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Seg, 18 Mar 2019 12:02:00 -0300
Nota de pesar: Gilberto Menezes Amado-Filho
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lamenta profundamente a morte do pesquisador Gilberto Menezes Amado-Filho, na última sexta-feira, 15, aos 59 anos, em decorrência de um acidente na Praia da Juatinga, na capital fluminense. Pesquisador titular do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, ele era bolsista de Produtividade em Pesquisa 1B do CNPq, membro do comitê assessor em oceanografia, e um dos coordenadores do Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD), pela Rede Abrolhos, com apoio do CNPq.
Gilberto Menezes, em palestra na SBPC de Porto Seguro, em 2016, quando apresentou a Rede Abrolhos no estande do CNPq na Expotec
No âmbito estadual era Cientista do Estado e conselheiro da Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). Destacou-se por sua contribuição em estudos sobre a biodiversidade marinha e os recifes da Amazônia, Abrolhos e ilhas oceânicas brasileiras. Atuou em projetos sobre poluição marinha por metais pesados e biologia celular, tendo sido o primeiro brasileiro a receber o Prêmio Luigi Provazoli, pela descoberta de uma nova organela celular. No momento estava dedicado a estudar os efeitos do Desastre de Mariana sobre o oceano.
Formado em Biologia Marinha (1985), fez mestrado no Museu Nacional e doutorado no Instituto de Biofisica Carlos Chagas Filho, na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi diretor da Escola Nacional de Botânica Tropical e atuou em diversos Programas de Pós-Graduação, onde formou 19 mestres, 14 doutores e 14 pós-doutores. Publicou mais de 130 trabalhos científicos.
Descrito por colegas e amigos como um líder, era apaixonado por sua instituição e pela ciência, destacando-se por agregar pesquisadores de diversas instituições nacionais e estrangeiras, sempre enfatizando a importância dos trabalhos em campo nos domínios inexplorados do Oceano. Seu legado pessoal e científico certamente influenciará as próximas gerações de cientistas marinhos. Deixa mãe, esposa, filha, duas irmãs e sobrinhos.
Com informações do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro