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Sex, 13 Jan 2023 16:32:00 -0300
Migração Portal
Acesse o novo Portal do CNPqDesde dezembro de 2020, o endereço do Portal do CNPq mudou para:
https://www.gov.br/cnpq
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Seg, 07 Dez 2020 12:31:00 -0300
Programa Ciência no Mar ganha mais recursos com adesão da Marinha
Parceria entre CNPq e Marinha proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões para 4 projetos da Chamada de apoio à Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões, recursos da Marinha e do MCTI.Parceria firmada entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Marinha do Brasil proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões à Chamada CNPq/MCTIC Nº 06/2020 - Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar, com apoio a novos quatro projetos. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões em investimentos. Além da Marinha, os recursos serão investidos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A chamada foi lançada com o objetivo de selecionar projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação relacionados ao derramamento de óleo ocorrido a partir de agosto de 2019 na costa brasileira que visem contribuir significativamente para o Programa Ciência no Mar.
Nesta segunda, 07, às 14h, a Marinha realizará a 1ª Sessão Ordinária da Comissão Técnico-Científica para o Assessoramento e Apoio das atividades de Monitoramento e a Neutralização dos Impactos decorrentes da Poluição Marinha por Óleo e outros Poluentes na Amazônia Azul, com a participação do Presidente do CNPq, Evaldo Vilela. Saiba mais.
Veja aqui o resultado final completo.
Importância litorânea para o Brasil
O recente desastre de derramamento de óleo na costa brasileira em 2019 demonstrou a importância de ações públicas embasadas no melhor conhecimento científico disponível, a fim de que as iniciativas de remediação reduzam os prejuízos para a biodiversidade e para a saúde humana. Além disso, ressaltou a necessidade de evidências científicas na proposição de medidas que busquem a prevenção a novos acidentes que possam colocar em risco a qualidade de vida da ocupação humana ao longo da costa brasileira.
Estima-se que mais de 26% da população brasileira resida na zona costeira, sendo o litoral a área protagonista no histórico processo de ocupação do território nacional. A importância litorânea pode ser expressa pelo recorte federativo brasileiro: são 17 Estados e 274 Municípios defrontantes com o mar, e 16 das 28regiões metropolitanas existentes no País. O Brasil possui diversas ilhas costeiras, inclusive abrigando capitais (São Luís, Vitória e Florianópolis), além de ilhas oceânicas que representam pontos importantes do território nacional (Fernando de Noronha, o Arquipélago de São Pedro e Trindade e Martim Vaz, e o Arquipélago de Abrolhos).
Grande parte do comércio internacional, da exploração do petróleo, da atividade pesqueira e de turismo está relacionada com o mar brasileiro. Relevante também é a riqueza da biodiversidade marinha e costeira do País, que deve ser preservada como importante ecossistema para a manutenção da vida. Além disso, o Brasil possui 26,3% de sua Zona Econômica Exclusiva protegida dentro de unidades de conservação, que devem também ser pólos-modelo para medidas de conservação e uso sustentável.
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Qui, 26 Nov 2020 17:37:00 -0300
CNPq divulga resultado preliminar da Chamada nº 25/2020
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.
Esta chamada promove a redistribuição das bolsas retidas ao final de sua vigência no período do 1 de julho a 30 de dezembro de 2020, iniciando a diretriz de realinhamento da concessão de bolsas de pós-graduação à missão precípua do CNPq. Esta iniciativa, em concepção desde 2019, prevê uma transição gradual do sistema antigo de quotas de bolsas ao novo sistema de concessão por meio de projetos institucionais de pesquisa. Tais projetos são apresentados pelos programas de pós-graduação e aglutinam de forma global o direcionamento da pesquisa nos respectivos cursos. A concessão baseia-se numa avaliação de mérito dos projetos, feita por comitês de especialistas.
O resultado preliminar garante a manutenção de bolsas encerradas no período citado, na proporção prevista no item 5 da Chamada, em programas de pós-graduação estabelecidos. Além disso, houve entrada de novos programas no sistema. Os projetos são avaliados por mérito e são aprovados a partir de disponibilidade orçamentária do CNPq.Ressalta-se que não houve nenhuma redução de bolsas no sistema do CNPq; a mesma concessão anual de cerca de R$ 400 milhões em bolsas de mestrado e doutorado está mantida. Uma segunda chamada dessa natureza será lançada brevemente, considerando as bolsas a vencer no próximo semestre.
O CNPq informa que o período de interposição de recurso administrativo ao resultado preliminar é de 25 de novembro a 4 de dezembro de 2020.
Demanda
Do total de 1.595 propostas recebidas de Cursos de Mestrado, 380 são cursos que já contam com bolsas do CNPq e que possuem bolsas vencendo entre 1° de julho a 31 de dezembro de 2020, enquadrando-se nos itens 5.3.1 e 5.4.1 da Chamada. Outras 628 propostas são de Cursos de Mestrado que contam com bolsas do CNPq, mas que vencem a partir de janeiro de 2021. Já outros 587 Cursos de Mestrado, por sua vez, não contam, na atualidade, com o apoio do CNPq em bolsas de mestrado.
Dos Cursos de Doutorado que submeteram propostas à Chamada, 277 já contam com bolsas do CNPq e possuem bolsas vencendo no período de 1° de julho a 31 de dezembro de 2020; 483 possuem bolsas vencendo a partir de janeiro de 2021, e 794 são Cursos de Doutorado que não contam com o apoio do CNPq em bolsas de doutorado.
Veja aqui o resultado preliminar.
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Ter, 13 Out 2020 19:07:00 -0300
Nota de Pesar: Dr. Belmiro Mendes de Castro Filho
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lamenta profundamente o falecimento, no último dia 10 de outubro, do Prof. Dr. Belmiro Mendes de Castro Filho, professor titular no Departamento de Oceanografia Física, Química e Geológica da Universidade de São Paulo (USP), do qual foi Diretor.
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, o Prof. Belmiro se destaca por sua dedicação ao Ensino, à Pesquisa, Extensão e Administração. Com vasta experiência na área de Oceanografia, com ênfase em Oceanografia Física, atuou principalmente nos seguintes temas: Hidrodinâmica da Plataforma Continental e de Estuários, além de Física da Poluição Marinha.
Graduado em Física pela Universidade de São Paulo (1972), com mestrado em Oceanografia (Oceanografia Física) pela Universidade de São Paulo (1977) e doutorado em Oceanografia Física e Meteorologia pela University of Miami (1985), obteve o título de Professor Titular da Universidade de São Paulo, com atuação no Instituto Oceanográfico da USP, onde foi Decano.
Orientou 25 mestres e 10 doutores. Responsável, no decorrer do tempo, por 9 disciplinas de pós-graduação. Participou de 54 bancas de tese ou dissertação e em 89 bancas de qualificação. Produziu mais de 40 trabalhos completos veiculados em revistas científicas nacionais e internacionais e em livros.
Foi co-autor do livro Princípios de Oceanografia Física de Estuários, pela EDUSP, que recebeu o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro. Posteriormente esse mesmo livro foi editado em inglês.
Foi Diretor do Instituto Oceanográfico da USP na gestão 2001-2005, tendo sido Chefe do Departamento de Oceanografia Física, Química e Geológica, do mesmo Instituto, nas gestões 1997-1999, 1999-2001, 2005-2007 e 2007-2009.
Nossa solidariedade à família, amigos e colegas neste momento de profunda dor.
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Ter, 13 Out 2020 12:22:00 -0300
Seminários avaliam Pronem-Pronex da FAPES
O conhecimento científico produzido no Espírito Santo estará em evidência, neste mês de outubro, durante os seminários de apresentação dos projetos em andamento realizados por 51 núcleos científicos. Os estudos recebem apoio das chamadas públicas lançadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Confira a programação, que será transmitida pela página da Fapes no Facebook.
De 14 a 16 de outubro, 20 pesquisas terão os resultados demonstrados no II Seminário de Avaliação e Acompanhamento Parcial dos editais lançados em 2017 no âmbito do Programa de Apoio a Núcleos Emergentes (Pronem) e do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex). São estudos que abordam desde materiais nanoestruturados e Internet das Coisas até tuberculose e contaminação por metais tóxicos, passando pelo desempenho de alunos na educação pública.
Entre 19 e 23 de outubro, será a vez da primeira apresentação parcial dos 31 projetos apoiados pelos editais do Pronem e do Pronex lançados em 2018. Entre as pesquisas, ganham destaque as investigações sobre produção agrícola, rochas ornamentais, robótica, biotecnologia, saúde indígena e nanosensores de detecção de dengue, zika e chikungunya.
Juntas, as chamadas direcionaram mais de R$ 11,6 milhões em recursos para fortalecer e consolidar grupos de pesquisa presentes no Estado.
Pronem
O Programa de Apoio a Núcleos Emergentes é voltado a apoiar projetos coordenados, exclusivamente, por pesquisadores bolsistas de produtividade em pesquisa ou desenvolvimento tecnológico nível 2 do CNPq. O objetivo é contribuir para o fortalecimento e a consolidação de grupos de pesquisa emergentes sediados no Espírito Santo.
Pelo Edital 06/2017, estão sendo aportados mais de R$ 2 milhões até o fim da execução dos 14 projetos, que pode durar até 40 meses no total após prorrogação devido à pandemia do novo Coronavírus. Já pelo Edital 23/2018, são direcionados mais de R$ 4 milhões a 22 núcleos emergentes capixabas.
Pronex
O Programa de Apoio a Núcleos de Excelência foi criado para fomentar pesquisas de grupos considerados de alta competência que tenham liderança e papel nucleador no setor de atuação. Por meio de editais lançados, a Fapes dá apoio a pesquisadores com significativa liderança dentro da área de pesquisa, inserção nacional e internacional e excelência continuada na produção científica e na formação de recursos humanos.
Também com prazo de execução prorrogado para 40 meses, os projetos apoiados pelo Pronex são coordenados por pesquisadores bolsistas de produtividade em pesquisa ou desenvolvimento tecnológico nível 1 do CNPq. No total, estão sendo transferidos R$ 5,4 milhões a 15 núcleos enquadrados como de excelência pelos editais 05/2017 e 24/2018.
PROGRAMAÇÃO
2º Seminário de Avaliação e Acompanhamento Parcial ¿ Editais 05/2017 (Pronex) e 06/2017 (Pronem)
14 de outubro, quarta-feira
- 10 horas: Acompanhe pelo Zoom ou pelo Facebook da Fapes
*Novos materiais nanoestruturados: fenômenos interfaciais afetando propriedades magnéticas e supercondutoras. (Edson Passamani Caetano/Ufes) [PRONEX]
*Astrofísica, Cosmologia e Gravitação. (Júlio César Fabris/Ufes) [PRONEX]
*Heteroestruturas magnéticas, supercondutoras ou híbridas. (Valberto Pedruzzi Nascimento/Ufes) [PRONEM]
- 14 horas: Acompanhe pelo Zoom ou pelo Facebook da Fapes
*Núcleo de Excelência em Tecnologias para Internet das Coisas (IoT-A). (Marcelo Eduardo Vieira Segatto/Ufes) [[PRONEX]
*Núcleo Emergente em Redes Definidas por Software (NERDS). (Moises Renato Nunes Ribeiro/Ufes) [PRONEM]
*Núcleo de Engenharia e Inovação em Telessaúde e Telerreabilitação. (Rodrigo Varejão Andreão/IFES) [PRONEM]
*Escola em tempo integral e o desempenho dos alunos das escolas públicas do ES. (Aridelmo José Campanharo Teixeira/Fucape) [PRONEM]
15 de outubro, quinta-feira
- 8h30: Acompanhe pelo Zoom ou pelo Facebook da Fapes
*Novas abordagens diagnósticas para a tuberculose. (Moises Palaci/Ufes) [PRONEX]
*Infecções genitais e câncer de colo uterino em mulheres de comunidades quilombolas no Espírito Santo. (Angelica Espinosa Barbosa Miranda/Ufes) [PRONEM]
*Micro e nanopartículas de origem natural com potencial anti e pró-oxidante empregadas na prevenção de doenças humanas e animais. (Denise Coutinho Endringer/UVV) [PRONEM]
*Núcleo de Pesquisa Neurofeedback: Aplicação nas Desordens Neuropsiquiátricas. (Ester Miyuki Nakamura Palacios/Ufes) [PRONEM]
- 13h30: Acompanhe pelo Zoom ou pelo Facebook da Fapes
*Contaminação por metais tóxicos, mercúrio e chumbo: efeitos tóxicos em modelos animais e ação anti-estresse oxidativo de peptídeos da clara de ovo. (Dalton Valentim Vassallo/Ufes) [PRONEX]
*Revertendo defeitos funcionais de células T e potencializando a imunidade específica anti-Leishmania em humanos através do bloqueio de p38 MAPK e PD-1. (Daniel Claudio de Oliveira Gomes/Ufes [PRONEM]
*Estudo da viabilidade da implementação de novos marcadores moleculares forenses na rotina da Polícia Civil do ES e consolidação do Centro Integrado de Genômica e Diagnóstico Molecular da UFES. (Iúri Drumond Louro/Ufes) [PRONEM]
*Alterações funcionais, mecânicas e estruturais cardiovasculares após exposição crônica ao cádmio e aos ácidos graxos essenciais. (Alessandra Simão Padilha/Ufes) [PRONEM]
*CSI Biodiversidade: tecnologias de ponta ajudam a desvendar a história evolutiva das espécies. (Valeria Fagundes/Ufes) [PRONEM]
16 de outubro, sexta-feira
- 8h30: Acompanhe pelo Zoom ou pelo Facebook da Fapes
*Bases moleculares biotecnológicas da interação planta-vírus gerando produtos inovadores para a melhoria da resistência e qualidade de frutos de mamão e abacaxi. (José Aires Ventura/Incaper) [PRONEX]
*Novas tecnologias em fertilizantes Fosfatados e nitrogenados de eficiência aumentada e sua interação no sistema solo-planta. (Felipe Vaz Andrade/Ufes) [PRONEM]
*Árvores frutíferas funcionais da Floresta Atlântica: Diversidade molecular, morfofisiológica e morfogênese in vitro na produção de sementes sintéticas de superclones de sapucaia e juçara. (Rodrigo Sobreira Alexandre/Ufes) [PRONEM]
*Núcleo emergente de pesquisa básica e aplicada associada à embriogênese somática indireta de Coffea com diferentes níveis de ploidia. (Márcia Flores da Silva Ferreira/Ufes) [PRONEM]
1º Seminário de Avaliação e Acompanhamento Parcial - Editais 24/2018 (Pronex) e 23/2018 (Pronem)
Data: de 19 a 23 de outubroInformações à imprensa:
Assessoria de Comunicação da Fapes
Mike Figueiredo / Jair Oliveira
(27) 3636-1867 / 99309-7100
comunicacao@fapes.es.gov.br
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Qui, 08 Out 2020 10:32:00 -0300
Webinar entrevista diretor do INPE
Outubro, 2020 - O seminário on-line "O futuro do INPE com seu novo diretor" será transmitido nesta quinta (08/10), às 19h, pelo Facebook e YouTube. Organizado pelo movimento "Nós somos a Ciência"- grupo focado em comunicação científica que atualmente trabalha em defesa do resgate da ciência como base para a tomada de decisões na sociedade -, o seminário terá três blocos, com 20 minutos de duração cada, em que serão discutidos os possíveis caminhos que Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão dedicado à pesquisa e exploração espacial, vai tomar nos próximos anos com a chegada do Dr.Clezio Marcos De Nardin, seu novo diretor.
O webinar contará com a presença de Dr. Clezio, que é engenheiro eletricista formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e doutor em Geofísica Espacial. Foi por três anos, vice-diretor do International Space Environment Service (ISES), órgão internacional dedicado ao Clima Espacial. Ele atua no Inpe desde 1997. Além dele, participará o físico formado pela USP Wilson Namen, um dos cofundadores do grupo Ciência em Show e do movimento "Nós Somos a Ciência".
Data: 08/10
Horário: 19h
Link da página: https://www.facebook.com/NosSomosACiencia/
YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCbPsf1yhVcPusxHBs6HGQEw
Texto: Divulgação Nós Somos a Ciência.
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Qua, 07 Out 2020 14:48:00 -0300
Pesquisa do Proantar identifica bactérias com ação anticancerígena
O estudo foi publicado na revista Scientific Reports e desenvolvido por bolsistas do CNPq a partir de projeto apoiado pelo PROANTAR, programa coordenado pelo CNPq e o Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações.Pesquisadores brasileiros publicaram em agosto, na revista Scientific Reports, da Nature, artigo sobre estudo realizado na Antártica, que isolou e identificou onze gêneros de bactéria do tipo Actinobacteria, alguns capazes de produzir potentes compostos anticancerígenos. Entre os compostos fabricados por essas bactérias estão a Cenerubina B. e a Actimicina V, ativos que não apresentaram efeitos tóxicos às células sadias. Durante a pesquisa, realizada no âmbito do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), os cientistas encontraram metabólitos com atividade biológica de duas linhagens pertencentes ao gênero Streptomyces, espécies de Actinobacteria, que mostraram atividades antiproliferativas contra as células cancerosas humanas, podendo contribuir para o desenvolvimento de drogas relevantes na área. As espécies Streptomyces constituem reservas extraordinárias de substâncias com potencial para o desenvolvimento de drogas anticâncer. O isolamento e a identificação dessas bactérias tornaram-se uma área frutífera para a pesquisa nos últimos anos, devido à exploração de possíveis novos produtos naturais bioativos.
Imagens de satélite do continente antártico e do trabalho de campo dos pesquisadores. Foto: Divulgação
O filo Actinobacteria designa bactérias gram-positivas, isto é, bactérias possíveis de serem identificadas quando coradas de violeta por método de coloração que faz com que sejam visualizadas no microscópio óptico. Espécies desse filo se encontram presentes no solo e em ambientes extremos e são conhecidas por produzir uma variedade de substâncias bioativas de interesse industrial e farmacêutico. Segundo o professor Itamar Soares de Melo, da Embrapa Meio-Ambiente, as Actinobacteria têm contribuído de forma significativa para a humanidade. "Elas são responsáveis por cerca de 75% de todos os antibióticos conhecidos", afirma ele, sobre os medicamentos que utilizam compostos derivados das Actinobacteria. A pesquisa contou com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), por meio do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR).
A realização da pesquisa na Antártica é significativa. A região tem sido considerada um dos ecossistemas mais promissores de bioprospecção fora dos ambientes ecológicos já conhecidos e amplamente estudados. Segundo o pesquisador Leonardo Jose Silva, primeiro autor do artigo, que estudou o assunto em seu doutorado pela Universidade de São Paulo, com bolsa do CNPq, por conta de características ambientais únicas, como o menor efeito da ação do homem sobre o meio ambiente e a ocorrência de espécies só lá encontradas, o continente antártico possibilita o isolamento de novos e raros organismos que podem resultar na produção de compostos ou na descoberta de propriedades biológicas ainda não conhecidas. Além disso, embora tenha recebido atenção nas últimas décadas, a procura por moléculas bioativas de microorganismos que possam gerar efetivos compostos farmoquímicos destinados a tratar condições clínicas têm diminuído a cada ano. As causas para esse declínio são o uso de técnicas tradicionais de isolamento químico e a centralização das pesquisas em torno de ambientes já estudados.
Os pesquisadores brasileiros começaram a pesquisa explorando a biodiversidade das Actinobacteria encontradas na rizosfera (região do solo com máxima interação de raízes), de um tipo de gramínea antártica, conhecida pelo nome científico de Deschampsia antarctica. A pesquisa revelou que bactérias associadas à raiz da Deschampsia são fontes ricas de moléculas com propriedades antitumor. Essa gramínea representa uma das poucas espécies de plantas com importante papel ecológico, por abrigar em seu solo uma série de micróbios com grandes capacidades metabólicas. A análise do solo dos microorganismos que habitam ambientes de frio extremo é crucial para o entendimento dos papéis ecológicos e a descoberta do potencial biotecnológico desses ambientes. Devido ao modo de formação de seus esporos e pela tolerância a raios ultra-violeta, entre outras, o gênero Antinobacteria sobrevive sem problemas em condições extremas.
Na etapa seguinte, os pesquisadores explorararam o potencial dessas espécies na síntese de substâncias bioativas. Para o estudo, eles realizaram o sequenciamento genético da Actinobacteria, que, junto com a análise funcional de prognóstico, revelou vários caminhos. A Actinobacteria pode ser útil à biossíntese de antibióticos, como estreptomicina, neomicina e tetraciclina, indicando grande potencial bioativo da comunidade bacteriana associada ao Deschampsia antarctica. A identificação de novas espécies de actinobactérias por meio do sequenciamento do DNA realizada pelos pesquisadores resultou em acervo, que agora se encontra preservado na coleção de micro-organismos da Embrapa Meio-Ambiente, em Jaguariúna, interior de São Paulo.
O artigo derivou de pesquisa coordenada pelo Dr. Itamar Soares de Melo, da Embrapa Meio-Ambiente, e contou com apoio do CNPq, no âmbito de dois projetos coordenados, respectivamente, pela Dra. Vivian Pellizari e pelo Dr. Luiz Henrique Rosa. A doutora Vivian é professora do Instituto Oceanográfico, da Universidade de São Paulo (USP). O doutor Luiz Henrique Rosa, por sua vez, é do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Assinam o texto pesquisadores da UFMG, da Universidade de Campinas (UNICAMP); da Escola de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ - USP); do Laboratório de Microbiologia Ambiental, da Embrapa Meio-Ambiente; e do Laboratório de Espectrometria de Massa Aplicado a Produtos Químicos Naturais (USP).
O PROANTAR
O Brasil aderiu ao Tratado da Antártida em 1975 e em 1982, foi criado o Programa Antártico Brasileiro, o PROANTAR, dando início a uma das exigências para a participação de um País como Parte Consultiva do Tratado da Antártica, a realização continuada de substanciais atividades científicas naquela região. Tal fato elevou o Brasil à categoria de membro Consultivo com direito a voz e veto dentre um grupo seleto de países que decidem sobre as atividades e o futuro do Continente Branco.
O PROANTAR é um programa de Estado cujo objetivo maior é a produção de conhecimento científico sobre a Antártica e suas relações com o restante do sistema climático global. O financiamento das pesquisas no âmbito do PROANTAR garante a presença da comunidade científica brasileira na Antártica desde o verão de 1982/83.
Desde 1991, o CNPq participa da consecução dos objetivos científicos do PROANTAR. Ao CNPq cabe a responsabilidade pelo financiamento das pesquisas científicas na Antártida
A implementação logística do PROANTAR está a cargo da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), vinculada ao Comando da Marinha (Ministério da Defesa - MD). Também são parceiros na execução do Programa o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Ministério das Relações Exteriores (MRE), entre outros atores do setor público (PETROBRAS) e privado (OI - empresa responsável pela transmissão de voz e dados de longa distância).
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Qui, 01 Out 2020 10:47:00 -0300
Pesquisa avalia desigualdade racial no tratamento do câncer de mama
O estudo inédito foi tema de projeto desenvolvido pela pesquisadora Lívia Lemos durante o doutorado, realizado na UFMG com bolsa do CNPq. A pesquisa indica que, em casos de câncer de mama, a sobrevida de mulheres autodeclaradas de cor de pele preta é até 10% menor do que a de mulheres brancas.Pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com dados fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), indica que, em casos de câncer de mama, a sobrevida de mulheres autodeclaradas de cor de pele preta é até 10% menor do que a de mulheres brancas. O estudo, tema do projeto de doutorado da bolsista do CNPq, Lívia Lovato Pires de Lemos, sugere que um dos principais motivos para essa desigualdade é o diagnóstico tardio e reflete, ainda, a disparidade social no tratamento da saúde no país. Esta é a primeira pesquisa realizada no Brasil em âmbito nacional envolvendo a relação entre a sobrevida de câncer e iniqüidades raciais. Embora já existissem trabalhos isolados sobre o tema, a produção científica relacionada ao assunto ainda era insuficiente e pontual. "Pensamos que seria muito relevante avaliar a sobrevida das mulheres tratadas pelo SUS, em âmbito nacional", afirma a doutora Lívia Lemos, que utilizou informações dos bancos de dados do Sistema de Informação Ambulatorial, do Sistema de Informação Hospitalar e do Sistema de Informação sobre Mortalidade.
A pesquisa acompanhou, durante cinco anos, a evolução de 59.811 mulheres pacientes de câncer de mama, que iniciaram tratamento na rede pública de saúde entre 2008 e 2010. A avaliação da sobrevida dessas mulheres foi realizada de acordo com a raça/cor autodeclarada. A pesquisadora utilizou como padrão a classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divide a cor da pele da população brasileira em branca, preta, parta, amarela e indígena. Daí a razão de a autora da pesquisa se referir à cor da pele das mulheres acompanhadas como preta e não negra. Ao todo, 62% dessas pacientes se declararam brancas, 31% se julgaram pardas e apenas 6% se disseram pretas.
Ao longo da evolução do tratamento, Lívia Lemos verificou que a mortalidade das mulheres pretas era maior do que a das brancas. "No início do acompanhamento todas estavam vivas. Com o passar do tempo as mulheres vão morrendo, mas as de cor de pele preta morrem mais rápido do que as brancas", explica a pesquisadora. O resultado ressalta o fato de as mulheres que se autodeclararam de cor de pele preta terem menor acesso às ações do plano de controle do câncer de mama. O diagnóstico tardio é um dos principais motivos para a menor sobrevida dessas pacientes. O câncer de mama tem bom prognóstico, quando identificado no início. "Se as autoridades sanitárias forem sensibilizadas, é muito importante que considerem a criação de políticas de baixo para cima e que essas mulheres sejam ouvidas e tenham lugar de destaque na criação de estratégias para diminuir essa iniqüidade em saúde", afirma a pesquisadora. Para ela, é importante que a formulação de políticas públicas para o setor leve em consideração não só números, mas a consulta a essas pessoas, para que se possa entender as respectivas realidades e propor estratégias que diminuam a desigualdade apontada na pesquisa.
O controle do câncer de mama é reconhecido como uma das prioridades pela saúde pública no Brasil desde o início da implementação do SUS. Segundo a orientadora da pesquisa, professora da Faculdade de Medicina da UFMG e bolsista PQ do CNPq Mariangela Cherchiglia, embora a proporção de mulheres diagnosticadas com a doença em estágio avançado tenha apresentado tendência à queda, o índice ainda é alto, de mais de 40%, e a proporção de mulheres autodeclaradas de cor preta diagnosticadas com a doença já avançada é maior, quando comparada com a de mulheres pardas e brancas. "Os resultados apresentados refletem a realidade de um país que envelhece e adoece sem ter resolvido seu principal desafio: as desigualdades sociais", afirma a professora. Segundo ela, o resgate do itinerário assistencial do paciente seria facilitado se existisse um número identificador único para a área de saúde, o que permitiria a verificação do histórico do paciente no SUS. Na falta de tal identificador, a UFMG vem utilizando a técnica de pareamento determinístico probabilístico.
Desde 2004, pesquisadores da universidade trabalham com a integração de bancos de dados do SUS, em projetos financiados pelo CNPq e pela FAPEMIG (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais).
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Ter, 29 Set 2020 16:14:00 -0300
SinBiose realiza 1ª reunião do Comitê Consultivo
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) realizou nesta quinta-feira, 24, a primeira reunião do Comitê Consultivo do Centro de Sínteses em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (SinBiose). O Centro foi criado em 2019, em uma parceria liderada pelo CNPq e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e Confederação Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP). A primeira chamada do SinBiose, lançada no ano passado, contemplou 7 projetos, atualmente em andamento.
Na reunião, o Presidente do CNPq, Evaldo Vilela, que preside o Comitê, ressaltou o pioneirismo do CNPq na concepção de um centro de sínteses, lembrando da atuação importante, desde o início, do então Diretor do CNPq, Marcelo Morales, hoje Secretário de Secretário de Politicas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações (MCTI).
Para Vilela, o SinBiose é uma referência para o CNPq adotar em suas iniciativas. "O centro é emblemático na medida que ele inova, é uma estrutura interdisciplinar, verdadeiramente, e que projeta uma ação importantíssima para o CNPq dar continuidade em todas as suas iniciativas", apontou, ressaltando a necessidade de superar a ideia de áreas quando falamos de evolução do conhecimento. "Precisamos ter as nossas áreas do conhecimento em uma perspectiva disciplinar, mas, definitivamente, precisamos saber que o conhecimento hoje não está mais na 'caixinha', ele é complexo e está numa nova fase de entendimento holístico. O SinBiose traz essa iniciativa. É muito bom e um exemplo para o CNPq e para as agências de fomento. E ainda tem a perspectiva da internacionalização", concluiu.
O presidente do CNPq afirmou, ainda, o fato do Centro enfatizar a ligação com a sociedade, com um forte componente de comunicação, envolvendo instituições muito significativas, universidades, institutos de pesquisa. "É um começo que nos anima diante de todas as dificuldades que estamos vivendo", disse.
Marcelo Morales lembrou o início da criação do Centro. "Quando chegou a mim, na época que eu era Diretor, a ideia do Centro me pareceu um conceito bastante moderno, porque vai alem da interdisciplinaridade e a internacionalização. Mais que isso, os pesquisadores e outros membros das pesquisas se debruçam sobre o conhecimento existente, extraem um novo conhecimento, que podem contribuir para a tomada de decisão e que tem impacto social, econômico", ressaltou. O Secretário afirmou que o Brasil produz muito conhecimento, mas não se debruça sobre esse conhecimento para extrair seus impactos. "Isso nós temos que fazer, principalmente em biodiversidade e serviços ecossistêmicos, que é uma das maiores aptidões do Brasil. Construímos o Centro conjuntamente - CNPq liderando com a comunidade científica e a comunidade internacional. É o único Centro do hemisfério sul e isso é muito relevante, principalmente para o Brasil. O Centro tem todo o apoio do Ministério, com muita atenção aos seus resultados", finalizou, Morales.
A Analista de Ciência e Tecnologia do CNPq, Marisa Mamede, apresentou o histórico de criação do Centro e sua estrutura, ressaltando que sua concepção partiu dos mais de 20 anos de experiência do CNPq no investimento contínuo e execução de grandes programas nas áreas de ecologia e meio ambientes, tais como o PELD, o PPBio, o SISBIOTA e o REFLORA. "São ações que geram um grande volume de informações, muitas já disponíveis em repositórios públicos como o Herbário Virtual, o SiBBR, Portal da Biodiversidade, entre outros", pontuou.
Marisa lembrou, ainda, que o fato do Brasil pertencer a uma das regiões de maior biodiversidade do planeta proporciona uma expectativa grande da comunidade científica internacional e a criação do centro de sínteses brasileiro promove o país a um papel de liderança na América Latina. Por fim, a servidora falou da importância dos projetos apoiados, que atuam em pesquisas sobre degradação e regeneração da Amazônia, restauração dos Campos Sulinos, relação plantas-polinizadores, recifes e saúde humana.
A Professora Mercedes Bustamente, integrante do Comitê Científico do SinBiose, parabenizou o CNPq por ter abraçado a demanda da comunidade científica e enfatizou a importância de se buscar financiamento de outras fontes.
Estavam presentes na reunião, ainda, o presidente do Confap, Fábio Guedes, Adalberto Val, representando a Academia Brasileira de Ciência; Alessandro Cruvinel e Elvison Ramos, representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Blandina Viana, representando a ANDIFES; Carlos Joly, representando a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); Fernanda Sardinha e Rosilene Souza, representantes da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep); Ionaí Moura, do Ministério do Meio Ambiente (MMA); Kelly Queiros, da Capes; Thais Cavendish, do Ministério da Saúde e o pesquisador Thomas Meagher, representando a comunidade internacional. Pelo CNPq, participaram, além do Presidente e da Marisa Mamede, o Coordenador Geral do Programa de Pesquisa em Ciências da Terra e do Meio Ambiente, Onivaldo Randig; e a Diretora substituta de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde, Raquel Coelho.
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Qui, 24 Set 2020 23:48:00 -0300
CNPq avalia projetos em unidades de conservação
Nesta quinta-feira, 24, termina a primeira etapa da 2ª Reunião de Acompanhamento e Avaliação da Chamada CNPq/ICMBio/FAPs nº 18/2017, que financiou projetos de pesquisa em unidades de conservação da Caatinga e da Mata Atlântica. A reunião, prevista na chamada e realizada de forma virtual, tem como objetivos realizar o acompanhamento e a avaliação dos projetos aprovados na Chamada; promover a integração entre coordenadores de projetos de pesquisa e gestores de unidades de conservação; além de contribuir para o aprimoramento das estratégias de educação e de divulgação científica dos projetos.
Participaram do encontro representantes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); da Confederação Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (CONFAP); das FAPs; coordenadores de projetos aprovados; gestores das unidades de conservação; gestores e analistas do CNPq e do ICMBio. A reunião estava prevista no edital. A próxima etapa do encontro ocorrerá de 30 de setembro a 2 de outubro de 2020.
O encontro virtual reuniu gestores e pesquisadores para avaliar os resutlados dos projetos apoiados.
Durante a reunião de avaliação, foram apresentados os resultados dos projetos; a percepção das Unidades de Conservação da Caatinga e da Mata Atlântica sobre a Chamada; bem como os resultados das oficinas realizadas com os coordenadores de projeto e gestores das unidades de conservação durante a 1ª Reunião de Acompanhamento e Avaliação, realizada em 2019.
O objetivo da Chamada CNPq/ICMBio/FAPs nº18/2017 foi o de apoiar projetos de pesquisa interdisciplinares que contribuíssem para o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação do País e para a formação de recursos humanos relacionados ao manejo, uso sustentável e conservação da biodiversidade. A meta era também a de apoiar a proteção do patrimônio cultural e dos recursos naturais em Unidades de Conservação federais e em seu entorno, nos Biomas Caatinga e Mata Atlântica, fortalecendo a inserção das Unidades de Conservação no desenvolvimento regional. Esta segunda Chamada lançada pelo CNPq e pelo ICMBio financiou projetos de pesquisa em Unidades de Conservação federais com um total de cerca de 4 milhões, oriundos de duas ações de compensação ambiental. Desta vez, os projetos selecionados contaram ainda com o co-financiamento das FAPs, que investiram recursos de aproximadamente R$ 1 milhão.
Ao todo, 24 propostas foram aprovadas: oito para Unidades de Conservação da Caatinga e 16 para a Mata Atlântica. Os coordenadores de projeto são provenientes de 20 instituições de pesquisa, de 13 Unidades da Federação. Até o momento, cerca de 240 estudantes e técnicos de nível médio, de graduação e de pós-graduação se encontram envolvidos nos projetos, sendo que 80 deles são financiados pela Chamada. A primeira Chamada CNPq/ICMBio sobre o assunto foi a de número 13/2011- Pesquisa em Unidades de Conservação do Bioma Caatinga. Ela foi financiada com recursos da compensação ambiental do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional e aprovou 16 projetos de pesquisa.
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Qui, 24 Set 2020 17:59:00 -0300
Bolsas especiais: resultado preliminar
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada Pública CNPq Nº 08/2019 - Bolsas no País e no Exterior - cronograma 2. O objetivo da chamada é apoiar projetos de pesquisa que visem a contribuir significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação do País, por meio da concessão de bolsas no país e no exterior.
Foram aprovadas 378 bolsas no país e 122 bolsas no exterior. Os proponentes devem aguardar o resultado final, após análise dos recursos, para então implementar as bolsas aprovadas.
O prazo para implementação dessas bolsas vai até 31/05/2021.
Acesse aqui, e veja o resultado preliminar.
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Sex, 18 Set 2020 16:34:00 -0300
Bolsistas PIBIC e PIBITI: inserção de dados bancários
Programas PIBIC, PIBIC-Af, PIBIC-EM e PIBITI
Inserção de Dados Bancários dos Bolsistas de Iniciação Científica e Tecnológia
O CNPq comunica aos bolsistas que ainda não informaram seus dados bancários ao CNPq, que deverão realizar o procedimento abaixo indicado até a data de 21/09/20.
1. Acesse a página do CNPq, em "www.cnpq.br";
2. Clique no link "Plataforma Carlos Chagas", localizado no rodapé da página;
3. Acesse a aba "Outros Bolsistas";
4. Digite o "CPF" e a "Senha", em seguida "Confirme";
5- Clique em Gerenciamento de sua Bolsa /Dados Bancários;
6- Selecione o processo correspondente a sua bolsa e confira os dados apresentados. Em seguida, informe o código da agência bancária e a conta corrente e clique em "Enviar".
Para o pagamento da bolsa, só será aceita conta corrente do Banco do Brasil.
A conta corrente deverá ser individual (não será aceita conta conjunta, conta poupança, conta de terceiros, conta de pessoa jurídica, conta social ou conta fácil).
Quando a conta corrente não for informada, o primeiro pagamento será realizado por meio de contrarecibo na agência bancária indicada (portanto, deverá ser cadastrado pelo menos o dado da agência bancária). A mensalidade ficará disponível para saque pelo período de 7 (sete) dias ininterruptos. Se não for retirado, o crédito será devolvido ao CNPq.
Por oportuno, informamos que para a realização do pagamento das demais mensalidades da bolsa, caso a conta corrente ainda não tenha sido cadastrada, será necessário inserir os dados referentes à conta, seguindo o mesmo procedimento acima descrito.
Dúvidas poderão ser encaminhadas por mensagem para Central de Atendimento do CNPq no endereço: http://www.cnpq.br/web/guest/central-de-atendimento ou pelo e-mail: atendimento@cnpq.br.
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Qui, 17 Set 2020 10:05:00 -0300
Ausência de chuvas tende a matar as florestas tropicais, aponta experimento
A pesquisa, realizado pelo PELD FNC - Floresta Nacional de Caxiuanã, aponta que, com as projeções de aumento das temperaturas do ar e de redução das precipitações, os riscos de empobrecimento severo e mesmo de mortalidade das florestas tropicais, como a Amazônia Brasileira, tornam-se mais altos.No nordeste do Pará, um experimento artificial de duas décadas tem mostrado os profundos impactos do aumento da temperatura e da falta de chuvas sobre a floresta tropical. As primeiras conclusões, apresentadas pelo ecólogo e bolsista do CNPq, Leandro Valle Ferreira, do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), apontam que, diante das mudanças climáticas globais e da redução de chuvas simuladas com a pesquisa, os riscos de empobrecimento severo e mesmo de mortalidade das florestas tropicais, como a Amazônia Brasileira, tornam-se muito altos.
"A Amazônia se tornará mais seca e pobre em espécies, confirmando as previsões pessimistas dos cientistas", afirma Ferreira, membro da equipe do projeto intitulado "Seca Floresta" (Esecaflor). O Esecaflor, implantado e coordenado até recentemente pelo professor Dr. Antônio Lola, é um sítio PELD, que conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), com estudos também integrados ao projeto LBA. O MPEG, instituição da qual ele faz parte, é também o responsável pela Estação Científica Ferreira Pena, localizada dentro da Floresta Nacional de Caxiuanã, onde o experimento vem sendo realizado há 20 anos.
Ele explica que, ao ser submetida a um clima mais quente e seco, a comunidade de plantas envolvida no experimento ficou mais pobre em espécies, perdendo biomassa e as suas funções biológicas. A floresta se transformou em outro tipo de vegetação, dominada por cipós, a única forma de vida beneficiada com a redução da umidade do solo.
Diante das ameaças de fenômenos climáticos como o conhecido El-Niño, responsável pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico e uma redução drástica na precipitação na Amazônia, o estudo busca respostas de longo prazo sobre o que acontece com a floresta amazônica quando a quantidade de chuvas começa a reduzir continuamente.
Ferreira ressalta ainda como os impactos na floresta amazônica podem se estender a outros biomas. "Reduzindo a quantidade de chuvas na região amazônica, outros biomas ficarão mais secos também. Eles são interligados e têm uma dinâmica climatológica entre eles. Portanto, qualquer alteração vai consequentemente prejudicar os outros biomas, como o próprio Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica", explica.
Experimento - O Esecaflor envolve duas parcelas de um hectare de floresta (o equivalente a um campo de futebol) cada, com uma delas sujeita ao estresse hídrico a partir da instalação de 6 mil painéis de plásticos transparentes.
Instalados a uma altura média entre 1,5 e 3,5 metros acima do solo, esses painéis dificultam a penetração da água da chuva no solo da floresta de terra firme, ajudando a simular as altas temperaturas e outras condições semelhantes às projetadas por estudos climáticos e ambientais para a região amazônica.
Entre os principais problemas encontrados pelos pesquisadores na área coberta, ficou evidente a significativa redução em relação às formas de vida vegetais, com a diminuição do número de espécies e de indivíduos, incluindo entre eles árvores, arbustos, epífitas e palmeiras.
Quando comparada a outra área, controlada sob condições menos inóspitas, a mortalidade de árvores na parcela experimental foi duas vezes maior, resultando em uma perda de mais de 30% biomassa original da floresta.
"Há também uma nítida modificação da composição de espécies, sendo a parcela experimental representada por indivíduos mais tolerantes à redução da umidade do solo. A única forma de vida beneficiada com a redução da umidade do solo na parcela experimental foram os cipós, que aumentaram em número de espécies, indivíduos e biomassa", relata Leandro.
Segundo ele, o provável é que, diante da mortalidade da maior parte das espécies, a floresta se transforme em outro tipo de vegetação.
Tensão - Os resultados da pesquisa são divulgados em um momento em que especialistas de todo o planeta alertam contra o negacionismo científico por muitas lideranças nacionais e a iminência de uma catástrofe ambiental caso o aumento da temperatura média global se dê acima dos 2º Celsius nos próximos anos.
Com as crescentes discussões sobre a quantidade de dióxido de carbono armazenada e emitida pelas florestas tropicais, desde as últimas duas décadas, a importância de pesquisas e experimentos como o Esecaflor aumenta.
"Antecipar o futuro de seca e calor é fundamental para avaliar a resistência da floresta neste novo cenário climático e, consequentemente, planejar melhor a conservação dos biomas e o uso responsável das riquezas existentes", argumenta Leandro.
"O nosso país deveria ser um exemplo de políticas públicas voltadas para isso", completa.
O PELD
O PELD é um programa criado pelo CNPq em 1997 e conta com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP) de 13 Fundações de Amparo a Pesquisa e do British Council - Fundo Newton. Esse investimento a longo prazo é fundamental para o acompanhamento adequado visando à compreensão das transformações no meio ambiente perante o tempo e os mais diversos agentes de interferência.
Saiba mais sobre o PELD FNC - Floresta Nacional de Caxiuanã: https://youtu.be/IFbjBXlmKSA
Fonte: Agência Museu Goeldi