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Sex, 13 Jan 2023 16:32:00 -0300
Migração Portal
Acesse o novo Portal do CNPqDesde dezembro de 2020, o endereço do Portal do CNPq mudou para:
https://www.gov.br/cnpq
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Seg, 07 Dez 2020 12:31:00 -0300
Programa Ciência no Mar ganha mais recursos com adesão da Marinha
Parceria entre CNPq e Marinha proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões para 4 projetos da Chamada de apoio à Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões, recursos da Marinha e do MCTI.Parceria firmada entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Marinha do Brasil proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões à Chamada CNPq/MCTIC Nº 06/2020 - Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar, com apoio a novos quatro projetos. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões em investimentos. Além da Marinha, os recursos serão investidos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A chamada foi lançada com o objetivo de selecionar projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação relacionados ao derramamento de óleo ocorrido a partir de agosto de 2019 na costa brasileira que visem contribuir significativamente para o Programa Ciência no Mar.
Nesta segunda, 07, às 14h, a Marinha realizará a 1ª Sessão Ordinária da Comissão Técnico-Científica para o Assessoramento e Apoio das atividades de Monitoramento e a Neutralização dos Impactos decorrentes da Poluição Marinha por Óleo e outros Poluentes na Amazônia Azul, com a participação do Presidente do CNPq, Evaldo Vilela. Saiba mais.
Veja aqui o resultado final completo.
Importância litorânea para o Brasil
O recente desastre de derramamento de óleo na costa brasileira em 2019 demonstrou a importância de ações públicas embasadas no melhor conhecimento científico disponível, a fim de que as iniciativas de remediação reduzam os prejuízos para a biodiversidade e para a saúde humana. Além disso, ressaltou a necessidade de evidências científicas na proposição de medidas que busquem a prevenção a novos acidentes que possam colocar em risco a qualidade de vida da ocupação humana ao longo da costa brasileira.
Estima-se que mais de 26% da população brasileira resida na zona costeira, sendo o litoral a área protagonista no histórico processo de ocupação do território nacional. A importância litorânea pode ser expressa pelo recorte federativo brasileiro: são 17 Estados e 274 Municípios defrontantes com o mar, e 16 das 28regiões metropolitanas existentes no País. O Brasil possui diversas ilhas costeiras, inclusive abrigando capitais (São Luís, Vitória e Florianópolis), além de ilhas oceânicas que representam pontos importantes do território nacional (Fernando de Noronha, o Arquipélago de São Pedro e Trindade e Martim Vaz, e o Arquipélago de Abrolhos).
Grande parte do comércio internacional, da exploração do petróleo, da atividade pesqueira e de turismo está relacionada com o mar brasileiro. Relevante também é a riqueza da biodiversidade marinha e costeira do País, que deve ser preservada como importante ecossistema para a manutenção da vida. Além disso, o Brasil possui 26,3% de sua Zona Econômica Exclusiva protegida dentro de unidades de conservação, que devem também ser pólos-modelo para medidas de conservação e uso sustentável.
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Qui, 26 Nov 2020 17:37:00 -0300
CNPq divulga resultado preliminar da Chamada nº 25/2020
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.
Esta chamada promove a redistribuição das bolsas retidas ao final de sua vigência no período do 1 de julho a 30 de dezembro de 2020, iniciando a diretriz de realinhamento da concessão de bolsas de pós-graduação à missão precípua do CNPq. Esta iniciativa, em concepção desde 2019, prevê uma transição gradual do sistema antigo de quotas de bolsas ao novo sistema de concessão por meio de projetos institucionais de pesquisa. Tais projetos são apresentados pelos programas de pós-graduação e aglutinam de forma global o direcionamento da pesquisa nos respectivos cursos. A concessão baseia-se numa avaliação de mérito dos projetos, feita por comitês de especialistas.
O resultado preliminar garante a manutenção de bolsas encerradas no período citado, na proporção prevista no item 5 da Chamada, em programas de pós-graduação estabelecidos. Além disso, houve entrada de novos programas no sistema. Os projetos são avaliados por mérito e são aprovados a partir de disponibilidade orçamentária do CNPq.Ressalta-se que não houve nenhuma redução de bolsas no sistema do CNPq; a mesma concessão anual de cerca de R$ 400 milhões em bolsas de mestrado e doutorado está mantida. Uma segunda chamada dessa natureza será lançada brevemente, considerando as bolsas a vencer no próximo semestre.
O CNPq informa que o período de interposição de recurso administrativo ao resultado preliminar é de 25 de novembro a 4 de dezembro de 2020.
Demanda
Do total de 1.595 propostas recebidas de Cursos de Mestrado, 380 são cursos que já contam com bolsas do CNPq e que possuem bolsas vencendo entre 1° de julho a 31 de dezembro de 2020, enquadrando-se nos itens 5.3.1 e 5.4.1 da Chamada. Outras 628 propostas são de Cursos de Mestrado que contam com bolsas do CNPq, mas que vencem a partir de janeiro de 2021. Já outros 587 Cursos de Mestrado, por sua vez, não contam, na atualidade, com o apoio do CNPq em bolsas de mestrado.
Dos Cursos de Doutorado que submeteram propostas à Chamada, 277 já contam com bolsas do CNPq e possuem bolsas vencendo no período de 1° de julho a 31 de dezembro de 2020; 483 possuem bolsas vencendo a partir de janeiro de 2021, e 794 são Cursos de Doutorado que não contam com o apoio do CNPq em bolsas de doutorado.
Veja aqui o resultado preliminar.
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Qua, 15 Jan 2014 15:23:00 -0200
Bolsista relata experiência de estágio em maior empresa sul coreana do ramo naval
Bolsista de graduação sanduíche pelo Programa Ciência sem Fronteiras, desde março de 2013, a estudante de Arquitetura e Urbanismo Camilla Cavalcante Maia conta um pouco de sua experiência de estudos no exterior na Hanyang University, localizada em Seul, na Coreia do Sul. Camilla elogia as oportunidades de estágio e contato com formas e teorias de estudo diferenciadas que teve acesso em sua estadia na universidade sul coreana.
Considerada uma das 10 maiores companhias de registro naval no mundo e a maior da Coreia do sul, aKorean Register of Shipping (KRS) é parceira do Programa CsF no país e prioriza oportunidades de estágio em sua empresa para bolsistas brasileiros, como a Camilla, por exemplo. A empresa tem o registro de mais de 2,5 mil de embarcações, desde navios de carga, submarinos até navios extratores de petróleo e já possui mais de 31 escritórios em território estrangeiro, inclusive no Brasil.
Segue abaixo o relato na íntegra da estudante que também já teve a oportunidade de compartilhar estes conhecimentos adquiridos com outros colegas estudantes brasileiros no Korea Brazil Student Joint Workshop 2013 realizado em julho deste ano.
“Meu nome é Camilla Cavalcante Maia, estudante do 7º semestre de Arquitetura e Urbanismo do Centro universitário de Brasília. Aqui na Coréia, estou estudando na Hanyang University, localizada em Seul.Estou estagiando na Korean Register of Shipping (KRS), que é uma das dez maiores companhias de registro naval no mundo e a maior da Coréia do sul. A empresa tem o registro de mais de 2,500 de embarcações, desde navios de carga, submarinos até navios extratores de petróleo. A empresa é considerada de grande porte e já possui mais de 31 escritórios em território estrangeiro, inclusive no Brasil.
Estou atualmente trabalhando no escritório de Seul, embora o headoffice seja em Busan. Aqui na KR, eu fui recebida pela Maritime Tecnology Research Team, que faz as avaliações e testes de segurança e de qualidade estrutural para comprovar a segurança dos passageiros ou tripulantes das embarcações, para que se possa fornecer o certificado. Surpreendi-me bastante ao ver que o cálculo estrutural de embarcações tem muitos pontos em comum com o cálculo estrutural de edifícios (que eu já tinha experiência no meu curso e estágios anteriores).
Eu fui/ainda estou sendo muito bem recebida pela empresa. O chefe do meu departamento, Dr. Song e meu mentor Mr. Park estão sendo muito atenciosos comigo, sempre que possível, eles tentam me explicar como funcionam os softwares usados pelos funcionários para realizar as modelagens, os cálculos e as análises. Além disso, estou estudando o conteúdo mais teórico também, como mecânica dos fluidos, para entender os cálculos e análises específicos desse tipo de projeto. Felizmente, já tive a oportunidade de apresentar os conhecimentos adquiridos para todos os meus colegas de departamento, durante uma reunião, e também para colegas brasileiros durante a Korea Brazil Student Joint Workshop 2013. Fiquei muito satisfeita em saber que eles também consideram que o estágio está sendo proveitoso para a empresa e reconhecem o meu aprendizado.
Outro departamento da KR, Policy Research Team, é responsável pelas relações da empresa com o Brasil. A Korean Register está tentando expandir a atuação no nosso país e já conhecem bastante o mercado brasileiro, além de terem ido ao Brasil algumas vezes, sabendo inclusive algumas expressões em português, como bom dia ou boa tarde. Esse departamento também foi bastante solicito comigo, através do Mr. Junhoo e seus colegas.
As minhas impressões a respeito do estágio não poderiam ser melhores. Desde o nível de tecnologia com que eles lidam diariamente, o tamanho dos projetos, a organização e foco que os funcionários coreanos têm tudo isso foram fatores que me fizeram crescer muito mais do que eu esperava em apenas oito semanas de estágio.Sem dúvida nenhuma eu recomendaria aos meus colegas que participem do processo seletivo da KR, porque, na minha opinião, foi uma experiência única”
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Sex, 10 Jan 2014 15:02:00 -0200
Pesquisa sobre pseudo-escorpiões sociais do Cerrado integrará série na BBC
Os pesquisadores Kleber Del Claro, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), e Everton Tizo-Pedroso, da Universidade de Goiás (UFG), investigam há sete anos o comportamento social da espécie de pseudo-escorpião Paratemnoides nidificator, aracnídeos discretos que constroem seus ninhos sob cascas de árvores no Cerrado. Neste período, os estudos avançaram, foram intensificados e as complexas descobertas serão agora um dos focos da série Survivors, da TV BBC (Londres).
Segundo Del Claro, o produtor da série que substituirá a atual Life, esteve durante o mês de outubro de 2012, em Uberlândia, fazendo imagens e entrevistas sobre a pesquisa. “Com o material coletado, a equipe definiu que nosso caso comporia parte dos documentários de vários capítulos a serem lançados, mundialmente, em setembro de 2014”, conta o pesquisador, que teve apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) em seu projeto conjunto com Tizo-Pedroso.
Por sinal, este último teve papel decisivo para o início do projeto, pois foi sua a iniciativa de procurar uma nova espécie ainda pouco pesquisada na plenitude. Sua busca não se restringiu às publicações científicas. Para isso, a Sibipiruna em frente ao Instituto de Biologia da Universidade Federal de Uberlândia foi crucial. Foi lá que observou pela primeira vez a existência da espécie de pseudo-escorpião sob a casca da árvore Sibipuruna, comum no Cerrado e também em cidades como São Paulo.
As observações do comportamento foram feitas em laboratório, onde os pesquisadores instalaram colônias em câmaras de vidro, cobertas pela casca da árvore que já habitavam e com um jogo de espelhos para enxergar o que ocorria. “Isso foi fundamental para que pudéssemos observar diretamente o comportamento desses animais, que na maior parte do tempo encontram-se escondidos embaixo das cascas”, diz Del Claro.
Embora existam em quase todos os biomas, com ampla variedade de espécies e grande número de indivíduos, passam despercebidos em função do pequeno tamanho e dos hábitos de vida. A espécie encontrada no cerrado brasileiro vive em sociedade, o que é raro na natureza e entre esses animais, e possui surpreendentes comportamentos com os filhotes, como o auto-sacrifício da mãe para garantir o alimento de sua prole.
“Eles, normalmente, tem entre 0,3 a 10mm de comprimento e parecem pequenos escorpiões, pois tem pinças semelhantes, mas não tem caudas alongadas e nem ferrão. O corpo dos pseudo-escorpiões são dividido em cefalotórax (cabeça etórax unidos) e abdômen, e apresentam seis pares de apêndices: as quelíceras (semelhante a uma boca), os pedipalpos (patas com pinças nas extremidades) e quatro pares de pernas. Tem glândulas produtoras de seda nas quelíceras e glândulas de veneno nas pinças”, explica Tizo-Pedroso.
Segundo consta na literatura sobre a categoria, existem mais de 3,3 mil espécies (0,2% da totalidade de animais descritos), distribuídas em 425 gêneros e 24 famílias. Entre os pseudo-escorpiões são conhecidas hoje apenas duas espécies que tem seus núcleos estabelecidos sob cooperação. As espécies sociais Paratemnoides elongatus e Paratemnoides nidificator que são encontradas desde a América do Sul até oSul da América do Norte.
Existente no Cerrado, considerado atualmente um dos ecossistemas mais ameaçados de extinção no planeta, com apenas 8% de sua área ainda intocada e uma importante parcela da biodiversidade brasileira, o P. nidificator pode ser localizado com facilidade, tanto em áreas de vegetação mais densa, como no Cerrado aberto, e no entorno de cidades e praças. “A maior concentração ocorre em árvores com cascas muito rugosas e grossas, como as das espécies desta região”, ressalta Tizo-Pedroso. “Nas cidades, os índices de infestações em Sibipurunas podem ser altos, com até cinco colônias em uma mesma árvore”.
No Brasil, estima-se que existam mais de 200 espécies, só na Amazônia são conhecidas 75. Esses animais ocupam ampla variedade de ambientes, como as folhas caídas no chão das matas, troncos de árvores e galhos em decomposição, espaços entre e sob as pedras, paredes de cavernas, ninhos de aves, tocas ou refúgios de mamíferos ou mesmo em excrementos de morcegos.
Interações com indivíduos da mesma espécie podem incluir o canibalismo ou a necrofagia. A expressão ‘social' tem vários significados e graus de complexidade, mas esse termo é utilizado para definir colônias constituídas (permanentes ou sazonais) ou formas de cooperação (trabalho conjunto). De acordo com as observações, a sociedade desses pseudo-escorpiões possui divisões organizadas de tarefas. As fêmeas cuidam da prole e caçam, os machos caçam, defendem o ninho e cuidam da limpeza, e as ninfas (indivíduos jovens, sexualmente imaturos) mais crescidas contribuem para a limpeza, retirando dejetos das câmaras.
“Uma colônia começa quando uma fêmea expulsa os filhotes do ninho de teia onde os criou para produzir a próxima leva. Esses jovens, as ninfas, constroem seus próprios casulos ali mesmo para terminar o crescimento, e, juntos, mantêm a ordem daquele pequeno universo para onde também podem se mudar semelhantes não aparentados. Depois de caçar, parentes ou não, os adultos recuam e deixam a prole comer primeiro”, conta Del Claro.
Uma segunda forma, esta mais curiosa desvendada pela dupla de Uberlândia, é que os P. nidificatorconquistam novos espaços pegando carona nas próprias presas. “Quando detectam uma muito maior do que eles, como um besouro, um percevejo ou um marimbondo, os pseudo-escorpiões empreendem um ataque em grupo. Vários aracnídeos se penduram na presa, segurando as patas da vítima com as pinças injetoras de veneno. Depois do vôo, a presa debilitada pousa em outra árvore e morre. Desta forma, são compostas novas colônias”, completa o pesquisador.
As ninfas constroem câmaras e permanecem abrigadas em seu interior, e as fêmeas adultas constroem câmaras de incubação para as crias. Dispostas lado a lado, as câmaras formam um tipo de labirinto interconectado. Os pseudo-escorpiões adultos também se abrigam nesses ninhos e saem para buscar alimento, encontrar parceiros, para a reprodução, e dispersão e formação de novas colônias, quando necessário. O tamanho excessivo da colônia, a baixa disponibilidade de alimento e/ou a intensa competição pela caça disponível são fatores que podem desestabilizar a cooperação do grupo.
Quando estão no aguardo de uma presa, os adultos se posicionam nas fendas da entrada das colônias, estendem seus pedipalpos com pinças e aguardam para dar o bote. Ao se aproximar, a presa um inseto, por exemplo, provoca minúsculas vibrações na casca da árvore e no ar que o pseudo-escorpião é capaz de sentir. Assim, o aracnídeo agarra as pernas do inseto e abre caminho para a ação similar dos demais adultos, que se lançam sobre a presa e impedem a fuga inoculando veneno em suas articulações.
Depois da ação do veneno, seu corpo é arrastado para a fenda na casca da árvore. Otempo necessário para subjugar e paralisar uma presa depende do seu tamanho. Assim, capturar com sucesso uma presa de grande porte exige um trabalho de equipe bem coordenado. Após a imobilização total da vítima, os pseudo-escorpiões perfuram suas articulações e introduzem as quelíceras para injetar um ácido digestivo que dissolve seus tecidos, transformando-os em uma espécie de líquido consumido coletivamente.
Os pequenos aracnídeos são capazes de capturar mais de 50 espécies diferentes de invertebrados nos troncos das Sibipirunas. As presas incluem grandes artrópodes (se comparados aos pseudo-escorpiões), como aranhas papa-moscas, formigas, besouros, percevejos e outros tipos de animais. Além de viver em grupo, caçar cooperativamente e partilhar as presas, os pseudo-escorpiões apresentam outra característica incomum para invertebrados, o cuidado parental cooperativo, ou seja, proteger e alimentar não só a própria prole, mas também os filhotes dos outros.
Outra forma extrema de cuidado parental praticado por esses aracnídeos é conhecido como ‘matrifagia’. A descoberta foi resultado do experimento em que os pesquisadores deixaram uma mãe e sua prole por alguns dias sem ter o que caçar. As ninfas famintas começaram a se atacar e por instinto, a mãe saiu da câmara de seda, bateu suas pinças no chão e as estendeu para o alto. Em reação imediata, os filhotes saíram e começam a devorar a mãe, que não esboçou qualquer reação. A refeição bastou para acabar com as rivalidades fraternas e a partir de então, o grupo passou a caçar em conjunto e formou uma sociedade estável.
A incoerência da espécie fica por conta do comportamento das ninfas, as fêmeas mais jovens que ainda tem tempo de sobra para se reproduzir. Ao contrário das mães, elas consomem os próprios filhotes quando não há o que comer. Assim, a cooperação entre machos adultos e machos e fêmeas imaturos é fundamental para a captura do número suficiente de presas e para o desenvolvimento normal dos filhotes mais jovens.
“Além disso, a cooperação no cuidado parental aumenta a tolerância entre os indivíduos, o que beneficia a coesão interna do grupo. Da mesma forma, a matrifagia também pode ser considerada uma estratégia importante para a evolução da socialidade nessa espécie de pseudo-escorpião, já que, ao evitar o canibalismo entre irmãos, ou sua dispersão, o sacrifício da mãe constitui um passo inicial para estabelecer essa tolerância, o início da vida em sociedade”, finaliza Tizo-Pedroso.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
(Com informações das revistas Ciência Hoje e Fapesp)
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Seg, 06 Jan 2014 14:44:00 -0200
FAPEMIG e CNPq destinam 20 milhões para pesquisa
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) anunciou o lançamento de três editais, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com o valor global de R$ 20 milhões em investimentos no desenvolvimento de pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação. Os editais beneficiam desde pesquisadores em início de carreira até aqueles executados por grupos de excelência reconhecida. A submissão das propostas deve ser feita por meio do sistema Everest da Fapemig (http://everest.fapemig.br). Confira abaixo as características e os prazos de cada edital:
Programa Primeiros Projetos (PPP) - O Programa Primeiros Projetos (PPP) tem como público alvo jovens doutores. Seu objetivo é apoiar a fixação destes profissionais no Estado por meio do apoio a seus projetos de pesquisa e da criação de novos grupos em qualquer área do conhecimento. O PPP financia um pacote básico de instalação do pesquisador na sua instituição de origem. Como resultado, ele ganha experiência e fortalece seu currículo para, posteriormente, competir nos diversos editais da FAPEMIG e de agências nacionais. Ao todo, serão concedidos R$5 milhões para as propostas aprovadas. O prazo para submissão vai até 19 de março de 2014.
Programa de Apoio a Núcleos Emergentes (Pronem) - Como diz o nome do programa, a proposta é criar, fortalecer e consolidar grupos emergentes de pesquisa em Minas Gerais. Um grupo emergente de pesquisa é aquele formado por um conjunto de pesquisadores (mínimo de três doutores), de uma ou mais instituição, reunidos por uma linha de pesquisa comum e que, dado seu tempo de formação e instituição de origem, ainda não atingiram patamar de competitividade suficiente para captar recursos de valores mais elevados. O edital prevê R$8 milhões para as propostas aprovadas. O prazo para envio termina em 21 de março de 2014.
Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex) - Seu objetivo é apoiar núcleos consolidados de pesquisa, sediados em Minas Gerais, fornecendo suporte financeiro ao desenvolvimento de pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação. Os projetos devem ser coordenados por pesquisadores sênior (nível 1 do CNPq) e executados por grupos de pesquisa consolidados, que desenvolvam pesquisas de ponta, contribuindo para o avanço das fronteiras do conhecimento. Esses pesquisadores e grupos necessitam de recursos, geralmente significativos, para manutenção de seus programas de pesquisa e dos laboratórios. Serão investidos R$ 7 milhões nas propostas aprovadas, que podem ser submetidas até o dia 26 de março de 2014.
Os editais estão disponíveis no portal da FAPEMIG: www.fapemig.br. No caso de dúvidas, encaminhe uma mensagem para a Central de Informações da FAPEMIG: ci@fapemig.br.
Com Informações da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
Informações: Assessoria de Comunicação Social / FAPEMIG
Telefones: (31)3280-2141 / 2105 / 2106
acs@fapemig.br
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Seg, 06 Jan 2014 14:34:00 -0200
INCT investe na computação científica para contribuir com a medicina
Ao longo dos anos, desde que a medicina possibilitou a contribuição científica a partir da atuação de William Harvey, entre 1578-1656, onde os princípios físicos empregados demonstraram a necessidade da existência dos capilares, 45 anos antes de serem descobertos por Marcello Malpighi, em 1661, um vasto conhecimento proporcionado pela comunidade científica mundial, nas diversas áreas da medicina, vem sendo acumulado.
Com a revolução da biologia molecular e o desenvolvimento de equipamentos para aquisição de imagens, cada vez mais precisos e rápidos, desenvolvidos nas últimas décadas entre outros avanços científicos e tecnológicos, este acúmulo de conhecimento alcançou uma curva de crescimento vertiginosa. Este ápice da interação possibilita agora, de maneira inédita, integrar ciência e medicina no campo tecnológico visando à qualificação do entendimento e do funcionamento sobre os diversos sistemas fisiológicos que integram o corpo humano.
“A modelagem e simulação computacional proporcionam uma estrutura capaz de impactar em todas as áreas da medicina, com o conseqüente impacto no bem-estar da população”, acredita o coordenador do Instituto Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Medicina Assistida por Computação Científica (INCT MACC), Raúl Feijóo. “Ainda mais, ela abre as portas para uma medicina prognóstica orientada a pacientes de forma individual e específica, o que representa um novo paradigma na clínica médica moderna”, avalia.
Dois dos pioneiros do desenvolvimento tecnológico ligado diretamente à evolução dos equipamentos destinados aos diagnósticos médicos, foram os contemplados no Prêmio Nobel em Fisiologia e Medicina, no ano de 1979, Cormack e Hounsfield, pesquisadores responsáveis pela construção do primeiro escâner clínico de tomografia computadorizada. “Desde então, a computação científica está ‘embarcada’ no próprio equipamento”, disse Feijóo.
“Entretanto, orientado para o atendimento aos pacientes de forma individualizada, nestas últimas décadas a computação científica tem permitido o planejamento de diversos procedimentos médicos de alta complexidade na área da cardiologia e traumatismo ósseo”, destacou. “Na atualidade, a computação científica permite, antes do procedimento aplicado no paciente, um estudo prévio sobre as conseqüências do futuro implante de um stent em um determinado distrito arterial, além da avaliação do impacto que este implante produziria na hemodinâmica do sistema cardiovascular do paciente, por exemplo”, completou Feijóo.
Para alcançar a meta da plena integração tecnológica e atender objetivamente aos anseios da medicina, Feijóo explica que a computação científica quando aplicada ao desenvolvimento de modelos anatomicamente detalhados, baseados nos fundamentos biofísicos da fisiologia humana, permite integrar todo um vasto conhecimento definindo a relação existente entre as estruturas e sua funcionalidade, em todos os níveis da organização biológica humana.
Movimentos similares estão ocorrendo no exterior, paralelamente. A integração entre a Escola de Medicina de Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em julho de 2012, possibilitou a fundação do Instituto de Ciências da Engenharia Médica (IMES), para atuar com missão e áreas semelhantes ao INCT-MACC. Da mesma forma, através da integração entre a Escola e Universidade de Engenharia Johns Hopkins e a Escola de Medicina Johns Hopkins foi criado o Instituto de Medicina Computacional (ICM) para atuar no mesmo tipo de proposta.
“Isso demonstra a importância que os países desenvolvidos dão ao emprego da modelagem computacional na medicina, tema de longa data levantado pelo HeMoLab/Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e reconhecido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj) com a criação do INCT-MACC, em novembro de 2008, pelo Programa INCT”.
INCT– O MACC coordena uma rede cooperativa de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e formação de recursos humanos (FRH) constituída por 25 Laboratórios Associados, com sede em 11 estados do Brasil, e 10 Laboratórios Colaboradores, com sede no exterior, todos focados nos temas: Modelagem e simulação computacional de Sistemas Fisiológicos Humanos (cardiovascular e ósseo); Processamento avançado de imagens médicas e visualização científica; Ambientes virtuais colaborativos de realidade virtual, aumentada e telemanipulação para treinamento, formação de recursos humanos e planejamento cirúrgico; Sistemas de informação em saúde com aplicações em atendimento médico emergencial e vigilância em saúde pública; e Ciberambientes de computação distribuída de alto desempenho para aplicações médicas dos objetivos acima.
Sua missão é desenvolverP&D em computação científica voltadas para aplicações na medicina, em especial a modelagem e simulação computacional dos sistemas fisiológicos que integram o corpo humano, processamento de imagens médicas, da visualização científica e da realidade virtual, incluindo o desenvolvimento de aplicativos médicos orientados para a diagnose auxiliada por computador, tratamento, planejamento cirúrgico, treinamento e credenciamento médico.
Entre suas metas estão o emprego das mais modernas técnicas de comunicação e transmissão multimídia, o desenvolvimento e gerenciamento de ambientes computacionais de alto desempenho que atendam às necessidades da medicina assistida, a formação de recursos humanos e a transferência de tecnologias e inovações.
Coordenação de Comunicação Social
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Seg, 06 Jan 2014 11:21:00 -0200
Brasil recebe a exposição Túnel da Ciência Max Planck em janeiro
O Brasil recebe, em janeiro, a mostra global Túnel da Ciência Max Planck. Inédita no país, a exposição aborda os grandes temas da pesquisa básica desde o seu ponto de partida, mostrando as possibilidades e oportunidades científicas e tecnológicas para as inovações mais transformadoras do futuro.
A mostra estará aberta ao público a partir do dia 30. Grupos e escolas devem agendar sua visita antecipadamente.
Realizada pela Sociedade Max Planck – organização alemã mundialmente conhecida como instituição de ponta no campo da pesquisa científica e tecnológica –, a iniciativa celebra a Temporada da Alemanha no Brasil 2013-2014 e conta com o patrocínio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), entre outros parceiros.
Criado em 2000, o Túnel da Ciência já visitou 20 países nos cinco continentes e recebeu mais de 9 milhões de pessoas em suas três versões. A versão 3.0, que será apresentada no Brasil, é a mais recente – foi lançada na Rússia em 2013. Está distribuída em oito módulos de conteúdo: Universo – dos quarks ao cosmo; Matéria – design do mundo microscópico; Vida – dos elementos aos sistemas; Complexidade – dos dados à compreensão; Cérebro – fábrica de maravilhas na cabeça; Saúde – pesquisa para a medicina do futuro; Energia – vida no Antropoceno; e Sociedade – o mundo em mobilidade.
A exposição apresenta os temas em formato interativo e multimídia. São imagens, gráficos, exposições, vídeos de entrevistas e animações. Um guia digital da mostra conduz o visitante ao mundo das pesquisas da Sociedade Max Planck, uma das mais importantes sociedades de pesquisa do mundo, com mais de 5.300 cientistas, 17 prêmios Nobel e orçamento de € 1,5 bilhão em 2012.
Veículo de exploração espacial - A exposição inclui uma réplica do veículo de exploração espacial rover Curiosity, enviado pela Nasa ao Planeta Vermelho em 2012, e o Magic Mirror (Espelho Mágico) – tecnologia conhecida como realidade aumentada, que tem efeito semelhante ao de um raio-X e cria a ilusão de que é possível visualizar o próprio corpo internamente, aliando imagens reais e virtuais.
Segundo o coordenador, Peter M. Steiner, a expectativa com o evento é “divulgar e estimular a curiosidade do público brasileiro sobre a importância da ciência e da inovação, construindo uma ponte consistente entre a pesquisa básica moderna e a sua influência em nosso modo de vida e no nosso futuro”.
A exposição tem entrada gratuita e é dirigida ao público acima de 12 anos. Ficará aberta até 21 de fevereiro no Centro de Convenções do Shopping Frei Caneca, em São Paulo. O agendamento antecipado é feito por e-mail.
Programação - Para o evento de abertura, no dia 29, em São Paulo, a Sociedade Max Planck trará o vencedor do Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 1991, Erwin Neher. O cientista e seu parceiro Bert Sakmann fizeram descobertas relevantes sobre a função dos canais iônicos nas células e decifraram a comunicação celular. O pesquisador realizará no Teatro do Shopping Frei Caneca uma palestra sobre a sua carreira e atuação no segmento da pesquisa.
Também está prevista uma programação paralela de palestras e mesas-redondas com pesquisadores da Sociedade Max Planck e do Brasil para jovens pesquisadores e cientistas. A primeira mesa de debate, no dia 28, abordará a temática “Divulgação científica no Brasil e Alemanha” e é organizada pela Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis) do MCTI.
O objetivo da mesa-redonda é ressaltar as características da divulgação científica nos dois países, promover trocas de experiências e subsidiar possíveis ações conjuntas. O evento é voltado para profissionais da área de divulgação de ciência, estudantes de pós-graduação na área de comunicação pública da ciência e graduandos em geral.
Os interessados podem obter informações por e-mail.
Mais informações sobre o Túnel da Ciência em páginas português e inglês.
Texto: Ascom do MCTI, com informações da Sociedade Max Planck
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Seg, 30 Dez 2013 15:11:00 -0200
Projeto do INT aprovado pelo CNPq visa melhorar qualidade do biodiesel
Um novo projeto, coordenado pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTI), poderá aprimorar a qualidade do biodiesel produzido no país. A iniciativa envolve a avaliação da corrosividade e da compatibilidade com materiais e o desenvolvimento de aditivos multifuncionais e de novas metodologias de monitoramento em campo dos processos de degradação e de corrosão do combustível.
O trabalho contará com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), obtidos por meio de seleção pública na Chamada MCTI/CNPq 40/2013, que apoia trabalhos de pesquisa, desenvolvimento e inovação voltados à cadeia produtiva do biodiesel, com valor aprovado de R$ 460 mil, na Linha 1 do edital, voltada a caracterização e controle da qualidade desse biocombustível.
Proposto pelo pesquisador Eduardo Cavalcanti, tecnologista da área de Corrosão e Degradação do INT, o projeto será capitaneado pelo Laboratório de Corrosão e Proteção (Lacor) do instituto, em colaboração com o Laboratório de Biocombustíveis (Labio) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), o Laboratório de Biodeterioração de Combustíveis e Biocombustíveis (LAB-BIO) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Centro de Pesquisa e Caracterização de Petróleo e Combustíveis (CoppeComb), do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe/UFRJ), e as empresas BSBios, Minerva, Actioil, Socer Brasil e Metrohm Pensalab.
Serão trabalhadas duas famílias de biodiesel comerciais: aqueles de soja pura soja pura – correspondentes a cerca de 85% do mercado – ou com pequenas adições de sebo, que não alterem as características do produto; e aqueles provenientes de sebo puro ou blendas com adições de soja, que tornam o produto extremamente suscetível à cristalização em baixas temperaturas, processos degenerativos e alterações em suas propriedades físico-químicas ao longo do tempo.
A atividade do projeto visa, assim, eliminar essa desvantagem relativa do biodiesel em oposição ao diesel de petróleo, estável no armazenamento e resistente às mais variadas condições climáticas do Brasil. Em estudos anteriores encomendados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ao INT, o Lacor revelou um conjunto de alterações no perfil de qualidade do biodiesel, que validaram a sua adição na base de 5% de adição ao diesel, já adotada em todo o país.
Texto: Ascom do INT
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Qua, 18 Dez 2013 16:02:00 -0200
INCT integra grupo responsável pela avaliação de tecnologias da saúde no Mercosul
O ano de 2013 foi de reconhecimento para o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Avaliação de Tecnologia em Saúde (INCT IATS), pois integrou pela primeira vez o programa de tutorias em avaliações econômicas da área na região do Mercosul. O Curso Avançado de Avaliação Econômica de Tecnologias em Saúde foi viabilizado através da parceria do INCT com os Ministérios da Saúde da Argentina e Uruguai.
Sob a coordenação de Carisi Polanczyk, o IATS forneceu tutores com experiência no desenvolvimento de revisões sistemáticas da literatura, metanálises e avaliações econômicas de tecnologias da saúde. Os tutores trabalharam com equipes uruguaias e argentinas, além das organizações brasileiras beneficiadas, em encontros presenciais e teleconferências.
As duas organizações brasileiras beneficiadas pelo programa de tutorias foram o Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit), que realizou um estudo de avaliação econômica de prótese valvar cardíaca implantável por via percutânea, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com a avaliação do impacto da implementação de um medicamento imunobiológico no tratamento de melanoma cutâneo.
Além do auxílio das análises nas decisões administrativas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a participação dos técnicos destes organismos e o desenvolvimento de práticas através do sistema de tutoriais capacita as equipes do Decit e da Anvisa para as futuras interpretações e avaliações econômicas das tecnologias destinadas à saúde.
Já o grupo do Uruguai, por sua vez, realizou a avaliação de múltiplas tecnologias da saúde, incluindo medicamentos imunobiológicos e dispositivos médicos. Da parte do grupo da Argentina, foi realizada a avaliação econômica de um medicamento imunobiológico para o tratamento de câncer colorretal.
Através do projeto de tutorias em ATS para o Mercosul, o IATS cumpre seu papel de disseminar o conhecimento para avaliações de tecnologias da saúde. A existência de equipes capacitadas nos governos dos três países pode ainda auxiliar na resolução dos dilemas incomuns ou na incorporação de novas opções terapêuticas nos sistemas públicos de saúde.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Qua, 18 Dez 2013 14:24:00 -0200
Ciência sem Fronteiras abre oportunidades para pesquisa e pós-graduação na Suécia
Foi lançada no dia 16 de dezembro a terceira chamada para inscrições de projetos de pesquisa na parceria entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro (CISB) pelo Programa Ciência sem Fronteiras. O prazo para envio de propostas segue até 17 de maio de 2014.
O objetivo é oferecer bolsas de estudo para que pesquisadores brasileiros tenham a oportunidade de desenvolver seus projetos nas universidades suecas parceiras e ou nos centros de Pesquisa & Desenvolvimento da empresa sueca de defesa e segurança Saab AB. Mais informações e regulamento no site do CNPq.
Na segunda chamada da parceria foram inscritos mais de 48 projetos na plataforma colaborativa do CISB, registrando um aumento de 41% em relação à primeira chamada. Ao final, 31 propostas de projetos foram aplicadas oficialmente na plataforma Carlos Chagas do CNPq, das quais 10 foram contemplados com bolsas de pós-graduação. Todos os aprovados na segunda chamada estarão na Suécia antes do final do primeiro semestre de 2014.
O pesquisador Renato Machado, doutor em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Santa Catarina já se encontra na Blekinge Institute of Technology, na cidade de Karlskrona. Com desenvolvimento de seu projeto de pós-doutorado intitulado Detecção de Alvos Utilizando Radar de Abertura Sintética com Resolução de Comprimento de Onda para Baixa Freqüência, ele pretende ajudar o Brasil a mapear o relevo e monitorar as fronteiras e regiões de desmatamento.
Segundo o pesquisador “a intenção é, após minha estada na Suécia, trazer a linha de pesquisa para o Brasil, pois temos poucos institutos de pesquisa e profissionais que lidem com essa tecnologia na prática. Precisamos tirar o projeto do papel e passar a desenvolver de fato o transmissor e o radar. Essa troca de experiência com profissionais suecos será extremamente agregadora para o país”, salientou Renato.
Pablo Viana da Silva, doutor em Ciências da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco, irá desenvolver o projetoManufaturabilidade de Circuitos Flash FPGA para Interfaces de Sistemas Aviônicos como requisito para o pós-doutorado. Pablo Viana afirmou: “além dos conhecimentos técnicos no contexto da pesquisa, os quais permitirão o desenvolvimento de projetos de equipamentos aviônicos da próxima geração, a experiência de viver em um país desenvolvido, reconhecido por sua justiça social e considerado um dos mais inovadores e sustentáveis do planeta, me ajudarão a compreender melhor os desafios do Brasil e aproveitar nosso potencial de oportunidades”. O pesquisador permanecerá na Universidade de Linköping por um período de doze meses.
A doutora em engenharia mecânica, Emília Villani, que foi selecionada na primeira chamada do programa para desenvolver o projeto de pesquisa Mecanismos de Software para Tratamento de Falhas de Hardware em Sistemas Embarcados Críticos, na Chalmers University of Technology, em Göteborg, já retornou ao Brasil e planeja voltar para sua instituição de origem, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica e dar prosseguimento a cooperação com a universidade sueca por meio de projetos executados em parceria.
Segundo Emília Villani, “a pesquisa desenvolvida na Suécia pode ser continuada no Brasil e aplicada ao desenvolvimento de sistemas embarcados críticos das indústrias aeronáutica, aeroespacial, automotiva, entre outras. Além disso, o conhecimento adquirido aqui pode ser disseminado no Brasil por meio de cursos e orientação de trabalhos de pós-graduação”, disse a engenheira.
O CISB - Sediado em São Bernardo do Campo, o Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro (CISB) foi criado pela Saab em maio de 2011. Tem como objetivo implementar acordos de cooperação em ciência, inovação e alta tecnologia entre Brasil e Suécia, integrando o bem sucedido sistema de inovação sueco com o dinâmico sistema de inovação que vem se consolidando no Brasil, além de atrair investimentos e interesse de todo o mundo. Empresas suecas como Saab, Stora Enso e Scania são alguns dos membros do Centro e incentivadoras da iniciativa.
Fonte:Centro de Pesquisa e Inovação Sueco Brasileiro (CISB)
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Ter, 17 Dez 2013 17:07:00 -0200
TI Maior apoiará cinco centros de pesquisa e desenvolvimento
Cinco centros de pesquisa e desenvolvimento (P&D) receberão apoio do Programa Estratégico de Software e Serviços em Tecnologia da Informação (TI Maior). São R$ 6,2 milhões em bolsas, que constituem contrapartida do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), aos R$ 21,9 milhões de investimento com que as empresas selecionadas se comprometeram em suas propostas.
Os projetos selecionados foram das seguintes empresas e institutos: IBM Research Brasil, em São Paulo; Intel Semicondutores, no Rio de Janeiro; ITVale, em Belém; e CPqD e Freescale, ambos em Campinas (SP).
As áreas de aplicação contempladas são educação, energia (petróleo e gás), transporte/logística, tecnologias da informação e da comunicação (TICs) e mineração e meio ambiente.
Além do fortalecimento das atividades de P&D nesse setor no Brasil, o edital de seleção teve como objetivos a geração de pesquisa aplicada de alto nível, novos produtos e serviços, novas empresas de base tecnológica, integração entre indústria e academia, a inserção profissional dos alunos do programa Ciência sem Fronteiras (CsF) e o fomento à geração de patentes e outras formas de propriedade intelectual, além de maior projeção internacional para as tecnologias desenvolvidas no país.
Aperfeiçoamento - “As bolsas permitirão o aperfeiçoamento de profissionais de perfil variado”, explica o secretário de Política de Informática (Sepin) do MCTI, Virgílio Almeida. “São várias modalidades de bolsas contempladas, que vão desde estágios de desenvolvimento tecnológico até a atração de pós-doutores.” As bolsas deverão ser usadas entre 2014 e 2016.
O investimento por parte dos cinco centros deverá ocorrer também ao longo desses três anos, na forma de capital (equipamentos e infraestrutura), custeio e remuneração de recursos humanos.
Um novo edital com os mesmos objetivos está previsto para 2014. “Faremos alguns ajustes, principalmente do ponto de vista da divulgação com relação ao proponente do edital, de forma a apoiar projetos com um perfil semelhante ao destes”, diz o diretor de Políticas de TIC da Sepin, Rafael Moreira.
A atração de centros de P&D é um dos eixos do TI Maior. Quatro estruturas desse tipo alinhadas ao programa já estão instaladas ou em instalação no país.
Texto: Pedro Biondi – Ascom do MCTI
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Ter, 17 Dez 2013 16:52:00 -0200
CNPq lamenta o falecimento da pesquisadora Maria Carolina Nemes
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lamenta o falecimento da Professora do Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Maria Carolina Nemes, no dia 14 de dezembro, em conseqüência de acidente doméstico.
Professora titular da UFMG, com atuação destacada na área de física quântica de campos, Maria Carolina era membro da Academia Brasileira de Ciência (ABC) e Pesquisadora 1A do CNPq. Fez mestrado e doutorado na Universidade de São Paulo (USP), onde também cursou a graduação.
Durante sua carreira contribuiu para a formação de pesquisadores, tendo orientado 54 mestres e 41 doutores. Gostava de colaborar com físicos experimentais na teorização dos seus achados. Sua morte é uma grande perda para a Física brasileira.
Glaucius Oliva
Presidente do CNPq