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Sex, 13 Jan 2023 16:32:00 -0300
Migração Portal
Acesse o novo Portal do CNPqDesde dezembro de 2020, o endereço do Portal do CNPq mudou para:
https://www.gov.br/cnpq
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Seg, 07 Dez 2020 12:31:00 -0300
Programa Ciência no Mar ganha mais recursos com adesão da Marinha
Parceria entre CNPq e Marinha proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões para 4 projetos da Chamada de apoio à Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões, recursos da Marinha e do MCTI.Parceria firmada entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Marinha do Brasil proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões à Chamada CNPq/MCTIC Nº 06/2020 - Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar, com apoio a novos quatro projetos. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões em investimentos. Além da Marinha, os recursos serão investidos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A chamada foi lançada com o objetivo de selecionar projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação relacionados ao derramamento de óleo ocorrido a partir de agosto de 2019 na costa brasileira que visem contribuir significativamente para o Programa Ciência no Mar.
Nesta segunda, 07, às 14h, a Marinha realizará a 1ª Sessão Ordinária da Comissão Técnico-Científica para o Assessoramento e Apoio das atividades de Monitoramento e a Neutralização dos Impactos decorrentes da Poluição Marinha por Óleo e outros Poluentes na Amazônia Azul, com a participação do Presidente do CNPq, Evaldo Vilela. Saiba mais.
Veja aqui o resultado final completo.
Importância litorânea para o Brasil
O recente desastre de derramamento de óleo na costa brasileira em 2019 demonstrou a importância de ações públicas embasadas no melhor conhecimento científico disponível, a fim de que as iniciativas de remediação reduzam os prejuízos para a biodiversidade e para a saúde humana. Além disso, ressaltou a necessidade de evidências científicas na proposição de medidas que busquem a prevenção a novos acidentes que possam colocar em risco a qualidade de vida da ocupação humana ao longo da costa brasileira.
Estima-se que mais de 26% da população brasileira resida na zona costeira, sendo o litoral a área protagonista no histórico processo de ocupação do território nacional. A importância litorânea pode ser expressa pelo recorte federativo brasileiro: são 17 Estados e 274 Municípios defrontantes com o mar, e 16 das 28regiões metropolitanas existentes no País. O Brasil possui diversas ilhas costeiras, inclusive abrigando capitais (São Luís, Vitória e Florianópolis), além de ilhas oceânicas que representam pontos importantes do território nacional (Fernando de Noronha, o Arquipélago de São Pedro e Trindade e Martim Vaz, e o Arquipélago de Abrolhos).
Grande parte do comércio internacional, da exploração do petróleo, da atividade pesqueira e de turismo está relacionada com o mar brasileiro. Relevante também é a riqueza da biodiversidade marinha e costeira do País, que deve ser preservada como importante ecossistema para a manutenção da vida. Além disso, o Brasil possui 26,3% de sua Zona Econômica Exclusiva protegida dentro de unidades de conservação, que devem também ser pólos-modelo para medidas de conservação e uso sustentável.
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Qui, 26 Nov 2020 17:37:00 -0300
CNPq divulga resultado preliminar da Chamada nº 25/2020
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.
Esta chamada promove a redistribuição das bolsas retidas ao final de sua vigência no período do 1 de julho a 30 de dezembro de 2020, iniciando a diretriz de realinhamento da concessão de bolsas de pós-graduação à missão precípua do CNPq. Esta iniciativa, em concepção desde 2019, prevê uma transição gradual do sistema antigo de quotas de bolsas ao novo sistema de concessão por meio de projetos institucionais de pesquisa. Tais projetos são apresentados pelos programas de pós-graduação e aglutinam de forma global o direcionamento da pesquisa nos respectivos cursos. A concessão baseia-se numa avaliação de mérito dos projetos, feita por comitês de especialistas.
O resultado preliminar garante a manutenção de bolsas encerradas no período citado, na proporção prevista no item 5 da Chamada, em programas de pós-graduação estabelecidos. Além disso, houve entrada de novos programas no sistema. Os projetos são avaliados por mérito e são aprovados a partir de disponibilidade orçamentária do CNPq.Ressalta-se que não houve nenhuma redução de bolsas no sistema do CNPq; a mesma concessão anual de cerca de R$ 400 milhões em bolsas de mestrado e doutorado está mantida. Uma segunda chamada dessa natureza será lançada brevemente, considerando as bolsas a vencer no próximo semestre.
O CNPq informa que o período de interposição de recurso administrativo ao resultado preliminar é de 25 de novembro a 4 de dezembro de 2020.
Demanda
Do total de 1.595 propostas recebidas de Cursos de Mestrado, 380 são cursos que já contam com bolsas do CNPq e que possuem bolsas vencendo entre 1° de julho a 31 de dezembro de 2020, enquadrando-se nos itens 5.3.1 e 5.4.1 da Chamada. Outras 628 propostas são de Cursos de Mestrado que contam com bolsas do CNPq, mas que vencem a partir de janeiro de 2021. Já outros 587 Cursos de Mestrado, por sua vez, não contam, na atualidade, com o apoio do CNPq em bolsas de mestrado.
Dos Cursos de Doutorado que submeteram propostas à Chamada, 277 já contam com bolsas do CNPq e possuem bolsas vencendo no período de 1° de julho a 31 de dezembro de 2020; 483 possuem bolsas vencendo a partir de janeiro de 2021, e 794 são Cursos de Doutorado que não contam com o apoio do CNPq em bolsas de doutorado.
Veja aqui o resultado preliminar.
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Seg, 06 Mai 2013 15:25:00 -0300
INCT e Museu Goeldi criam sistema para auxílio na gestão de áreas florestais
O avanço do conhecimento na Amazônia permitiu a um grupo de pesquisadores criar um sistema direcionado ao auxílio da gestão ambiental nas áreas florestais. Nomeado como Sistema de Classificação do Estágio Sucessional da Vegetação Secundária e conhecido por “Capoeira Classe”, a base de dados considera o tempo de abandono incorporando informações estritamente relevantes, como os diferentes estágios de regenerações próprias das florestas, que sofreram algum tipo de intervenção, seja pelo desmatamento da cobertura primária, degradação decorrente de atividades humanas ou distúrbios naturais significativos.
A pesquisadora Ima Vieira acredita que a iniciativa pode contribuir significativamente no avanço da regulamentação das políticas públicas relacionadas à gestão de recursos florestais ou até mesmo, aquelas voltadas às atividades realizadas no campo, que não costumam distinguir as florestas primárias das secundárias. “Nossa proposta considera não apenas os diferentes estágios de recuperação das florestas secundárias, como também as necessidades específicas e oportunidades de aproveitamento econômico”, informa Ima, coordenadora do INCT Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia.
“Contrariamente ao que é verificado na Mata Atlântica, onde para cada Estado existe uma resolução específica do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) preconizando quais características das formações secundárias devem ser avaliadas para a correta classificação do estágio sucessional em que se encontram e o que pode ser suprimido, para a Amazônia não temos qualquer mecanismo legal por parte dos governos estaduais ou federal”, explica Ima.
A elaboração do sistema é uma iniciativa do INCT Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e conta com o apoio das empresas Petrobrás Biocombustíveis e Belém Bioenergia Brasil.
Pesquisa - A vegetação secundária considera três “estágios sucessionais” - expressão técnica que se refere às fases de regeneração -, o inicial, o intermediário e o avançado. “Como, até então, não havia na literatura científica nem na legislação brasileira um modelo que detalhasse para a Amazônia os aspectos a serem considerado nas avaliações técnicas, as secretarias e órgãos de meio ambiente da região até hoje apresentam sérias dificuldades para realizar, de forma adequada e precisa, o licenciamento dessas áreas para fins de supressão, manejo e conservação”, esclarece Ima.
Com objetivo de preencher esta lacuna surgiu a proposta de instituir um sistema que classifique estágios sucessionais da vegetação secundária, consolidado após revisão dos estudos existentes e realização de trabalhos complementares de campo em três municípios paraenses. A pesquisa ocorreu através de inventários e da análise de 18 indicadores relacionados à flora e à estrutura da vegetação de diversas idades ou tempos de abandono.
“A partir dos anos 70, quando começa a intensa modificação do uso do solo na Amazônia, temos estudado a substituição das florestas primárias e secundárias por pastagens e, mais recentemente, pela silvicultura de espécies bioenergéticas, como o dendê”, contextualiza o coordenador da pesquisa Rafael Salomão, que também aponta os produtores rurais, incluindo os agricultores familiares, como os principais beneficiários do novo sistema.
“Na prática, a melhor classificação oferece mais oportunidades de aproveitamento socioeconômico e ambiental por parte dos proprietários, garantindo a oferta de produtos florestais não-madeireiros, a produção sustentável da madeira e a recomposição de passivos ambientais na região”, completa Salomão.
Índices - A Organização Internacional de Madeira Tropical (ITTO, sigla em inglês) aponta que, ainda no começo da década de 2000, as florestas secundárias já representavam mais de 35% da cobertura vegetal encontrada nos trópicos. Considerando que esse tipo de paisagem costuma ser intensamente modificada pelo homem, os fragmentos de florestas secundárias podem ser essenciais para a conservação da biodiversidade remanescente e à manutenção de serviços ambientais importantes, como a estocagem de carbono, a proteção de cursos d’ água e a garantia de aspectos do equilíbrio ambiental como temperatura e umidade.
“Além disso, com a inserção do Cadastro Ambiental Rural no texto do novo Código Florestal Brasileiro e de programas de regularização ambiental como o “Mais Ambiente” entre os instrumentos legais, a tendência é que para se adequar às normas - que exige na Amazônia a manutenção de 80% da reserva legal nas propriedades inseridas fora da área destinada à produção pelo Zoneamento Ecológico Econômico dos estados -, muitos abandonem terras anteriormente exploradas, gerando um contingente de vegetação secundária passível de ter seus recursos planejados e usados de forma racional. Ou ainda, suas funções ambientais integralmente restabelecidas”, observa Ima.
Por esse motivo, um número crescente de pesquisadores defendem que as políticas de governo e as próprias ações de produtores rurais aprimorem suas práticas e considerem a importância de manter ou permitir o desenvolvimento desse tipo de vegetação.
O pecuarista Mauro Costa, que preside o Sindicato dos Produtores Rurais de Paragominas, município localizado no Nordeste Paraense, defende que tornar mais ágeis e intensas às medidas estatais de regularização fundiária é uma forma promissora de gerar o convencimento necessário no setor sobre as questões que envolvem a recomposição florestal impostas pela lei. “O diálogo com pesquisadores e o uso de informações técnico-científicas também são essenciais no desenvolvimento de modelos mais sustentáveis no campo”, acredita.
“Considero importantíssima esta iniciativa. O que acontece conosco na atividade pecuária é um desconhecimento muito grande. Poderíamos dar mais valor à reserva se soubéssemos o valor que ela tem e como fazer para minimizar os impactos da atividade”, diz. “Toda atividade gera algum tipo de impacto. Através do conhecimento das pesquisas temos condições de diminuir essa defasagem”, completa.
Coordenação de Comunicação Social
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Sex, 03 Mai 2013 18:24:00 -0300
Prorrogado prazo de inscrição para bolsas de pós-graduação na Holanda
As inscrições para bolsas de pós-graduação no Instituto de Educação para as Águas (Unesco-IHE), sediado na cidade de Delft, na Holanda, foram prorrogadas até o dia 3 de junho. As propostas para a chamada pública devem ser enviadas pela Plataforma Carlos Chagas, no site do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Os contemplados receberão bolsas de estudo pelo Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) para concorrer a vagas nas modalidades doutorado sanduíche (SWE), doutorado pleno (GDE) e pós-doutorado (PDE). As bolsas serão implementadas a partir de agosto deste ano e deverão ter sua vigência compreendida até abril de 2017, já considerando eventuais prorrogações.
Após retorno ao Brasil, a Fundação Centro Internacional de Educação, Capacitação e Pesquisa Aplicada em Águas (Unesco-HidroEX) concederá estágios aos bolsistas selecionados pelo mesmo período em que estiveram envolvidos com projetos no exterior. Para consolidar e viabilizar o programa de estágios, a Unesco-HidroEX firmou parcerias com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e instituições que compõem o Condomínio Temático em Águas, localizado em Frutal (MG).
Entre as linhas temáticas abrangidas pela chamada, estão: Gestão de Recursos Hídricos e Governança, Prevenção e Controle da Poluição Aquática, Segurança Hídrica, Integridade ambiental, Águas Urbanas, Hidroinformática, entre outras.
O acordo foi firmado entre o CNPq e a HidroEX no dia dia 22 de março, em comemoração ao Dia Mundial da Água. Para mais informações, acesse a Chamada de Projetos MCT/CNPq/UNESCO/HidroEX nº 10/2013.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Sex, 03 Mai 2013 14:12:00 -0300
Pesquisa aponta evolução do vírus da dengue com maior potencial de risco
Com objetivo de mapear a diversidade filogenética e filogeográfica do vírus, ou seja, o caminho histórico evolutivo do sorotipo 2 do vírus da dengue (DENV-2), trilhado em diferentes regiões do Brasil, pesquisadores realizaram o sequenciamento completo de 12 amostras de pacientes atendidos em São José do Rio Preto (SP), durante a epidemia de 2008. Os dados foram comparados com amostras de bancos de dados genéticos da dengue do Brasil e do mundo.
O trabalho foi coordenado por Mauricio Lacerda Nogueira, do Laboratório de Pesquisas em Virologia da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), realizado em parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, com financiamento do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) em Dengue, FAPESP e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e apoio da Secretaria de Saúde de São José do Rio Preto.
A pesquisa publicada na revista PLoS One foi concentrada no DENV-2, uma das quatro espécies transmitidas ao homem pelo mosquito Aedes aegypti . Os resultados revelaram a circulação simultânea de diferentes linhagens de DENV-2 no país, o que pode estar associado ao número elevado de surtos epidêmicos e de manifestações graves da doença quando comparado aos outros três sorotipos da dengue. A existência da maior variabilidade genética entre o DENV-2 também pode estar atrelada como causa do insucesso em testes com vacinas.
“Fizemos um estudo semelhante com o DENV-1, publicado em 2012 na revista Archives of Virology, no qual mostramos que, quando uma nova linhagem do vírus emergia, a anterior desaparecia completamente. Mas no caso do DENV-2, existem períodos em que há dois clados diferentes circulando ao mesmo tempo no país, o que torna esse vírus mais perigoso. A maior variabilidade genética favorece epidemias”, explica Nogueira.
O pesquisador afirma que o DENV-2 é, há pelo menos dez anos, uma presença constante no interior de São Paulo, enquanto os demais sorotipos causam epidemias em anos específicos e desaparecem por longos períodos. “Ao analisar os dados do Ministério da Saúde é possível detectar dengue do tipo 2 todos os anos no Brasil e em diferentes regiões”, disse.
Mapeamento - O pesquisador explica que existem seis diferentes genótipos do DENV-2. O Americano/Asiático, que teria migrado do Vietnã via Cuba, predomina hoje em todo continente americano. As três diferentes linhagens de DENV-2 analisadas no estudo foram chamadas pelos pesquisadores de BR1, BR2 e BR3. Diferem geneticamente entre si por 37 alterações de aminoácidos. Essas variações, segundo Nogueira, são oriundas da região do genoma do vírus que mais interage com o sistema imunológico humano.
“Dentro de cada uma das quatro espécies de vírus causadoras da dengue existem diferentes genótipos. Dentro de cada genótipo ainda há variações genéticas que chamamos de clados ou linhagens. Nossos dados mostram que três diferentes linhagens de DENV-2 entraram no Brasil nos últimos 30 anos e todas elas pertencem ao genótipo Americano/Asiático”, disse Nogueira.
Os resultados divulgados na PLos One indicam que a primeira introdução do genótipo Americano/Asiático teria ocorrido entre 1988 e 1989, possivelmente no Rio de Janeiro. Essa linhagem, batizada de BR1, teria circulado continuamente em diferentes regiões do país por pelo menos 14 anos.
Entre 1998 e 2000 teria ocorrido a introdução da linhagem BR2, mais restrita à região Nordeste do país. Paralelamente, em 1999, o BR3 teria aparecido no Sudeste e, em 2001, na região Norte, causando grandes epidemias no Rio de Janeiro e em São Paulo entre 2007 e 2008, superando as outras duas linhagens em termos de número de casos e de manifestações graves.
Nogueira lembra que há alguns anos, o consenso entre especialistas era de que uma vez afetado por um sorotipo da dengue, o indivíduo ficaria imune àquela espécie do vírus, mesmo sendo infectado por diferentes genótipos e linhagens. Mas estudos recentes têm levantado novos questionamentos entre os cientistas.
Novos estudos - Em artigo publicado na The Lancet em 2012, pesquisadores do laboratório Sanofi Pasteur reportaram o sucesso apenas parcial, da vacina tetravalente contra a dengue testada em 4 mil crianças com idades entre 4 e 11 anos na Tailândia. Entre os sorotipos DENV-1, DENV-3 e DENV-4, a taxa de eficiência ficou entre 60% e 90%. Já o sorotipo DENV-2 resistiu praticamente a todos os efeitos da vacina. Uma das razões apontadas no estudo seria a diferença entre os clados circulantes na população da Tailândia e os utilizados para produzir o imunizante.
Outros testes com a vacina da Sanofi estão em andamento em dez países da Ásia e da América Latina, entre eles o Brasil, com 31 mil crianças e adolescentes. “Não sabemos se os resultados brasileiros serão parecidos com os da Tailândia. Pode ser, por exemplo, que aqui a vacina funcione contra o DENV-2 e não funcione contra o DENV-4. Precisamos de mais estudos para entender a evolução dos quatro sorotipos, as variações de linhagem e o quanto isso importa em termos de resposta imune, do número de casos e da gravidade da doença”, afirmou Nogueira.
Para o pesquisador, no entanto, o mais provável é que os resultados apontem para a necessidade de desenvolver vacinas específicas para cada país e, possivelmente, até para cada região. “Temos de conhecer exatamente qual tipo de vírus está circulando em um local para saber o tipo de vacina que precisamos. Assim como não é possível fazer uma vacina genérica contra a gripe, talvez tenhamos que fazer vacinas diferentes contra a dengue. Mas precisamos de mais dados dos ensaios em andamento para saber ao certo”, ponderou.
Epidemia - Nogueira também coordena, com apoio da FAPESP e da prefeitura de São José do Rio Preto, um projeto de vigilância em tempo real da dengue para acompanhar o que ocorre no município, que atualmente enfrenta uma forte epidemia. “Já foram registrados mais de oito mil casos somente em 2013 e nossos dados indicam que mais de 90% correspondem ao DENV-4, que aparentemente é menos agressivo. O número de casos graves não está sendo grande”, contou.
Entre 2009 e 2010, a região enfrentou uma epidemia de DENV-1 com mais de 20 mil casos. “Com epidemias tão próximas causadas por diferentes vírus e a presença constante do DENV-2, o risco da população sofrer infecções repetidas aumenta, o que eleva também o risco de manifestações graves”, alertou o pesquisador.
O artigo Circulation of Different Lineages of Dengue Virus 2, Genotype American/Asian in Brazil: Dynamics and Molecular and Phylogenetic Characterization (doi: 10.1371/journal.pone.0059422) pode ser lido em www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0059422
Coordenação de Comunicação Social
(Com informações da Agência Fapesp)
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Sex, 03 Mai 2013 11:00:00 -0300
Chamada CNPq e TWAS oferece bolsas para formação de estrangeiros no Brasil
A partir desta quinta-feira (2), osjovens pesquisadores estrangeiros provenientes de países em desenvolvimento, interessados em cursar parte de sua formação no Brasil podem efetuar inscrições na Chamada Pública 03/2013. As modalidades beneficiadas e o número de bolsas disponíveis são: Doutorado Sanduíche (30), Doutorado Pleno (20) e Pós-Doutorado (10).
As áreas de interesse que terão propostas aprovadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Academia para o Mundo em Desenvolvimento (TWAS, sigla em inglês) serão Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, Medicina & Ciências da Saúde, Química, Engenharias, Matemática & Probabilidade e Estatística, Ciência da Computação, Física, Astronomia & Geociências e Oceanografia.
No geral, a academia financiará despesas como custeio de passagens e auxílios com visto e instalação. Já o CNPq será responsável pela mensalidade. Há ainda outros instrumentos inclusos, mas o candidato deve ficar atento às especificidades dos recursos financeiros e itens pagos para cada modalidade.
O idioma de ensino dos cursos no Brasil é o Português, mas existe a possibilidade de que instituições de pesquisa exijam determinado nível de proficiência em outros idiomas para permitir a continuidade do curso. Para os candidatos aprovados nas modalidades doutorado pleno e doutorado sanduíche, a introdução ao curso deve ser planejada para o início dos semestres acadêmicos nas instituições brasileiras.
Doutorado Pleno– A bolsa é destinada aos pesquisadores que não possuem diploma
de doutorado e desejam cursar um programa de pós-graduação brasileiro avaliado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) como nota 5, 6 ou 7. A duração máxima desta bolsa é de 48 meses.
Doutorado Sanduíche– Esta bolsa é destinada àqueles pesquisadores que já estão matriculados em um curso de doutorado no país de origem há um ano e desejam obter experiência internacional em um programa de pós-graduação brasileiro avaliado pela CAPES como 5, 6 ou 7. O período de duração da bolsa varia entre 6 a 12 meses.
Pós-Doutorado– A bolsa é destinada aos pesquisadores estabelecidos e empregados no país de origem, que desejem realizar pesquisa em um programa de pós-graduação brasileiro avaliado pela CAPES como 5, 6 ou 7. O período de duração desta bolsa também é de 6 a 12 meses.
Mais informações na página da Chamada CNPq-TWAS.
Coordenação de Comunicação Social
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Qui, 02 Mai 2013 10:27:00 -0300
Porto Alegre sedia 6º encontro preparatório do Fórum Mundial de Ciência
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em conjunto com a Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (SCIT) do Rio Grande do Sul, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), está organizando o 6º Encontro Preparatório para o Fórum Mundial de Ciência 2013.
Com o tema Clima, Saúde e Alimentos: Desafios da Ciência na América do Sul, o evento ocorre nos dias 13 e 14 de maio, em Porto Alegre, na sala 2 do salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Os debates terão como foco o papel da ciência, tecnologia e inovação nas questões relacionadas ao clima e ao manejo sustentável dos biomas, as contribuições científicas e tecnológicas sobre a questão e sua relação com a perspectiva do desenvolvimento sustentável.
A programação contempla palestras com representantes de universidades, instituições de pesquisa e órgãos governamentais que atuam na área de ciência, inovação e tecnologia, clima, produção agrícola, saúde, educação, dentre outras. Temas como mudanças climáticas e inovação para a produção de grãos; neurociência, novas tecnologias e seus limites; e desafios na cooperação da América Latina fazem parte das discussões.
Para acessar a programação, clique aqui.
O encontro de Porto Alegre é o penúltimo antes da realização do fórum internacional. Nos dias 15 e 16 de abril, Recife recebeu o 5º encontro preparatório. O último será realizado em Brasília, no mês de junho, em data a ser definida.
O Fórum Mundial de Ciência será realizado nos dias 25 e 26 de novembro, no Rio de Janeiro. Esta é a primeira vez que um país fora da Europa irá sediar o encontro, que tradicionalmente acontece em Budapeste.
Histórico - O MCTI, em colaboração com as principais instituições científicas e tecnológicas brasileiras e governos da América Latina e Caribe, iniciou em 2009 um conjunto de ações com vistas à elaboração de uma estratégia regional do setor de CT&I para as próximas décadas.
O principal resultado foi a formalização de uma Declaração Regional sobre o tema, cujo eixo principal é o estabelecimento de um plano estratégico regional orientado à resolução de problemas comuns que afetam esses países e à necessidade de introdução da temática da inclusão social nas políticas nacionais de CT&I.
Essa iniciativa resultou na indicação da cidade do Rio de Janeiro para sediar a edição 2013 do Fórum Mundial de Ciência, que terá como tema central "Ciência para o desenvolvimento global".
Ao final de 2011, com a participação de um conjunto de agentes que compõem o sistema nacional de CT&I, foi criada a Comissão Executiva Nacional do Fórum Mundial de Ciência 2013, formada por representantes de 12 entidades do setor, que tem como missão a preparação, programação temática e coordenação institucional do Fórum Mundial a ser realizado em novembro de 2013. São elas: MCTI, Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministério da Educação – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Conselho Nacional Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI), Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE/MCTI), Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Conselho Nacional de Secretários para Assuntos Estaduais de CT&I (Consecti), Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), Academia Brasileira de Ciências (ABC) e escritório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil.
Pela importância do Fórum Mundial de Ciência, as entidades decidiram realizar sete encontros preparatórios ao evento internacional em diferentes capitais brasileiras. Durante os eventos, ocorre o debate de temas relacionados aos principais desafios da ciência no século XXI, no contexto nacional e internacional. Quatro temas transversais são comuns a todos os encontros: "Educação em ciência"; "Difusão e acesso ao conhecimento e interesse social"; "Ética na ciência"; e "Ciência para o desenvolvimento sustentável e inclusivo".
Texto: Ascom do MCTI, com informações da Ascom da SCIT
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Qui, 02 Mai 2013 10:22:00 -0300
Presidente do CNPq destaca papel dos institutos na busca pela inovação
“Para consolidar o processo de inovação é fundamental entender o papel e a missão dos institutos de Ciência e Tecnologia [ICTs]”, afirmou o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), na terça-feira (30), em palestra no Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTI), no Rio de Janeiro.
“Os institutos são fundamentais para traduzir as pesquisas para novos processos, produtos e serviços, que serão consolidados, efetivamente, pelo setor privado”, disse. Ele demonstrou que o CNPq está cada vez mais afinado com o objetivo da inovação, atento às necessidades de interação entre universidade, ICTs e empresas.
“Cabe aos ICTs buscar as fronteiras da pesquisa tecnológica e oferecer mais do que serviços, pois, ao contrário desses, as pesquisas de ponta são algo que as empresas não vão conseguir fazer sozinhas”, defendeu.
O presidente da agência de fomento destacou o histórico do INT na promoção do desenvolvimento tecnológico do país e a pró-atividade do instituto em sua resposta à sociedade como um dos órgãos executores do atendimento piloto da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Segundo avaliou, “o instituto deve assumir cada vez mais, como órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o protagonismo em questões ligadas à inovação”.
Glaucius Oliva mostrou também à plateia, formada por pesquisadores do INT, as novidades da Plataforma Lattes, que agora tem abas onde se podem registrar informações sobre inovação, patentes e registros, além de popularização da ciência e tecnologia. Os novos indicadores, que contam com mecanismos de validação por empresas e órgãos de propriedade intelectual, atendem a antigas demandas dos pesquisadores envolvidos com projetos de desenvolvimento tecnológico e inovação, além dos divulgadores da ciência.
Novo código - Outro ponto abordado pelo palestrante é o Projeto de Lei 2177/2011, que institui o Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. A proposta tramita no Congresso Nacional visando regulamentar investimentos para instituições públicas e privadas que atuam na área. Poderá simplificar a legislação e agilizar processos que visam ao desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil, adequando inclusive o cumprimento da Lei de Licitações (8.666/1993) às necessidades de contratação de serviços dos ICTs.
O diretor do INT, Domingos Naveiro, que integra o Conselho Deliberativo do CNPq, mostrou-se satisfeito com os novos direcionamentos e percepções do órgão em relação ao processo de inovação. “É uma honra participar do conselho e dessas mudanças”, disse.
Texto: Ascom do INT
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Ter, 30 Abr 2013 17:28:00 -0300
Prova do Programa Jovens Talentos para a Ciência acontece neste domingo
A prova de conhecimentos gerais do programa de incentivo à iniciação científica Jovens Talentos para a Ciência acontece neste domingo (5). O local de prova deve ser acessado no link à direita do formulário de inscrição, conforme indicado na imagem abaixo.
A iniciativa é destinada a estudantes de graduação de todas as áreas do conhecimento e tem o objetivo de inserir precocemente os estudantes no meio científico. Os aprovados receberão bolsa no valor de R$ 400,00 pelo período de 12 meses.
No dia de realização do processo seletivo, os portões de acesso aos locais de provas serão abertos às 12h00min e fechados às 13h00min, de acordo com o horário oficial de Brasília. A prova de conhecimentos gerais possui uma pontuação mínima de 60 pontos. O resultado será divulgado no dia 5 de julho.
Programa- O programa de incentivo à iniciação científica Jovens Talentos para a Ciência é destinado a graduandos de todas as áreas do conhecimento e tem o objetivo de inserir os estudantes no meio científico. Os estudantes recém-ingressos em universidades federais e institutos federais de educação são inscritos pela instituição de ensino superior. Os alunos são selecionados por universidade, mediante prova de conhecimentos gerais.
Acesse o documento de orientações aos participantes.
Consulte o local de prova.Coordenação de Comunicação Social
(Com informações da Capes/MEC)
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Ter, 30 Abr 2013 15:46:00 -0300
Evento reúne especialistas em doenças cardiovasculares nesta quinta-feira (2)
INCT Nanobiofar promoverá debate sobre novas possibilidades de prevenção e tratamento;
Entre os dias 2 e 5 de maio, a cidade de Belo Horizonte sediará o IX Simpósio Internacional em Peptídeos Vasoativos, direcionado aos profissionais da área da saúde. O evento visa apresentar tópicos associados, principalmente, à ação de peptídeos na prevenção e no tratamento de doenças cardíacas e metabólicas, além de abordar mecanismos moleculares relacionados.
Íntegra a programação, a apresentação de painéis com cerca de 40 palestrantes de dez países diferentes. Os painéis fomentam a troca de informações e o debate sobre pesquisas referentes ao funcionamento do sistema renina-angiotensina, o mais importante regulador hormonal do sistema cardiovascular que atua nos rins, no coração e na corrente sanguínea.
O evento é organizado pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanobiofarmacêutica (INCT Nanobiofar), em parceria com o Laboratório de Hipertensão do Departamento de Fisiologia e Biofísica e o Programa de Pós-graduação em Fisiologia e Farmacologia, ambos vinculados ao Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O simpósio será realizado no Ouro Minas Palace Hotel, localizado na capital mineira. Acesse a programação preliminar, a relação dos palestrantes e informações adicionais no site www.vasoactivepeptides2013.com
Nova descoberta - Durante o evento será apresentada uma nova descoberta baseada nos projetos de pesquisa da equipe do INCT Nanobiofar. A identificação de um componente inédito no sistema renina-angiotensina. O peptídeo alamandina produz vasodilatação e outros efeitos cardioprotetores semelhantes aos produzidos pela angiotensina-(1-7), porém via um novo receptor – proteína presente na membrana das células à qual o peptídeo se conecta, desencadeando uma série de reações no interior da célula –, o MrgD.
A descoberta é fruto de estudos iniciados em 2008 e conta com resultados promissores nos testes preliminares, demonstrando a função anti-hipertensiva e antifibrótica do peptídeo. “O próximo passo é a realização de ensaios clínicos para avaliar os efeitos da fórmula em humanos. Caso a eficácia da substância seja comprovada, a expectativa é que as propriedades terapêuticas da alamandina possam ser somadas às da angiotensina-(1-7), potencializando o tratamento de doenças como diabetes e hipertensão”, explica o professor da UFMG e coordenador do INCT Nanobiofar, Robson Santos.
Um dos próximos passos previsto pela equipe de pesquisa é a submissão do protocolo de testes para aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), vinculada ao Ministério da Saúde (MS), do Comitê de Ética em Pesquisa (Coep), da universidade e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os resultados já foram publicados na revista Circulation Research. Leia artigo aqui.
Serviço:
IX International Symposium on Vasoactive Peptides
Data: 2 a 5 de maio
Local do evento: Ouro Minas Palace Hotel – Belo Horizonte
Inscrições e informações pelo site www.vasoactivepeptides2013.com
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Seg, 29 Abr 2013 20:17:00 -0300
Comitê debate modelos de avaliação e novo edital para INCTs
Nesta segunda-feira (29), o Comitê de Coordenação do Programa INCT realizou sua oitava reunião na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), em Brasília. Entre os principais temas em debate estiveram os modelos de avaliação dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), o formato do seminário destinado a apresentação de resultados, os critérios preliminares para o possível lançamento de um novo edital para composição de novos INCTs e a apresentação de resultados apurados pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE/MCTI).
Segundo o presidente do comitê e secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antonio Elias, a definição sobre os procedimentos de avaliação no mês de julho devem ser pautadas pela perspectiva de abrangência dos trabalhos já iniciados nos institutos, considerando sua consolidação e os novos instrumentos disponíveis. “O momento é decisivo para a continuidade adequada do programa. Hoje, além das parcerias já estabelecidas pelos próprios INCTs, temos o Programa Inova Empresa e a possibilidade de uma articulação sistêmica se envolvermos uma entidade de representação do setor privado no âmbito nacional ou regional”.
Elias ainda destacou que após a aprovação e liberação do orçamento do governo federal destinado aos órgãos do executivo para 2013, que deverá ser concluído nos próximos dias, serão dois os programas com prioridade no repasse: os INCTs e as subvenções econômicas ligadas ao MCTI.
Em paralelo, o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, sinalizou durante a reunião que apenas as Fundações de Amparo à Pesquisa dos estados da união já se comprometeram até o momento em investir cerca de R$ 250 milhões no programa, caso seja renovado. “Um programa como esse necessita de uma avaliação conclusiva sobre o potencial de abrangência desta iniciativa. Para isso devemos nos cercar de todos os instrumentos disponíveis para a continuidade, e quem sabe, sua ampliação”.
Nenhum modelo de avaliação foi ratificado pelo comitê até o momento. A única questão já definida é que o seminário será utilizado como parte desta conclusão sobre os resultados alcançados pelos institutos nos cinco anos de vigência dos contratos com o CNPq, parte deles iniciados em dezembro de 2008.
O seminário dos INCTs será realizado entre os dias 01 e 04 de julho deste ano, em local ainda a ser confirmado. A proposta inicial sobre a formatação do evento inclui espaços para exposição dos resultados e simpósios divididos por grupos temáticos. Foi mencionada a participação de consultores indicados pelos mentores do programa e empresários, que participariam da avaliação dos INCTs.
O diretor de Cooperação Institucional do CNPq, Manoel Barral, destacou que os estandes dos INCTs devem ser padronizados no evento deste ano e há a possibilidade da entrega de uma premiação durante a cerimônia de abertura. “Esta padronização seria interessante para igualarmos o espaço destinado aos institutos e a possibilidade de que todos tenham as mesmas condições para apresentar seus trabalhos. Assim ficariam preocupados apenas em expor seus conteúdos e resultados para a sociedade”, disse. “Estamos avaliando ainda a possibilidade de entregarmos o Prêmio Almirante Álvaro Alberto neste evento”, finalizou.
Resultados – Ao final da reunião, o CGEE apresentou indicadores obtidos junto aos INCTs e que servem de parâmetro para a possível continuidade do programa. Segundo avaliação, os principais objetivos do programa pontuados pelos próprios institutos são: avanço do conhecimento; formação de redes de trabalho em conjunto; transferência de conhecimento para a sociedade, avanço da competência e internacionalização.
Outro fator importante detectado pelo levantamento do CGEE é que 69 INCTs efetivaram parcerias até o momento em modalidades como pesquisa, desenvolvimento de produtos e processos, transferência de conhecimento, apoio financeiro e capacitação. No total, 256 empresas oficializaram parcerias com esses institutos. As áreas mais beneficiadas com esta interação foram: nanotecnologia (67), exatas (43), energia (42), saúde (36) e engenharias e TICs (21).
Coordenação de Comunicação Social
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Seg, 29 Abr 2013 14:26:00 -0300
INCT Inofar é tema de matéria no Globo Universidade
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Fármacos e Medicamentos (Inofar) e sua proposta central de produzir inovação radical através de projetos de pesquisas destinados à descoberta de novos fármacos foi tema de matéria no Programa Globo Universidade, da Rede Globo de Televisão, apresentada no último dia 20 de abril.
No primeiro bloco, apresentadora e repórter abordam quais são as funções dos remédios, apresentam especificidades da produção brasileira, que até pouco tempo só possuía capacidade de produzir incrementos nas fórmulas originais, e fala sobre o início da produção de princípios ativos dos medicamentos no país. Em síntese, as diferenças entre inovação radical e incremental são abordadas durante entrevista com o coordenador do INCT, Eliezer Barreiro.
A matéria informa que o responsável pelos projetos de pesquisa é o Inofar, localizado no Centro de Ciência da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e consolidado no Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas (Lassbio). A repórter explica que o INCT é formado por uma rede de quase uma centena de pesquisadores distribuídos por 34 grupos espalhados pelo país. Ela ressalta que a rede possui um objetivo central, “inovar para curar doenças”.
Roberto Takashi, professor da UFRJ, recomenda aos estudantes interessados na produção de novos fármacos quais são os cursos de graduação voltados para a área. Beatriz Junqueira, aluna da UFRJ, que desenvolve uma etapa das pesquisas no instituto, e Patrícia Silva, pesquisadora da Fiocruz, dão depoimento sobre seu envolvimento nos projetos, e explicações sobre a doença Silicose e o trabalho em parceria com o INCT, respectivamente.
INCT Inofar - O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fármacos e Medicamentos (INCT-Inofar), tem como metas principais articular, organizadamente, as competências nacionais existentes e situadas nos diferentes estágios desta intrincada cadeia de inovação. O Inofar pretende avançar na cadeia de inovação em fármacos e medicamentos.
No âmbito deste INCT também são estudados outros compostos promissores descobertos nas áreas do sistema cardiovascular (SCV), sistema nervoso central (SNC), da quimioterapia de doenças negligenciadas, da inflamação e da dor, logrando-se a identificação de protótipos cardioativos, antipsicóticos, leishmanicidas, antiinflamatórios e analgésicos não opióides, visando atingir a fase pré-clínica.
Site do INCT Inofar: www.inct-inofar.ccs.ufrj.br/
Assista o Programa Globo Universidade – Fármacos.
Coordenação de Comunicação Social