisadores da UFMG, da Universidade de Campinas (UNICAMP); da Escola de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ - USP); do Laboratório de Microbiologia Ambiental, da Embrapa Meio-Ambiente; e do Laboratório de Espectrometria de Massa Aplicado a Produtos Químicos Naturais (USP).
O PROANTAR
O Brasil aderiu ao Tratado da Antártida em 1975 e em 1982, foi criado o Programa Antártico Brasileiro, o PROANTAR, dando início a uma das exigências para a participação de um País como Parte Consultiva do Tratado da Antártica, a realização continuada de substanciais atividades científicas naquela região. Tal fato elevou o Brasil à categoria de membro Consultivo com direito a voz e veto dentre um grupo seleto de países que decidem sobre as atividades e o futuro do Continente Branco.
O PROANTAR é um programa de Estado cujo objetivo maior é a produção de conhecimento científico sobre a Antártica e suas relações com o restante do sistema climático global. O financiamento das pesquisas no âmbito do PROANTAR garante a presença da comunidade científica brasileira na Antártica desde o verão de 1982/83.
Desde 1991, o CNPq participa da consecução dos objetivos científicos do PROANTAR. Ao CNPq cabe a responsabilidade pelo financiamento das pesquisas científicas na Antártida
A implementação logística do PROANTAR está a cargo da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), vinculada ao Comando da Marinha (Ministério da Defesa - MD). Também são parceiros na execução do Programa o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Ministério das Relações Exteriores (MRE), entre outros atores do setor público (PETROBRAS) e privado (OI - empresa responsável pela transmissão de voz e dados de longa distância).
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Qui, 01 Out 2020 10:47:00 -0300
Pesquisa avalia desigualdade racial no tratamento do câncer de mama
O estudo inédito foi tema de projeto desenvolvido pela pesquisadora Lívia Lemos durante o doutorado, realizado na UFMG com bolsa do CNPq. A pesquisa indica que, em casos de câncer de mama, a sobrevida de mulheres autodeclaradas de cor de pele preta é até 10% menor do que a de mulheres brancas.Pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com dados fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), indica que, em casos de câncer de mama, a sobrevida de mulheres autodeclaradas de cor de pele preta é até 10% menor do que a de mulheres brancas. O estudo, tema do projeto de doutorado da bolsista do CNPq, Lívia Lovato Pires de Lemos, sugere que um dos principais motivos para essa desigualdade é o diagnóstico tardio e reflete, ainda, a disparidade social no tratamento da saúde no país. Esta é a primeira pesquisa realizada no Brasil em âmbito nacional envolvendo a relação entre a sobrevida de câncer e iniqüidades raciais. Embora já existissem trabalhos isolados sobre o tema, a produção científica relacionada ao assunto ainda era insuficiente e pontual. "Pensamos que seria muito relevante avaliar a sobrevida das mulheres tratadas pelo SUS, em âmbito nacional", afirma a doutora Lívia Lemos, que utilizou informações dos bancos de dados do Sistema de Informação Ambulatorial, do Sistema de Informação Hospitalar e do Sistema de Informação sobre Mortalidade.
A pesquisa acompanhou, durante cinco anos, a evolução de 59.811 mulheres pacientes de câncer de mama, que iniciaram tratamento na rede pública de saúde entre 2008 e 2010. A avaliação da sobrevida dessas mulheres foi realizada de acordo com a raça/cor autodeclarada. A pesquisadora utilizou como padrão a classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divide a cor da pele da população brasileira em branca, preta, parta, amarela e indígena. Daí a razão de a autora da pesquisa se referir à cor da pele das mulheres acompanhadas como preta e não negra. Ao todo, 62% dessas pacientes se declararam brancas, 31% se julgaram pardas e apenas 6% se disseram pretas.
Ao longo da evolução do tratamento, Lívia Lemos verificou que a mortalidade das mulheres pretas era maior do que a das brancas. "No início do acompanhamento todas estavam vivas. Com o passar do tempo as mulheres vão morrendo, mas as de cor de pele preta morrem mais rápido do que as brancas", explica a pesquisadora. O resultado ressalta o fato de as mulheres que se autodeclararam de cor de pele preta terem menor acesso às ações do plano de controle do câncer de mama. O diagnóstico tardio é um dos principais motivos para a menor sobrevida dessas pacientes. O câncer de mama tem bom prognóstico, quando identificado no início. "Se as autoridades sanitárias forem sensibilizadas, é muito importante que considerem a criação de políticas de baixo para cima e que essas mulheres sejam ouvidas e tenham lugar de destaque na criação de estratégias para diminuir essa iniqüidade em saúde", afirma a pesquisadora. Para ela, é importante que a formulação de políticas públicas para o setor leve em consideração não só números, mas a consulta a essas pessoas, para que se possa entender as respectivas realidades e propor estratégias que diminuam a desigualdade apontada na pesquisa.
O controle do câncer de mama é reconhecido como uma das prioridades pela saúde pública no Brasil desde o início da implementação do SUS. Segundo a orientadora da pesquisa, professora da Faculdade de Medicina da UFMG e bolsista PQ do CNPq Mariangela Cherchiglia, embora a proporção de mulheres diagnosticadas com a doença em estágio avançado tenha apresentado tendência à queda, o índice ainda é alto, de mais de 40%, e a proporção de mulheres autodeclaradas de cor preta diagnosticadas com a doença já avançada é maior, quando comparada com a de mulheres pardas e brancas. "Os resultados apresentados refletem a realidade de um país que envelhece e adoece sem ter resolvido seu principal desafio: as desigualdades sociais", afirma a professora. Segundo ela, o resgate do itinerário assistencial do paciente seria facilitado se existisse um número identificador único para a área de saúde, o que permitiria a verificação do histórico do paciente no SUS. Na falta de tal identificador, a UFMG vem utilizando a técnica de pareamento determinístico probabilístico.
Desde 2004, pesquisadores da universidade trabalham com a integração de bancos de dados do SUS, em projetos financiados pelo CNPq e pela FAPEMIG (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais).
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Ter, 29 Set 2020 16:14:00 -0300
SinBiose realiza 1ª reunião do Comitê Consultivo
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) realizou nesta quinta-feira, 24, a primeira reunião do Comitê Consultivo do Centro de Sínteses em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (SinBiose). O Centro foi criado em 2019, em uma parceria liderada pelo CNPq e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e Confederação Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP). A primeira chamada do SinBiose, lançada no ano passado, contemplou 7 projetos, atualmente em andamento.
Na reunião, o Presidente do CNPq, Evaldo Vilela, que preside o Comitê, ressaltou o pioneirismo do CNPq na concepção de um centro de sínteses, lembrando da atuação importante, desde o início, do então Diretor do CNPq, Marcelo Morales, hoje Secretário de Secretário de Politicas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações (MCTI).
Para Vilela, o SinBiose é uma referência para o CNPq adotar em suas iniciativas. "O centro é emblemático na medida que ele inova, é uma estrutura interdisciplinar, verdadeiramente, e que projeta uma ação importantíssima para o CNPq dar continuidade em todas as suas iniciativas", apontou, ressaltando a necessidade de superar a ideia de áreas quando falamos de evolução do conhecimento. "Precisamos ter as nossas áreas do conhecimento em uma perspectiva disciplinar, mas, definitivamente, precisamos saber que o conhecimento hoje não está mais na 'caixinha', ele é complexo e está numa nova fase de entendimento holístico. O SinBiose traz essa iniciativa. É muito bom e um exemplo para o CNPq e para as agências de fomento. E ainda tem a perspectiva da internacionalização", concluiu.
O presidente do CNPq afirmou, ainda, o fato do Centro enfatizar a ligação com a sociedade, com um forte componente de comunicação, envolvendo instituições muito significativas, universidades, institutos de pesquisa. "É um começo que nos anima diante de todas as dificuldades que estamos vivendo", disse.
Marcelo Morales lembrou o início da criação do Centro. "Quando chegou a mim, na época que eu era Diretor, a ideia do Centro me pareceu um conceito bastante moderno, porque vai alem da interdisciplinaridade e a internacionalização. Mais que isso, os pesquisadores e outros membros das pesquisas se debruçam sobre o conhecimento existente, extraem um novo conhecimento, que podem contribuir para a tomada de decisão e que tem impacto social, econômico", ressaltou. O Secretário afirmou que o Brasil produz muito conhecimento, mas não se debruça sobre esse conhecimento para extrair seus impactos. "Isso nós temos que fazer, principalmente em biodiversidade e serviços ecossistêmicos, que é uma das maiores aptidões do Brasil. Construímos o Centro conjuntamente - CNPq liderando com a comunidade científica e a comunidade internacional. É o único Centro do hemisfério sul e isso é muito relevante, principalmente para o Brasil. O Centro tem todo o apoio do Ministério, com muita atenção aos seus resultados", finalizou, Morales.
A Analista de Ciência e Tecnologia do CNPq, Marisa Mamede, apresentou o histórico de criação do Centro e sua estrutura, ressaltando que sua concepção partiu dos mais de 20 anos de experiência do CNPq no investimento contínuo e execução de grandes programas nas áreas de ecologia e meio ambientes, tais como o PELD, o PPBio, o SISBIOTA e o REFLORA. "São ações que geram um grande volume de informações, muitas já disponíveis em repositórios públicos como o Herbário Virtual, o SiBBR, Portal da Biodiversidade, entre outros", pontuou.
Marisa lembrou, ainda, que o fato do Brasil pertencer a uma das regiões de maior biodiversidade do planeta proporciona uma expectativa grande da comunidade científica internacional e a criação do centro de sínteses brasileiro promove o país a um papel de liderança na América Latina. Por fim, a servidora falou da importância dos projetos apoiados, que atuam em pesquisas sobre degradação e regeneração da Amazônia, restauração dos Campos Sulinos, relação plantas-polinizadores, recifes e saúde humana.
A Professora Mercedes Bustamente, integrante do Comitê Científico do SinBiose, parabenizou o CNPq por ter abraçado a demanda da comunidade científica e enfatizou a importância de se buscar financiamento de outras fontes.
Estavam presentes na reunião, ainda, o presidente do Confap, Fábio Guedes, Adalberto Val, representando a Academia Brasileira de Ciência; Alessandro Cruvinel e Elvison Ramos, representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Blandina Viana, representando a ANDIFES; Carlos Joly, representando a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); Fernanda Sardinha e Rosilene Souza, representantes da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep); Ionaí Moura, do Ministério do Meio Ambiente (MMA); Kelly Queiros, da Capes; Thais Cavendish, do Ministério da Saúde e o pesquisador Thomas Meagher, representando a comunidade internacional. Pelo CNPq, participaram, além do Presidente e da Marisa Mamede, o Coordenador Geral do Programa de Pesquisa em Ciências da Terra e do Meio Ambiente, Onivaldo Randig; e a Diretora substituta de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde, Raquel Coelho.
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Qui, 24 Set 2020 23:48:00 -0300
CNPq avalia projetos em unidades de conservação
Nesta quinta-feira, 24, termina a primeira etapa da 2ª Reunião de Acompanhamento e Avaliação da Chamada CNPq/ICMBio/FAPs nº 18/2017, que financiou projetos de pesquisa em unidades de conservação da Caatinga e da Mata Atlântica. A reunião, prevista na chamada e realizada de forma virtual, tem como objetivos realizar o acompanhamento e a avaliação dos projetos aprovados na Chamada; promover a integração entre coordenadores de projetos de pesquisa e gestores de unidades de conservação; além de contribuir para o aprimoramento das estratégias de educação e de divulgação científica dos projetos.
Participaram do encontro representantes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); da Confederação Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (CONFAP); das FAPs; coordenadores de projetos aprovados; gestores das unidades de conservação; gestores e analistas do CNPq e do ICMBio. A reunião estava prevista no edital. A próxima etapa do encontro ocorrerá de 30 de setembro a 2 de outubro de 2020.
O encontro virtual reuniu gestores e pesquisadores para avaliar os resutlados dos projetos apoiados.
Durante a reunião de avaliação, foram apresentados os resultados dos projetos; a percepção das Unidades de Conservação da Caatinga e da Mata Atlântica sobre a Chamada; bem como os resultados das oficinas realizadas com os coordenadores de projeto e gestores das unidades de conservação durante a 1ª Reunião de Acompanhamento e Avaliação, realizada em 2019.
O objetivo da Chamada CNPq/ICMBio/FAPs nº18/2017 foi o de apoiar projetos de pesquisa interdisciplinares que contribuíssem para o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação do País e para a formação de recursos humanos relacionados ao manejo, uso sustentável e conservação da biodiversidade. A meta era também a de apoiar a proteção do patrimônio cultural e dos recursos naturais em Unidades de Conservação federais e em seu entorno, nos Biomas Caatinga e Mata Atlântica, fortalecendo a inserção das Unidades de Conservação no desenvolvimento regional. Esta segunda Chamada lançada pelo CNPq e pelo ICMBio financiou projetos de pesquisa em Unidades de Conservação federais com um total de cerca de 4 milhões, oriundos de duas ações de compensação ambiental. Desta vez, os projetos selecionados contaram ainda com o co-financiamento das FAPs, que investiram recursos de aproximadamente R$ 1 milhão.
Ao todo, 24 propostas foram aprovadas: oito para Unidades de Conservação da Caatinga e 16 para a Mata Atlântica. Os coordenadores de projeto são provenientes de 20 instituições de pesquisa, de 13 Unidades da Federação. Até o momento, cerca de 240 estudantes e técnicos de nível médio, de graduação e de pós-graduação se encontram envolvidos nos projetos, sendo que 80 deles são financiados pela Chamada. A primeira Chamada CNPq/ICMBio sobre o assunto foi a de número 13/2011- Pesquisa em Unidades de Conservação do Bioma Caatinga. Ela foi financiada com recursos da compensação ambiental do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional e aprovou 16 projetos de pesquisa.
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Qui, 24 Set 2020 17:59:00 -0300
Bolsas especiais: resultado preliminar
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada Pública CNPq Nº 08/2019 - Bolsas no País e no Exterior - cronograma 2. O objetivo da chamada é apoiar projetos de pesquisa que visem a contribuir significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação do País, por meio da concessão de bolsas no país e no exterior.
Foram aprovadas 378 bolsas no país e 122 bolsas no exterior. Os proponentes devem aguardar o resultado final, após análise dos recursos, para então implementar as bolsas aprovadas.
O prazo para implementação dessas bolsas vai até 31/05/2021.
Acesse aqui, e veja o resultado preliminar.
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Sex, 18 Set 2020 16:34:00 -0300
Bolsistas PIBIC e PIBITI: inserção de dados bancários
Programas PIBIC, PIBIC-Af, PIBIC-EM e PIBITI
Inserção de Dados Bancários dos Bolsistas de Iniciação Científica e Tecnológia
O CNPq comunica aos bolsistas que ainda não informaram seus dados bancários ao CNPq, que deverão realizar o procedimento abaixo indicado até a data de 21/09/20.
1. Acesse a página do CNPq, em "www.cnpq.br";
2. Clique no link "Plataforma Carlos Chagas", localizado no rodapé da página;
3. Acesse a aba "Outros Bolsistas";
4. Digite o "CPF" e a "Senha", em seguida "Confirme";
5- Clique em Gerenciamento de sua Bolsa /Dados Bancários;
6- Selecione o processo correspondente a sua bolsa e confira os dados apresentados. Em seguida, informe o código da agência bancária e a conta corrente e clique em "Enviar".
Para o pagamento da bolsa, só será aceita conta corrente do Banco do Brasil.
A conta corrente deverá ser individual (não será aceita conta conjunta, conta poupança, conta de terceiros, conta de pessoa jurídica, conta social ou conta fácil).
Quando a conta corrente não for informada, o primeiro pagamento será realizado por meio de contrarecibo na agência bancária indicada (portanto, deverá ser cadastrado pelo menos o dado da agência bancária). A mensalidade ficará disponível para saque pelo período de 7 (sete) dias ininterruptos. Se não for retirado, o crédito será devolvido ao CNPq.
Por oportuno, informamos que para a realização do pagamento das demais mensalidades da bolsa, caso a conta corrente ainda não tenha sido cadastrada, será necessário inserir os dados referentes à conta, seguindo o mesmo procedimento acima descrito.
Dúvidas poderão ser encaminhadas por mensagem para Central de Atendimento do CNPq no endereço: http://www.cnpq.br/web/guest/central-de-atendimento ou pelo e-mail: atendimento@cnpq.br.