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Sex, 21 Ago 2020 16:12:00 -0300
Parceria entre CNPq e AEB promoverá CT&I no setor espacial
Parceria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Agência Espacial Brasileira (AEB) reestruturará o Programa UNIESPAÇO, criado em 1997 com o objetivo integrar o setor universitário às metas do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), assegurando atender a demandas tecnológicas do setor com o desenvolvimento de produtos e processos, análises e estudos.Parceria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Agência Espacial Brasileira (AEB) reestruturará o Programa UNIESPAÇO, criado em 1997 com o objetivo integrar o setor universitário às metas do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), assegurando atender a demandas tecnológicas do setor com o desenvolvimento de produtos e processos, análises e estudos. A proposta é adequar o programa às estratégias do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) estabelecidas por meio da Portaria nº 1.122, de 19 de março de 2020.
Pela proposta, o UNIESPAÇO ampliará sua capacidade de estimular, orientar e promover a pesquisa científica, o desenvolvimento tecnológico e a formação de recursos humanos qualificados na área espacial, assim como incentivar a criação de ambiência favorável à inovação e ao empreendedorismo no âmbito das ações prioritárias do Programa Espacial Brasileiro - PEB.
Na última edição do programa, em 2013, foram contemplados 26 (vinte e seis) projetos em 13 (treze) universidades e um instituto federal. A parceria entre AEB, CNPq e MCTI busca reabilitar o programa em um novo formato, a fim de melhorar a gestão dos projetos com relação à segurança de aporte financeiro, seleção de projetos e acompanhamento e avaliação dos resultados.
Além disso, busca-se uma maior sinergia entre academia, indústria e instituições governamentais. O programa incentivará transferência de conhecimento entre as instituições e o desenvolvimento de pesquisas voltadas para o desenvolvimento de produtos, processos e serviços inovadores e que, sobretudo, atendam às necessidades espaciais do Brasil.
Na nova estrutura, o programa UNIESPAÇO será direcionado ao fomento de pesquisa científica e desenvolvimento de tecnologias de base para o Setor Espacial, além de adequar as diretrizes das legislações supracitadas. O programa também contará com o apoio e a expertise do CNPq em gestão de projetos de pesquisa e a adequação das prioridades e estratégias definidas pelo MCTI.
"O CNPq vai, a partir dessa parceria, possibilitar ampliar a abrangência e dar capilaridade ao programa. Além disso, com todo arcabouço que o CNPq tem, sua capacidade institucional de gerenciar chamadas públicas e análise de mérito técnico científico, vai dar mais transparência e mais isonomia para o processo de seleção, além de melhor alocação dos recursos públicos", afirmou Leila Morais, Coordenadora Geral de Cooperação Nacional do CNPq.
A governança do Programa UNIESPAÇO será estabelecida por um Comitê Gestor e por um Comitê de Relevância Estratégica. O Comitê Gestor será presidido pelo MCTI, formado por membros do MCTI e da AEB. O Comitê de Relevância Estratégia, formado por representantes do MCTI, AEB e CNPq, sendo presidido pela AEB.
Nessa nova governança, caberá ao CNPq cooperar com a AEB na formulação e no aperfeiçoamento das propostas de estratégias de implementação, gestão, acompanhamento e avaliação do Programa; elaborar e gerir chamadas públicas, fomento de bolsas, fomento à pesquisa (custeio e capital) e outras ações de apoio a projetos de pesquisa, além de formalizar parcerias com órgãos e entidades da administração pública federal, estadual e municipal que venham a participar do Programa.
Com a nova estrutura, espera-se uma melhor gestão dos projetos com relação à segurança de aporte financeiro, seleção e acompanhamento e maior sintonia com as metas do Programa Nacional de Atividades Espaciais.
O UNIESPAÇO
Com editais preparados para receber propostas das universidades brasileiras, o programa busca formar uma base sólida de pesquisa e desenvolvimento composta por núcleos especializados capazes de executar projetos na área espacial. A ideia é estimular a participação de universidades de pesquisa no PNAE, promover projetos de pesquisa a partir dos temas do programa e aprimorar núcleos de pesquisa e desenvolvimento.
Entre os projetos já realizados a partir do programa Uniespaço, estão estudos sobre computadores de bordo, como o ¿Desenvolvendo Projetos Seguros Formalmente¿, da Universidade Federal de Pernambuco; a ¿Unidade de Telecomando e Telemetria com Tecnologia FGPA para o SISCAO (Sistema de Controle de Atitude e Órbita de um Satélite Estabilizado em Três Eixos), da Universidade Federal de Santa Catarina; o Uso de Protocolo LIN na Interconexão dos Sistemas em Satélites Artificiais da Universidade do Vale do Itajaí; entre outros.
Além disso, universidades, como Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto Mauá de Tecnologia, Universidade Federal de Pelotas, Universidade do Estado de Santa Catarina, Universidade Federal da Paraíba, Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, Universidade Federal de Ouro Preto, Universidade Federal do ABC, Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Institutos de Estudos Avançados, Universidade Federal do Paraná, também participaram do projeto.
Entre os projetos estudados estão computadores de bordo para aplicação espacial; materiais, como nanotubos de carbono e proteções térmicas para altas temperaturas; sensores e atuadores para sistemas de controle de atitude de satélites, como giroscópios, ou GPS para navegação espacial; e veículos espaciais, como aerotermodinâmica de veículos de reentrada.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq e da AEB
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Qui, 20 Ago 2020 14:52:00 -0300
Aberta chamada de apoio a projetos em ciência de dados
Ministério da saúde, em parceria com CNPq e, em colaboração com a Fundação Bill & Melinda Gates, lança a segunda chamada de programa para apoiar projetos que visam melhorar a saúde materno-infantil, saúde da mulher e da criança usando ciência de dados.O Ministério da Saúde, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e, em colaboração com a Fundação Bill & Melinda Gates e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa - Confap, lançou nesta semana o segundo Grand Challenges Explorations (GCE) exclusivo para projetos no Brasil sobre o tema "Ciência de dados para melhorar a saúde materno-infantil, saúde da mulher e da criança no Brasil". A chamada vai financiar propostas inovadoras de até 550 mil reais que utilizem análises de bancos de dados e técnicas de machine learning para entender os principais fatores que impactam impactam a saúde materno-infantil, a saúde das mulheres e das crianças no Brasil e propor soluções nessas áreas. Além disso, a chamada incentiva o envio de propostas que considerem os impactos da pandemia da COVID-19 na saúde desses grupos.
Em 2018, a primeira chamada do GCE em Ciência de Dados financiou 14 projetos na área da saúde materno-infantil. Os selecionados utilizaram uma ampla variedade de ferramentas de análise, como cruzamentos, visualização de dados, machine learning e inteligência artificial, para gerar informações que ajudaram a avaliar políticas existentes ou a criar novos programas para melhorar a saúde de mulheres e crianças.
Entre os projetos financiados e que já foram concluídos na primeira chamada estão o de Muriel Gubert e Gilberto Kac. Muriel, professora da UnB e doutora em Ciências da Saúde, ao lado dos pesquisadores Gabriela Buccini e Marcos Ennes, criou o Índice Município Amigo da Primeira Infância, o IMAPI, que avalia ambientes favoráveis para o desempenho na primeira infância em municípios brasileiros. O IMAPI foi criado a partir da agregação de um conjunto de indicadores de diferentes bases de dados sobre os municípios e tem como objetivo apoiar a tomada de decisões de gestores sobre políticas relacionadas à primeira infância. ¿A ideia da ferramenta é que o município reconheça suas fragilidades e suas fortalezas para melhorar o desenvolvimento na primeira infância¿, explica Muriel.
Já o projeto do pesquisador e professor titular da UFRJ, Gilberto Kac, tem como objetivo criar uma nova curva de monitoramento de ganho de peso gestacional para auxiliar no monitoramento das mulheres durante a gravidez. Durante este período, é importante que a mulher ganhe peso, mas é preciso que este ganho fique dentro dos parâmetros considerados normais. ¿É importante que a mãe acompanhe esta curva. Uma mulher que ganha um peso muito acima da recomendação tem riscos de ter obesidade no pós-parto, por exemplo. Se ela ganha abaixo do recomendado, pode gerar crianças desnutridas¿, explica Gilberto. A ideia é que em 2021 a nova curva substitua a antiga que está nas cadernetas de gestantes utilizadas no SUS.
Nesta segunda rodada, os pesquisadores terão acesso aos bancos de dados vinculados ao DATASUS/MS, à Plataforma de Ciência de Dados Aplicada à Saúde (PCDaS/FIOCRUZ) e ao Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde, o CIDACS/FIOCRUZ. Este último disponibilizará aos pesquisadores datasets da Coorte de 100 milhões de brasileiros que têm dados entre 2006 e 2018 oriundos do Cadastro Único (CadUnico), do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). Mais detalhes sobre os dados disponíveis das três plataformas podem ser acessados em bit.ly/GCE-2020-synapse.
O recebimento de propostas para esta chamada do Grand Challenges Explorations - Brasil vai até o dia 28 de setembro e os projetos devem ser encaminhados, em português e inglês, ao CNPq através do Formulário de Propostas online disponível na Plataforma Carlos Chagas (carloschagas.cnpq.br). Para enviar seu projeto, o proponente deve ter vínculo formal com a instituição de pesquisa brasileira, a qual precisa estar cadastrada no Diretório de Instituições do CNPq.
Para mais informações sobre como enviar projetos, acesse: bit.ly/GCE-2020-cnpq
SOBRE O CIDACS
O Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (CIDACS) realiza estudos e pesquisas baseados em projetos interdisciplinares originados na integração de grande volume de dados. Com auxílio de recursos computacionais de alto desempenho e do conhecimento já acumulado pelos pesquisadores associados, o CIDACS contribui para a produção de conhecimentos científicos inovadores para ampliar o entendimento dos determinantes e das políticas sociais e ambientais sobre a saúde da população, além de apoiar tomadas de decisões em políticas públicas, em benefício da sociedade.
SOBRE A PCDaS
Lançada em 2016, a PCDaS é uma iniciativa do Laboratório de Informação em Saúde (Lis) e do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação em Saúde (Ctic), ambos do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), tem em como objetivo principal desenvolver e disponibilizar Plataforma de Ciência de Dados aplicada à Saúde (conceito de PaaS ¿ Platform as a Service) pública e gratuita com utilização de ferramentas open source para armazenamento, gestão, análise e disseminação de grandes quantidades de dados de saúde e seus determinantes socioambientais para pesquisadores, docentes e discentes de instituições de ensino e pesquisa, bem como gestores governamentais.
SOBRE O DATASUS
O Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) tem como responsabilidade prover os órgãos do SUS de sistemas de informação e suporte de informática, necessários ao processo de planejamento, operação e controle. Em quase 25 anos de atuação, o DATASUS já desenvolveu mais de 200 sistemas que auxiliam diretamente o Ministério da Saúde no processo de construção e fortalecimento do SUS.
SOBRE O GRAND CHALLENGES EXPLORATIONS
Em 2007, a Fundação Gates lançou o Grand Challenges Explorations para envolver inovadores do mundo mais rapidamente. Boas ideias surgem em todos os lugares. Duas vezes ao ano, o Grand Challenges Explorations aceita propostas de projetos de alto risco e alta recompensa em uma série de desafios. No Brasil, uma parceria com Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) pode proporcionar um aporte financeiro adicional a inovadores de seus estados que tiverem suas ideias selecionadas pelo programa.
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Ter, 18 Ago 2020 21:03:00 -0300
CNPq e MCTI anunciam R$ 20 milhões adicionais para projetos em Covid-19
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) anunciaram nesta terça-feira, 18, o incremento de R$ 20 milhões em 26 novos projetos apoiados pela chamada pública de enfrentamento à COVID-19.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) anunciaram nesta terça-feira, 18, o incremento de R$ 20 milhões em 26 novos projetos apoiados pela chamada pública de enfrentamento à COVID-19.
Esse investimento é um acréscimo aos R$ 45 milhões já destinados pela Chamada lançada em Abril deste ano pelo MCTI, CNPq e Ministério da Saúde, que contemplou 90 projetos, divulgados em julho.
O presidente do CNPq, Evaldo Vilela explicou que as pesquisas apoiadas com esses recursos adicionais "são projetos muito meritórios, mas que não puderam ser atendidos no primeiro momento".
"O MCTI tem sido uma ferramenta extremamente importante no combate à covid. Tanto na área de ciência, no combate direto ao vírus quanto em tecnologia e inovações nos impactos causados da pandemia", disse o Ministro. "Me dá muito orgulho de ver a resposta rápida ciência perante situações como essa", completou.
Os projetos
As 26 novas propostas contempladas com a suplementação da Chamada totalizam um investimento de R$ 19,88 milhões, com recursos do MCTIC e do FNDCT, sendo R$ 3,3 milhões em bolsas, R$ 13,5 milhões em custeio e R$ 3 milhões em capital.
Os projetos abrangem as regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-oeste e contemplam cinco das sete linhas previstas na Chamada: Tratamento COVID-19, Vacinas COVID-19, Diagnóstico COVID-19, Patogênese e História Natural da Doença COVID-19 e Prevenção e Controle COVID-19.
O Secretário de Políticas para Formação e Ações Estratégicas do MCTI, Marcelo Morales, também ressaltou o esforço do Ministro Marcos Pontes para conseguir os recursos adicionais e do CNPq durante todo o processo da chamada para processar as mais de 2 mil propostas submetidas. "Foi um esforço fenomenal que mostra a importância do CNPq e de todos os pesquisadores que avaliaram os projetos", afirmou. "Como tinham muitos projetos meritórios, o ministro fez um esforço muito grande para conseguir mais recursos para podermos apoiar mais projetos", concluiu.
Veja aqui a lista dos novos projetos apoiados.
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Sáb, 15 Ago 2020 18:49:00 -0300
Comunicado: prorrogação de bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado
CNPq informa a prorrogação de bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado pelo período de 60 dias devido aos efeitos das limitações impostas pela pandemia da Covid-19. Estão no âmbito dessa decisão todas as bolsas de mestrado e doutorado por quotas com vigência até dezembro de 2020 e as bolsas de pós-doutorado cuja prorrogação foi solicitada pelo bolsista.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) informa que, tendo em vista os efeitos da pandemia ocasionados pelas diferentes medidas de enfrentamento à COVID-19 em âmbito nacional, prorrogou bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado pelo período de 60 (sessenta) dias.
Estão no âmbito dessa decisão todas as bolsas de mestrado e doutorado por quotas com vigência até dezembro de 2020 e as bolsas de pós-doutorado cuja prorrogação foi solicitada pelo bolsista.
Importante ressaltar a impossibilidade legal de extensão da prorrogação para além dessa medida, considerando os limites impostos pela Lei Orçamentária Anual e o início do próximo ciclo de concessão das bolsas, que impedem a sobreposição de quotas de bolsas.
Outras prorrogações