Agraciados

 

PESQUISADORES EMÉRITOS

Foto do Luis Rey

Luis Rey

2007

  • Doutor e Professor Livre-Docente em medicina pela Universidade de São Paulo (USP), com Pós-Graduação em Saúde Pública pela École Nationale de Santé Publique (França), Luis Rey dedicou-se, desde o início de sua carreira, à saúde pública e ao combate das epidemias parasitárias. Foi Professor na USP, na Universidade de Taubaté e na Universidade Estadual de Londrina e chefiou do Dep. de Helmintologia do Instituto Oswaldo Cruz, no qual promoveu a criação do Lab. de Biologia e Controle da Esquistossomose. Como epidemiologista da OMS, da qual foi consultor por mais de 20 anos, erradicou a esquistossomose na Tunísia. Fundador da Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, Luis Rey foi presidente da Sociedade Brasileira de Parasitologia e recebeu diversos prêmios, dentre eles o Prêmio Jabuti, por um dos cinco livros científicos de que é autor. Atualmente, é Pesquisador Emérito da Fundação Oswaldo Cruz.


Foto do Otto Richard Gottlieb

Otto Richard Gottlieb

2007

  • Químico Industrial pela Universidade do Brasil, Otto Richard Gottlieb é Tcheco, mas optou pela nacionalidade brasileira. Após 10 anos na indústria, abraçou a carreira acadêmica. Foi pioneiro na introdução no país da fitoquímica e da química orgânica moderna. Orientou 120 teses de Pós-Graduação e lecionou disciplinas pioneiras baseadas, inclusive, em pesquisa própria. Fundou e orientou grupos de pesquisa em Química Orgânica e em Produtos Naturais em diversas instituições. Com mais de meio século dedicado ao estudo da biodiversidade brasileira, identificou milhares de substâncias vegetais e criou conceitos e métodos originais descritos em publicações, comunicações e conferências. Doutor Honoris Causa de várias universidades, recebeu prêmios nacionais e internacionais. Atualmente, dedica-se à consolidação de uma nova disciplina criada por ele, a Químico-Biologia Quantitativa.


Foto do Paulo Emílio Vanzolini

Paulo Emílio Vanzolini

2007

  • Médico formado pela Universidade de São Paulo (USP) e Ph.D. pela Universidade de Harvard, especializou-se em sistemática evolutiva dos répteis. Trabalha no Museu de Zoologia da USP, na seção de Herpetologia, de onde é aposentado desde 1993. É reconhecido internacionalmente como um dos pioneiros na formulação da teoria dos refúgios. Membro da Academia Brasileira de Ciências, tendo sido indicado pela entidade como representante da comunidade científica para integrar o grupo de trabalho destinado a propor e acompanhar as atividades relacionadas com o conhecimento, conservação e uso sustentável da diversidade biológica. Por mais de 30 anos, foi Professor de Pós-Graduação na USP, sendo responsável por 36 doutoramentos.


Foto do Ricardo de Carvalho Ferreira

Ricardo de Carvalho Ferreira

2007

  • Químico formado pela Universidade Católica de Pernambuco, é Livre-docente pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde desenvolve estudos sobre a origem da homoquiralidade na biota terrestre, cinética de reações enantiosseletivas, e sobre a origem e evolução do código genético. É considerado o primeiro químico quântico do Brasil. Foi Professor Visitante de instituições nos Estados Unidos, na Suíça e Inglaterra e é membro titular da Academia Brasileira de Ciências e Doutor Honoris Causa das Universidades Federais de Alagoas do Rio Grande do Norte. Foi condecorado, em 1995 com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Científica, pela presidência do Brasil e recebeu, em 1996, o Prêmio Almirante Álvaro Alberto, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).


Foto do Theodor August Johannes Maris

Theodor August Johannes Maris

2007

  • Theodor August Johannes Maris nasceu na Holanda, em 1920.Obteve o Ph.D. summa cum laude na Universidade de Munique. Trabalhou em institutos europeus e nos EUA. À convite, deixou a Universidade da Flórida (1959) para continuar suas pesquisas no Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), promovendo a abertura de novas áreas de pesquisa teóricas e experimentais. Seu artigo Quasi-Free Scattering and Nuclear Structure (em co-autoria com Gerhard Jacob), foi o trabalho de Física do Terceiro Mundo mais citado entre 1973 e 1978 na literatura do Primeiro Mundo. Foi Distinguished Visiting Professor na Universidade de Alberta e no Triumf, Vancouver. Recusou três convites para cátedras na Alemanha. Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências (1988), Professor Emérito da UFRGS (1990), agraciado com a Ordem Nacional do Mérito Científico, Classe Grã-Cruz (1996).


Foto do Aïda Espínola

Aïda Espínola

2006

  • Graduada em Química Industrial e em Engenharia Química pela Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Aida Espínola concluiu três cursos de Pós-Doutorado organizados pela Organização dos Estados Americanos (OEA), na Universidad de La Plata, Argentina: Engenharia Eletroquímica, Eletrocatálise e Elipsometria aplicada à corrosão. Foi tecnologista química do Ministério de Minas e Energia por 29 anos, aposentando-se em 1971. Atuou como pesquisadora do Centro Técnico Aeroespacial (CTA) e integra o corpo docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nesta instituição, além da docência, Aida coordenou diversas pesquisas no Instituto Alberto Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (COPPEIUFRJ) e ocupou cargos de administração, como a chefia do Laboratório de Eletroquímica Aplicada do Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais (PEMM/COPPE/UFRJ).

    Entre 1971 e 1973, teve uma participação importante no Convênio CNPq/NAS (National Academy of Sciences) para o Programa para o Desenvolvimento da Química no Brasil. Dentre os prêmios e títulos, a pesquisadora obteve, do governo dos Estados Unidos, três diplomas de Honra ao Mérito por Excellence in performance; do Sindicato dos Químicos e Conselho Regional de Química do Rio de Janeiro, a Retorta de Ouro; e, ainda, vários reconhecimentos pelos seus trabalhos na UFRJ, como a Medalha e Diploma de Mérito por contribuição marcante na atuação profissional pelo Instituto de Química, em 2003.


Foto do Gláucio Ary Dillon Soares

Gláucio Ary Dillon Soares

2006

  • Graduado em Direito, em 1957, pela Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, o pesquisador Gláucio Ary Dillon Soares é doutor em Sociologia pela Washington University, nos Estados Unidos. Sua carreira acadêmica inclui a docência e pesquisa em importantes instituições de ensino superior do Brasil e do exterior, dentre elas a Universidade de Harvard, a Faculdade latino-Americana Ciências Sociais (FLACSO), Massachusets Institute ofTechnology (MIT), a Universidade de Essex, a Universidade da Flórida, a Universidad Nacional Autonoma de Mexico, a Universidade de Brasília e a Fundação Getúlio Vargas.

    Gláucio Soares atuou, também, em organismos internacionais, como as Organizações dos Estados Americanos (OEA) e a UNESCO. Foi eleito duas vezes presidente da Associação Brasileira de Ciência Política e, em 2004, conquistou uma cadeira como membro do Conselho Executivo da Associação Latino-Americana de Ciência Política. Seu livro A democracia interrompida recebeu o Prêmio Sérgio Buarque de Holanda. Em 2002, o pesquisador recebeu do Governo Federal a Ordem do Mérito Nacional Científico. Publicou mais de 150 artigos científicos em quinze países. Atualmente, Soares ministra aulas e desenvolve pesquisas em temas como Homicídios no Brasil, Mortes Violentas no Brasil e O Regime Militar, no Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ), vinculado à Sociedade Brasileira de Instrução.


Foto do Paschoal Ernesto Américo Senise

Paschoal Ernesto Américo Senise

2006

  • Paschoal Senise é Doutor em Ciências Químicas pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da Universidade de São Paulo. Pesquisador na área de métodos microquímicos e eletroanalíticos, Senise sempre aprofundou os estudos na área das ciências químicas.

    Além de vencedor do Prêmio Anísio Teixeira, do Ministério da Educação e Cultura em 1991, e do Prêmio Moinho Santista, de química, da Fundação Moinho Santista, foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico, pelo Presidente da República do Brasil, em setembro de 1994. Senise também foi membro do Conselho Federal de Química, do Conselho Superior da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, do Instituto Butantan e membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. É Professor Titular aposentado do Instituto de Química da USP e Professor Emérito da Universidade de São Paulo.


Foto do Padre Jesus Santiago Moure

Padre Jesus Santiago Moure

2006

  • Jesus Santiago Moure destaca-se, principalmente, por suas pesquisas com abelhas nativas. Padre, graduado em Filosofia e Teologia pelo Seminário Claretiano em 1937, Moure descreveu, em quase 70 anos de dedicação à ciência, mais de 400 espécies de abelhas, além da disseminação e formação de grupos de pesquisa por todo o país.

    A excelência de seus estudos rendeu-lhe o título de Doutor Honoris Causa em Zoologia pela Universidade Federal do Paraná, da qual é professor aposentado. Sua contribuição à ciência deve-se ao fato, ainda, de ter sido um dos responsáveis pela criação dos cursos de pós-graduação no Brasil, participando ativamente na fundação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).


Foto do José Goldemberg

José Goldemberg

2006

  • José Goldemberg é Secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo desde 2002. Sua participação no Governo Federal começou no início da década de 90, quando assumiu a Secretaria de Ciência e Tecnologia da Presidência da República. Como Ministro da Educação, preparou uma proposta que dava autonomia efetiva às universidades federais. Sua forte ligação com a academia nasceu no final da década de 40, quando começou a estudar no Departamento de Química e depois no de Física da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo.

    Já foi bolsista no Canadá, trabalhou na Universidade de Illinois, onde construiu, junto com o Prof. Donald W. Kerst, o primeiro monocromador de fótons para radiação de "bremsstrahlung", e trabalhou com o Acelerador Linear da Universidade de Stanford, Estados Unidos. Entre os anos de 1986 e 1990, foi reitor da Universidade de São Paulo (USP) e fez uma reformulação dos seus estatutos. Graduado e Doutor em Física pela Universidade de São Paulo, atualmente Goldemberg continua realizando pesquisas na área de energia.