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Qui, 08 Out 2020 10:11:00 -0300
Brasil tem resultado histórico na Olimpíada Internacional de Matemática
A equipe brasileira liderada por Carlos Gustavo Moreira, bolsista PQ 1A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) conquistou uma medalha de ouro e cinco de prata. O time fez 165 pontos e conquistou o 10º lugar entre os 105 países participantes.A equipe brasileira alcançou a melhor colocação da história do país na Olimpíada Internacional de Matemática (IMO, na sigla inglês). Liderados pelo bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Carlos Gustavo Moreira, e por Matheus Secco (Academia de Ciências Tcheca), o time nacional conquistou uma medalha de ouro e cinco de prata, fez 165 pontos e conquistou o 10º lugar entre os 105 países participantes.
Os resultados da competição, que foi realizada em um novo formato por causa da Covid-19, foram anunciados no domingo, 27 de setembro. A cerimônia de encerramento foi realizada por vídeo, na segunda-feira, 28 de setembro.
O ouro brasileiro foi conquistado por Pedro Gomes Cabral, de Fortaleza (CE). Bernardo Peruzzo Trevizan, de São Paulo (SP); Guilherme Zeus Dantas e Moura, de Maricá (RJ); Francisco Moreira Machado Neto, de Fortaleza (CE); Gabriel Ribeiro Paiva, de Fortaleza (CE); e Pablo Andrade Carvalho Barros, de Teresina (PI), conquistaram a prata.
Equipe brasileira durante cerimônia de apresentação da Olimpíada Internacional de Matemática 2020. Foto: Divulgação/IMPA
"Fiquei me sentindo bastante feliz. Foi uma ótima recompensa por todo o esforço que eu coloquei nessa minha preparação nos últimos cinco anos. A dedicação contínua, as aulas preparatórias do meu colégio e os treinamentos proporcionados pela OBM (Olimpíada Brasileira de Matemática) me ajudaram muito", comemora Pedro Cabral.
Os estudantes medalhistas da 41ª Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) passaram por três testes seletivos e um intenso treinamento. "Estamos muito contentes com o resultado brasileiro, que foi bastante homogêneo - todos os alunos foram muito bem. Isso mostra o vigor e a solidez do nosso programa de Olimpíadas, formado a partir da OBM, que tem mais de 40 anos de tradição e conta com uma equipe de voluntários de excelente nível", pontuou Carlos Gustavo.
Para Matheus, a conquista é resultado de um trabalho sério de preparação de alunos, que vem sendo executado desde a década de 90. "Já perseguíamos o top 10 há bastante tempo. Este ano, tivemos a coroação deste trabalho. Tivemos uma equipe muito competitiva, os testes de seleção foram acirrados e tínhamos boas expectativas."
A 61ª IMO aconteceria em São Petersburgo, na Rússia, mas precisou ser adaptada para um novo formato por conta da pandemia. As provas foram realizadas em 21 e 22 de setembro em centros de aplicação de cada país selecionados pelo conselho consultivo da IMO. No Brasil, os exames foram aplicados na Universidade Federal do Ceará (UFC) e no IMPA. Para proporcionar integração entre estudantes e matemáticos, prejudicada pela ausência de uma sede da competição, a edição deste ano contou uma série de atividades virtuais pelas redes sociais.
Realizada desde 1959, a IMO é destinada a estudantes do Ensino Médio com idades entre 14 e 19 anos e que não tenham ingressado na universidade. Cada time é composto por uma equipe de até seis estudantes. Com 142 medalhas, o Brasil é o país latino-americano com maior número de premiações na competição.
Com informações do IMPA
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Sex, 02 Out 2020 17:58:00 -0300
MNCTI: Ministro Marcos Pontes entrevista Presidente do CNPq
Dentro da programação do Mês Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovações (MNCTI), o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Evaldo Vilela, concedeu nesta sexta-feira (4) uma entrevista especial ao ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, sobre a história da entidade, atuação e perspectivas para o futuro.Dentro da programação do Mês Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovações (MNCTI), o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Evaldo Vilela, concedeu nesta sexta-feira (4) uma entrevista especial ao ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, sobre a história da entidade, atuação e perspectivas para o futuro.
Vilela falou ressaltou o trabalho da agência no financiamento da pesquisa no país e a alta produção científica brasileira em comparação com o mundo. "O CNPq vem contribuindo há muito tempo para que jovens pesquisadores tenham sucesso em suas carreiras e que o Brasil pudesse alcançar o 20º lugar em produção científica no mundo. Nós produzimos mais conhecimento científico que muitos países europeus. Temos uma ciência muito valiosa. O CNPq é aquela instituição que lida diretamente com o projeto do pesquisador, avaliando a proposta, trabalhando para que ela tenha mérito, tenha resultados", disse.
O presidente do CNPq também falou sobre a necessidade de investimentos em ciência e tecnologia no país. "Claro que a ciência precisa de mais dinheiro, mas temos que reconhecer o trabalho do MCTI em buscar esses recursos. O que se desenha hoje é um CNPq ainda forte. Só pra ter ideia, nós estamos com editais, chamadas em andamento, com mais de R$ 400 milhões alocados para financiarmos bolsas e projetos de pesquisa. O CNPq tem tido dinheiro para minimamente atender à comunidade. Precisamos de mais e vamos obter na medida em que entregamos resultados à sociedade", disse.
O ministro Marcos Pontes falou sobre a importância do MNCTI e para que os espectadores acessem e compartilhem o conteúdo produzido durante o Mês. "Nós teremos durante o mês entrevistas com todos os representantes, diretores, presidentes das organizações vinculadas ao ministério. É importante as pessoas conhecerem. Acompanhe a programação, o site do ministério, as redes sociais. Tem muita coisa bacana para acontecer", incentivou.
Mês Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovações
O MNCTI foi instituído pelo decreto nº 10.497/2020, que atribui a coordenação do evento ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Ao longo de outubro, o canal do YouTube do MCTI traz centenas de horas de conteúdo online para mobilizar e levar a ciência, tecnologia e inovações mais perto do dia a dia da população.
A cada dia, uma organização vinculada ao MCTI leva ao ar uma série de palestras, oficinas e conteúdos que podem ser acompanhados em www.youtube.com/ascommcti.
Confira também a programação completa do Mês em www.snct.mcti.gov.br.Por: MCTI
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Qui, 01 Out 2020 11:49:00 -0300
Palestras e atividades lúdicas marcam participação do CNPq no Mês da CT&I
Outubro é, oficialmente, o Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações. A celebração foi instituída por Decreto Presidencial do dia 28 de setembro e será lançada pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcos Pontes, nesta sexta-feira, 2, em evento na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), em Brasília, às 9h.Outubro é, oficialmente, o Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações. A celebração foi instituída por Decreto Presidencial do dia 28 de setembro e será lançada pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcos Pontes, nesta sexta-feira, 2, em evento na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), em Brasília, às 9h.
O objetivo dessa iniciativa é promover ações que mobilizem a população em torno do tema, valorizando a criatividade, o desenvolvimento científico e a inovação e, ainda, que contribua para a divulgação dos importantes resultados da pesquisa científico-tecnológica para a melhoria da qualidade de vida da sociedade.
Na ocasião, será realizada, também, a entrega simbólica, pelo Presidente do CNPq, Evaldo Vilela, do Prêmio José Reis de Divulgação Cientifica e Tecnológica ao jornalista Carlos Fioravanti. O prêmio é um reconhecimento do CNPq a jornalistas, pesquisadores, escritores e instituições que contribuam significativamente para a divulgação da ciência brasileira.
O evento terá transmissão ao vivo pelo canal do MCTI no Youtube e marca o início das atividades do CNPq no âmbito dessa celebração nacional. Cada instituição vinculada ao MCTI terá um dia inteiro de palestras virtuais, debates, workshops, eventos didáticos e apresentações voltadas para os mais diversos públicos com intuito de contribuir para a popularização da ciência no país.
Pelo CNPq, além da entrega do Prêmio José Reis, serão realizadas diversas palestras com pesquisadores renomados, bolsistas da agência, entrevista com o Presidente do CNPq, Evaldo Vilela, e uma atividade voltada para o público infanto-juvenil. Todas as atividades acontecem ao longo da sexta-feira. Confira, abaixo, a programação completa.
CNPq NO MÊS NACIONAL DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÕES
Dia: 2 de outubro de 2020
9h às 9h50
Lançamento do Mês Nacional da Ciência e Tecnologia e entrega do Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica 2020
O vencedor desta edição do Prêmio José Reis é o jornalista Carlos Fioravanti, da Revista FAPESP
10h às 10h50
Tema: Iniciação Científica: a Eterna Fronteira da Ciência
Palestrante: Prof. Hercílio Martelli Júnior, Bolsista PQ do CNPq, é Professor Titular de Diagnóstico Bucal do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Professor Visitante do Centro Pró-Sorriso, Membro da Câmara de Ciências da Saúde da Fundação Estadual de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG). Presidiu, entre 2007-2010, o Comitê Institucional de Iniciação Científica - PIBIC-CNPq, da Unimontes e o Comitê do PIBIC-CNPq - Ações Afirmativas - de Iniciação Científica.
11h às 11h50
"Projeto Ciência e Cultura, vamos brincar?
Uma produção do WASH, do Movimento Nós Somos a Ciência e da Cia. Cultural Bola de Meia "Aprender, brincando e brincar, aprendendo". O Projeto Ciência e Cultura, vamos brincar? foi lançado em agosto, no canal do Programa WASH, no Youtube. O WASH é um Programa de letramento digital para divulgação e disseminação da Ciência nas escolas públicas, vinculado ao CNPq. A programação do Ciência e Cultura é focada em aprendizados, divulgação e popularização da ciência e da cultura da infância; e os conteúdos, também, são pensados para atender pais e responsáveis, além dos educadores; enfim, toda a comunidade. O Projeto Ciência e Cultura é uma produção de três parceiros: o Programa WASH, o Movimento Nós Somos a Ciência que, através de entrevistas com os principais cientistas e personalidades do país, promove a comunicação científica, aproximando a ciência da sociedade, com linguagem simples; e a Cia Cultural Bola de Meia, Ponto, Pontinho e Pontão de Cultura da Cultura da Infância, Tradicional e da Educação, que já conquistou o Prêmio Escola Viva pelo Ministério da Cultura. Vídeo com legendas e tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
12h às 12h50
Tema: Inteligência Artificial, fomento à ciência e tecnologia
Palestrante: Prof. Luís da Cunha Lamb, Bolsista PQ do CNPq, é Professor Titular do Departamento de Informática Teórica da UFRGS e Secretário de Estado de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul. PhD em Ciência da Computação pelo Imperial College London, tem experiência nas áreas de Ciência da Computação, Inteligência Artificial (I.A.) e Lógica, atuando principalmente em temas relacionados a Machine Learning, Computação Neuro-simbólica, Lógicas em IA, Computação Neural, Computação Social, Teoria da Computação,e Engenharia de Software.
15h às 15h50
Tema: Da universidade empreendedora à inovação tecnológica
Palestrantes:
Professor Associado II da Universidade Federal de São João del-Rei, possui graduação em Farmácia pela UNESP de Araraquara-SP e Mestrado e Doutorado em Biologia Funcional e Molecular na área de Bioquímica pela UNICAMP. Bolsista de Extensão do CNPq, é pesquisador e inventor nas áreas de produção e purificação de biomoléculas de interesse industrial; produção de probióticos com aplicação industrial e tintas inteligentes com propriedades antimicrobianas. Tem experiência em depósitos de patentes e participa dos programas de pré-aceleração de Startup BioStartup Lab, FIEMG Lab, InovAtiva Brasil, FIEMG LAB Acelera Mestrado e Doutorado, Startup Show e Hospital Startup (Hospital São Francisco - Belo Horizonte/MG).
Bolsista DT do CNPq, foi pesquisador visitante no MIT - Koch Institute for Integrative Cancer Research e é Doutor em Catálise pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foi coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica e Empreendedorismo e da Incubadora de Empresas Incultec da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) no período de 2014-2017. Atualmente é Vice Coordenador da regional sudeste da Associação Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia - FORTEC.
16h às 16h50
Entrevista com o Presidente do CNPq, Prof. Evaldo Vilela
17h às 18h50
Tema: Inovações na Inteligência Artificial
Prof. Nivio Ziviani
Bolsista PQ do CNPq, é Professor Emérito do Departamento de Ciência da Computação (DCC) da UFMG e Membro dos Conselhos de Administração da Petrobras e Kunumi. É Ph.D. em Ciência da Computação pela Universidade de Waterloo (Canadá), Membro da Academia Brasileira de Ciências e da Ordem Nacional do Mérito Científico nas classes Comendador e Grã-Cruz. É autor do livro Projeto de Algoritmos e coautor de mais de 200 artigos científicos nas áreas de algoritmos, recuperação de informação e inteligência artificial. Como empreendedor fundou empresas a partir de conhecimento gerado dentro do DCC/UFMG, a saber: Miner, adquirida pelo Grupo Folha/UOL em 1999; Akwan, adquirida pela Google Inc. em 2005; Neemu, adquirida pela Linx em 2015, e Kunumi, fundada em 2016.
19h às 19h50
Tema: Inteligência Artificial: Estado atual, perspectivas e desafios
Prof. Wagner Meira
Bolsista PQ do CNPq, é bacharel e mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Minas Gerais (1990 e 1993) e doutor em Ciência da Computação pela University of Rochester (1997). É professor da Universidade Federal de Minas Gerais desde 2002 e professor titular da mesma instituição desde 2012. Suas áreas de interesse são sistemas paralelos e distribuídos e mineração de dados, assim como a sua aplicação em redes sociais, cibersegurança, comércio eletrônico, recuperação de informação e bioinformática, entre outros.
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Qui, 10 Dez 2020 17:51:00 -0300
Webinar "Caminhos para o Transbordamento" acontece na SNCT
O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Evaldo Vilela participou nesta quinta-feira (10) da abertura do webinário "Caminhos do Transbordamento", promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), em conjunto com o CNPq, e que aconteceu durante edição da 17ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).
Durante o evento, Evaldo Vilela disse que o papel da entidade é financiar a produção de conhecimento e a pesquisa que são bases para a inovação. O presidente do CNPq lembrou que o Brasil é o 13º país produtor de conhecimento cientifico no mundo, 28º em aporte de recursos par a ciência e tecnologia e inovação, mas o 62º em inovação. "Ainda estamos longe do potencial que nós temos¿, concluiu. Segundo Vilela, ¿temos muitos casos de sucesso na produção científica, mas temos de pegar o que produzimos em papel e transbordar esse conhecimento para a prática em prol da sociedade". O presidente do CNPq completa, ainda, que é preciso criar "mecanismos permanentes para o pesquisador, o empresário e o investidor, para estimular a inovação".
Segundo o ministro Marcos Pontes, o webinário é uma ação do MCTI para levar o Brasil a fazer parte do grupo de países independentes na produção de inovação e tecnologia. Ele afirma ainda que a produção científica do Brasil não pode ficar só dentro dos laboratórios. "Esse conhecimento precisa sair do papel e se transformar em novos equipamentos e tecnologias para a defesa, a infraestrutura, a agricultura e tantas outras áreas importantes para o país", explicou.
O webinário, que aconteceu durante toda amanhã desta quinta-feira, foi transmitido pelo canal do MCTI no Youtube e pode ser acessado em https://youtu.be/BYxYucU-V50.
SNCT
A edição presencial da 17ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, conta com 20 estandes distribuídos por 4 mil metros quadrados. Até o próximo domingo, dia 13, o público poderá conferir diversas atrações como exposições, brincadeiras, equipamentos inovadores, projetos e palestras. A SNCT conta com a participação das secretarias e unidades vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), instituições de ensino, Forças Armadas e também de outros ministérios do Governo Federal.
O CNPq está presente no evento com duas exposições fotográficas, da história do CNPq e do projeto Pioneiras da Ciência, e a apresentação do projeto Aliança Tropical de Pesquisa da Água (Tropical Water Research Alliance - TWRA), coordenado pelo bolsista PQ do CNPq e Professor da Universidade de Brasília, José Francisco Gonçalves Junior. A iniciativa visa desenvolver tecnologias ambientais e oferecer apoio metodológico compartilhado para o desenvolvimento do manejo integrado e sustentável de bacias hidrográficas tropicais, através do treinamento de equipes e mitigação dos efeitos da degradação ambiental e mudanças climáticas.
Saiba mais sobre o projeto em https://youtu.be/W_v09sy-cWQ
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Qui, 10 Dez 2020 14:40:00 -0300
Astrônomos da UFRN fazem diagnóstico pioneiro para mil estrelas com planetas
Resultado foi publicado em artigo assinado por bolsistas de Produtividade em Pesquisa do CNPq. O diagnóstico foi feito sobre características da atividade estelar de 1 mil estrelas observadas pelo satélite TESS, da NASA, lançado em julho de 2018.Artigo de cientistas brasileiros liderados por astrônomos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), publicado no periódico americano The Astrophysical Journal - Supplement Series, anunciou diagnóstico pioneiro sobre características da atividade estelar de 1 mil estrelas observadas pelo satélite TESS, da NASA, lançado em julho de 2018. O TESS, ou Transiting Exoplanet Survey Satellite, foi idealizado para a busca por planetas do tamanho da Terra, orbitando estrelas próximas, que tenham condições de habitabilidade.
Os astrônomos brasileiros estudaram os dados tornados públicos das curvas de luz das primeiras 1 mil estrelas observadas pelo TESS. As curvas de luz são gráficos da intensidade da luz visível das estrelas ao longo do tempo. O estudo dessas curvas pode revelar importantes informações sobre fenômenos físicos que se manifestam no interior e na atmosfera estelar, bem como a presença de companheiros planetários ou estelares orbitando as estrelas. Assim, os cientistas conseguiram realizar medidas de períodos de rotação, detectar erupções e pulsações, além de possíveis níveis de atividade magnética nessas estrelas. Os resultados indicaram quais estrelas com candidatos a exoplanetas oferecem melhores perspectivas para monitoramento e estudos sobre as características físico-químicas de seus sistemas planetários, incluindo suas potenciais condições de serem habitáveis.
Os astrônomos do Programa de Pós-Graduação em Física, da UFRN (PPGF/UFRN) realizam também estudo contínuo no diagnóstico de estrelas que ainda terão planetas detectados pelo satélite. Segundo o primeiro autor do artigo, professor Bruno Leonardo Canto Martins, pesquisador de Produtividade em Pesquisa (PQ) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com a descoberta do TESS de mais de 2 mil estrelas do tipo das referidas no artigo, o trabalho dos brasileiros continuará ainda por cerca de 3 anos . "Essa pesquisa vai ser um catálogo perene enquanto durar a missão", afirma o professor. Os dados da descoberta dos brasileiros estão catalogados na plataforma interativa internacional Filtergraph, da Escola de Engenharia da Universidade de Vanderbilt, em Nashville, Estados Unidos. As informações ajudarão a comunidade científica na definição de critérios para a elaboração de estratégias observacionais para diferentes técnicas de diagnósticos, incluindo imageamento direto dos planetas. Do grupo de pesquisadores da UFRN também participam os professores José Renan de Medeiros e Izan de Castro Leão, ambos bolsistas de Produtividade em Pesquisa (PQ) do CNPq. A equipe do projeto também tem a participação de pesquisadores da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA) e da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
As condições mínimas para que um planeta possa ser habitável são a existência de água no estado líquido associada a temperaturas e campos de radiação adequados para sustentar uma biosfera na superfície planetária. No nosso Sistema Solar, tais condições estão localizadas em uma região restrita, localizada entre os planetas Vênus e Marte. A Terra se encontra no centro dessa região. Essas circunstâncias fundamentais de habitabilidade dependem também da atividade magnética da estrela hospedeira do planeta, associada de forma direta com a existência de ventos, erupções e tempestades magnéticas. Essa atividade é controlada pela rotação da estrela, que não pode girar de forma muito rápida, nem de modo muito lento. O Sol, por exemplo, leva pouco mais de 25 dias para dar uma volta completa em torno de seu eixo.
A plataforma Filtergraph, onde o catálogo com os resultados da pesquisa está armazenado, em 2017 tornou-se parte do Centro Frist para Autismo e Inovação, também sediado em Nashville. A instituição reúne cientistas, engenheiros e especialistas em neurociências e educação e tem como objetivo entender, maximizar, identificar e estimular pessoas autistas a trabalharem com padrões de imagens e cores. Como muitos autistas possuem a capacidade de entender padrões em cores e imagens em um nível superior, o Centro Frist utiliza a plataforma Filtergraph para identificar pessoas com tais habilidades, oferecendo a elas formação complementar e ferramentas para que possam se especializar e atuar de forma profissional em posições que executem tarefas semelhantes à análise de imagens ou cores em alto padrão.
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Sex, 04 Dez 2020 12:05:00 -0300
Prêmio Mercosul: conheça os vencedores
Em 24 de novembro de 2020, foi realizada por videoconferência a última reunião da comissão julgadora do Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia, que indicou os vencedores da edição 2020. O Prêmio, organizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), é uma inciativa da Reunião Especializada em Ciência e Tecnologia do Mercosul (RECyT) e dos organismos de ciência e tecnologia dos países membros e associados do bloco: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai.
O Prêmio é dividido em cinco categorias: Iniciação Científica, Estudante Universitário, Jovem Pesquisador, Pesquisador Sênior, e Integração. O tema escolhido para todas as categorias foi "Inteligência Artificial", em que poderiam ser abordadas, direta ou indiretamente, as seguintes linhas: inteligência artificial e internet das coisas; inteligência artificial e ambiente rural; inteligência artificial e saúde; inteligência artificial e cidades; inteligência artificial e indústria; e ética e inteligência artificial.
Na categoria Iniciação Científica, o vencedor é Thiago Kasper de Souza, com menção honrosa para Gabriela Ferreira de Mesquita. Na categoria Estudante Universitário foi indicado João Antônio Lorençone e como menção honrosa David Robledo Di Martini. Na Categoria Jovem Pesquisador, o contemplado foi Enzo Ferrante, com menção honrosa para Lucas Prado Osco. Na Categoria Pesquisador Sênior foi indicada como vencedora Letícia de Oliveira e menção honrosa para Paula Cristina dos Santos. Na categoria Integração a vencedora é Camila Niño Sandoval, com menção honrosa para Lubienska Cristina Lucas Jaquiê Ribeiro.
O Prêmio
O Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia tem como objetivo reconhecer e premiar os melhores trabalhos de estudantes, jovens pesquisadores e equipes de pesquisa que representem potencial contribuição para o desenvolvimento científico e tecnológico dos países membros e associados; incentivar a realização de pesquisa científica e tecnológica, e a inovação no bloco, e contribuir para o processo de integração regional entre os países membros e associados, mediante incremento na difusão das realizações e dos avanços no campo do desenvolvimento científico e tecnológico do Mercosul.
Mais informações sobre o Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia - edição 2020, poderão ser obtidas nos sites: www.premiomercosul.cnpq.br e www.recyt.mercosur.int, e por e-mail: premios@cnpq.br.
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Qui, 03 Dez 2020 12:42:00 -0300
Bolsas Especiais: prazo prorrogado
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) prorrogou o prazo da chamada de bolsas especiais devido à pandemia da Covid-19, dando mais prazo para a obtenção de documentos indispensável para inscrição. O novo prazo de submissão para as propostas vai até 04 de janeiro de 2021. A submissão das propostas ocorrerá em cronograma único e abrangerá as bolsas a serem implementadas entre junho e dezembro de 2021.
O objetivo da Chamada é apoiar projetos de pesquisa que visem contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação do País, por meio da concessão de bolsas no País e no Exterior em todas as áreas do conhecimento.
A Chamada contempla bolsas no país - Pesquisador Visitante (PV), Pós-Doutorado Junior (PDJ), Pós-Doutorado Sênior (PDS), Doutorado-Sanduíche no País (SWP), Pós-Doutorado Empresarial (PDI) e Doutorado-Sanduíche Empresarial (SWI) - e no exterior - Estágio Sênior (ESN), Pós-Doutorado no Exterior (PDE), Doutorado Sanduíche no Exterior (SWE) e Doutorado Pleno no Exterior (GDE). A modalidade GDE é concedida em caráter excepcional para cursos que não tenham equivalente no País.
Tradicionalmente ofertadas por meio de calendários quadrimestrais, passam, agora, a serem concedidas a partir de chamadas públicas.
Veja aqui a Chamada com a alteração do cronograma.
O CNPq elaborou um FAQ, documento com perguntas e respostas para melhor orientar os interessados. Veja aqui.
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Qui, 03 Dez 2020 12:11:00 -0300
Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica: vencedores
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) anunciou nesta quinta, 3, durante a 72ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o resultado do 17º Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica - Edição 2019. Os agraciados com o Prêmio na categoria Iniciação Científica são Bruno Pestana Rosa, na área de Ciências Exatas, da Terra e Engenharias; Lívia Maria de Oliveira e Souza, na área de Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes e Julya Emmanuela de Andrade Vieira, na área de Ciências da Vida. Os ganhadores na categoria Iniciação Tecnológica, por sua vez, foram Felipe André Zeiser, na área de Ciências Exatas, da Terra e Engenharias; Bheatriz Silvano Graciano, na área de Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes e Nicolly Espindola Gelsleichter, na área de Ciências da Vida. Na categoria Mérito Institucional, a instituição vencedora foi Universidade Federal de Viçosa (UFV).
A divulgação do resultado foi realizada em cerimônia virtual, na qual estavam presentes o Presidente do CNPq, Prof. Evaldo Vilela; a Diretora de Cooperação Institucional do CNPq, Profª Maria Zaira Turchi; o presidente da SBPC, Prof. Ildeu de Castro Moreira; além dos premiados. A UFV, instituição premiada na categoria do Mérito Institucional, foi representada por seu Reitor, Prof. Demetrius David da Silva.
Agraciados do 17º Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica do CNPq foram conhecidos em evento virtual durante a Reunião Anual da SBPC.
Durante a cerimônia, o Prof. Evaldo Vilela exaltou a importância da iniciação científica para o país e lembrou que a modalidade existe desde a criação do CNPq. Segundo ele, atualmente, o CNPq investe R$ 135 milhões em cerca de 35 mil bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica concedidas. A Profª Zaira Turchi, ressaltou o impacto do programa de iniciação científica na formação de cientistas e pesquisadores brasileiros e atentou para a grande capilaridade do programa, que alcança universidades federais, particulares e outras instituições de pesquisa em todo o país. Segundo a Diretora, o prêmio abre oportunidades para ex-bolsistas e também tem impacto na sociedade. Opinião compartilhada pelo Reitor da UFV, Prof. Demétrius, que afirmou que o programa estimula os bolsistas a refletirem sobre problemas enfrentados pela sociedade e, a partir de suas respectivas pesquisas, interferirem de forma ativa na melhora da qualidade de vida da população.
"Sem ciência não há desenvolvimento", completa o Reitor, para quem a iniciação científica é fundamental para despertar o interesse dos jovens na ciência. Ele afirma que os estudantes que passaram pela iniciação científica têm melhor desempenho nos processos seletivos para a pós-graduação e demonstram melhor desempenho quando ingressam nesses cursos. O Presidente da SBPC, Prof. Ildeu de Castro Moreira, citou, a esse respeito, observação de que indicadores já mostraram a relevância do programa de iniciação científica para a ciência brasileira. "Iniciação Científica é um programa prioritário", afirma. "É muito importante que todos nós estejamos juntos na valorização do CNPq", completa ele, ao comentar a importância do programa. O Professor Ildeu também salientou, na cerimônia, a relevância das meninas na ciência. Entre os seis bolsistas premiados, quatro são mulheres.
Os bolsistas agraciados receberão, cada um, quantia em dinheiro no valor bruto de R$ 7 mil e bolsa de Mestrado ou de Doutorado no País, a ser implementada no período de 24 meses, contados a partir da data da entrega do Prêmio. A premiação da categoria Mérito Institucional inclui troféu e 10 bolsas adicionais de PIBIC e/ou PIBITI na cota da instituição.
Importância da bolsa
Para os agraciados na 17ª edição do Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica, ganhar o prêmio significa não só o reconhecimento pessoal pelo trabalho que desenvolveram, mas a recompensa dos esforços de várias pessoas que, de forma direta ou indireta, contribuíram para a pesquisa. Além de agradecer aos orientadores, colegas, família e pesquisadores que tiveram a oportunidade de conhecer ao longo do desenvolvimento do trabalho, todos os agraciados desta edição do Prêmio lembraram a importância da geração de conhecimento estimulada pelas bolsas de Iniciação Científica e de Iniciação Tecnológica e como as pesquisas sustentadas por essas bolsas podem complementar ou dar origem a outros trabalhos, conforme resume Bheatriz Silvano Graciano. ¿Gosto de pensar que esse prêmio não é singular, ele é símbolo de múltiplas pessoas envolvidas no processo de construção desse projeto de pesquisa, é a confirmação da importância de se propor novas linhas de pensamentos para problemas complexos como a sustentabilidade e é o reconhecimento da universidade pública como palco de desenvolvimento de ciência e de como ela traz possibilidade de novos desdobramentos na vida dos estudantes¿, afirma.
Segundo Felipe André Zeiser, a premiação é um estímulo à ciência brasileira, valorizando trabalhos de bolsistas que são o futuro da pesquisa. "O prêmio, para mim, é uma demonstração que minha pesquisa e trabalho está no caminho certo e que um dia ela possa ser útil de alguma forma para a sociedade¿, afirma Felipe. Para ele, a bolsa de IT para a pesquisa ofereceu muito mais oportunidades. "Acho que o networking que você consegue fazer quando se está inserido em uma bolsa de pesquisa contribui muito para o desenvolvimento pessoal. Você consegue evoluir em diversos aspectos que vão além do campo da sua pesquisa, por exemplo, conhecendo áreas além das abrangidas pelo seu curso de graduação, melhoramento da oratória e desenvolvimento de um pensar mais crítico, buscando o porquê das coisas", afirma Felipe. Ele ressalta que o fato de ter sido bolsista de IT foi fundamental para seu ingresso na pós-graduação.
O sentimento de Felipe é compartilhado pelos outros agraciados que, da mesma forma, salientaram outros benefícios ganhos com a pesquisa desenvolvida, como amadurecimento pessoal, aprendizado em trabalhar em equipe e contatos realizados durante pesquisa de campo. Todos afirmam querer continuar sua vida acadêmica na pós-graduação e lembram o papel do CNPq nesse processo. "O CNPq desempenha um papel vital na expansão e consolidação da ciência brasileira através de investimentos como esse prêmio, em trabalhos tanto de pesquisadores/as experientes quanto daqueles/as que estão em começo de carreira", reflete Lívia Maria de Oliveira e Souza.
Bruno Pestana Rosa, por sua vez afirma que a bolsa constitui uma oportunidade ímpar para que os estudantes desenvolvam pesquisas que impactem a vida das pessoas, retornando à sociedade tudo o que receberam. "O CNPq desempenha um papel essencial no desenvolvimento da ciência brasileira e no despertar de jovens talentos. A bolsa de iniciação científica é um incentivo para que os mais jovens integrem o mundo acadêmico se tornando jovens pesquisadores e nos estimula a dar o melhor de nós em nossas pesquisas", diz Bruno. Nicolly Espindola Gelsleichter faz coro com Bruno e com os outros premiados. "Acredito que temos muito potencial humano no Brasil e precisamos explorá-los e estimular o desenvolvimento de tecnologia nacional", salienta.
Alguns dos agraciados não se limitaram apenas a comentar os ganhos acadêmicos, pessoais e profissionais que receberam com as bolsas, mas mostraram também a face social e humana que se encontra implícita nas bolsas de Iniciação Científica e de Iniciação Tecnológica. De acordo com Julya Emmanuela de Andrade Vieira, o repasse mensal da bolsa foi de grande ajuda, inclusive para demonstrar que os pesquisadores não estavam desemparados. "Sem essa bolsa, em muitas situações, eu passaria um sufoco. Agradeço muito por tê-la¿, afirma ela. Bheatriz Graciano diz que é um privilégio ser contemplada com bolsa de estudo, para investir tempo integral na pesquisa. Além disso, a bolsa em muitos momentos auxiliou na minha permanência na universidade, e ampliou minha compreensão de como é trabalhar de fato com pesquisa", frisa.
O Prêmio
O Prêmio Destaque na Iniciação Científica foi instituído pelo CNPq em 2003 e é concedido de forma anual, com parceria da SBPC e da Academia Brasileira de Ciências (ABC). O objetivo é premiar bolsistas do CNPq de Iniciação Científica e de Iniciação Tecnológica que se destacaram durante o ano anterior, sob os aspectos de relevância e de qualidade do seu relatório final. Para cada uma dessas categorias são selecionados até três bolsistas, um para cada grande área do conhecimento (Ciências da Vida, Ciências Exatas, da Terra e Engenharias e Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes). Os relatórios dos bolsistas são encaminhados ao CNPq pelas coordenações do PIBIC e/ou PIBITI de cada instituição de ensino. Na categoria Mérito Institucional são premiadas instituições participantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), que contribuíram de forma relevante para o alcance dos objetivos do programa. À instituição premiada são concedidas como premiação de 5 a 20 bolsas adicionais de PIBIC e/ou PIBIT, a depender do número de bolsas dessa instituição concedidas por meio de chamadas do CNPq.
Assista ao vídeo da cerimônia em https://www.youtube.com/watch?v=Rmie_G2rCWg&feature=youtu.be
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Qua, 02 Dez 2020 15:49:00 -0300
Pesquisadores da UFSCar criam tecido com propriedades antivirais
Em parceria com a Universidade Jaume I, da Espanha e a iniciativa privada, pesquisa coordenada por professor da UFSCAr, bolsista do CNPq, desenvolveu um tecido inovador com propriedades antivirais capaz de eliminar o agente causador da Covid-19 em dois minutos.Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com a Universidade Jaume I, da Espanha, e com a empresa brasileira de nanotecnologia Nanox, desenvolveram um tecido com propriedades antivirais capaz de eliminar o agente causador da Covid-19. O material é feito de micropartículas de sílica, impregnada com prata metálica e elimina 99,9% do vírus Sars-Cov-2 em dois minutos. O tecido já é usado para a fabricação de roupas, em particular equipamentos de proteção individual (EPI) destinados a profissionais de saúde. Segundo o professor Elson Longo, professor titular da UFSCar e Bolsista de Produtividade e Desenvolvimento Tecnológico do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e quem está à frente da pesquisa na UFSCar, o método que desenvolveu a tecnologia é totalmente novo na literatura. "O aspecto mais relevante neste desenvolvimento é da utilização de sílica impregnada com prata para eliminação de bactérias, fungos e o COVID 19. O método de eliminação é completamente novo, um processo de oxidação. O vírus é oxidado, como elimina-se bactérias com água oxigenada. Logo, as máscara produzidas com o produto elimina bactérias, fungos e vírus", explicou o professor.
Como o Sars-Cov-2 tem estrutura orgânica, é como se o tecido tivesse mecanismos capazes de queimar o vírus. A ideia é próxima ao que se faz quando alguém tem uma lesão, tratada com peróxido de hidrogênio, mais conhecido como água oxigenada. Quando em contato com a inflamação, esse produto oxida as bactérias. Nos últimos anos, a Nanox, uma empresa privada originada do laboratório do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) da UFSCar, já fornecia as micropartículas para indústrias têxteis, por conta de sua atividade bactericida e fungicida. Empregado em tecidos, o aditivo evita a proliferação de fungos e bactérias causadoras de mau odores. Com a chegada da pandemia ao Brasil, os pesquisadores queriam avaliar se esse material também era capaz de inativar o Sars-Cov-2, visto que trabalhos científicos já haviam demonstrado a ação das micropartículas contra alguns tipos de vírus. No caso do Sars-Cov-2, se sabe que, em tecidos convencionais, o tempo de permanência do vírus é, em média, maior que um dia.
A comprovação da eficácia da adição da solução a base de micropartículas na composição dos novos tecidos foi o motivo por que o mercado de confecções e produtos têxteis voltou sua atenção ao material com rapidez, neste contexto em que a própria OMS (Organização Mundial da Saúde) já admitiu a impossibilidade de se prever quando o novo coronavírus desaparecerá. Ao comentar a relevância da descoberta dos pesquisadores envolvidos no trabalho, o professor Élson Longo cita um hábito corriqueiro, que foi abandonado neste momento e poderá ser retomado com a aplicação da nova tecnologia. "Nossas roupas carregam germes e, quando você chega em casa não quer precisar se trocar antes de abraçar seus filhos", diz o professor. Os tecidos fabricados com o uso das micropartículas tem a durabilidade de dois anos, suportam pressão e altas temperaturas. A ação antiviral resiste de 30 a 35 lavagens e o custo de produção do tecido especial é 5% maior que o normal.
Embora o assunto do uso das micropartículas na fabricação de tecidos antivírus seja atual, a pesquisa acerca do tema se encontra em desenvolvimento há 14 anos. Começou na UFSCar, durante a orientação de doutorado de Luiz Gustavo Simões, um dos proprietários da Nanox. Na época foi feito um coating para secador de cabelos, para eliminar os fungos e bactérias do ar que passava pelo equipamento. O objetivo era evitar que o usuário fosse contaminado. No futuro, os pesquisadores esperam que esses trabalhos possam auxiliar o desenvolvimento de produtos de proteção. Eles afirmam que este material e outros que estão em fase final de caracterização serão utilizados nos diferentes tipos de plásticos para eliminação de bactérias, fungos e vírus, em cerâmica e coating para metais.
Além da UFSCar, da Universidade Jaume I e da Nanox participaram da pesquisa cientistas da UNESP e do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP). O projeto foi financiado em parte pelo CNPq, por meio do Programa de Formação de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE). A pesquisa também contou com recursos da FINEP e da FAPESP. O professor Elson Longo ressalta a importância do trabalho do laboratório do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais da UFSCar com a iniciativa privada, o que gerou, até o momento, mais de 40 patentes. Ao longo dos mais de 35 anos de trabalho, o laboratório colaborou com empresas como a 3M do Brasil e a White Martins. Fizeram parte da equipe de pesquisa sobre o desenvolvimento do tecido com propriedades antivirais os pesquisadores da UFSCar Marcelo Assis, Lara Kelly Ribeiro, Ieda Lucia Viana Rosa, Lucia Helena Mascaro , além de Luiz Gustavo P. Simões, Guilherme C. Tremiliosi, Daniel T. Minozzi , da NANOX.
Seguindo Longo, as pesquisas têm novos resultados conclusivos com Instituto Oswaldo Cruz com um outro produto ainda mais eficiente e um artigo deve ser publicado em breve.
O Programa RHAE
Criado pelo CNPq em 1987, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Programa de Formação de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE) era destinado à inserção de mestres e de doutores em empresas privadas. O Programa utilizava um conjunto de modalidades de bolsas de fomento tecnológico criado para agregar pessoal qualificado em atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) nas empresas, além de formar e de capacitar recursos humanos que atuassem em projetos de pesquisa aplicada ou de desenvolvimento tecnológico.
O RHAE se destinava a micro, pequenas, médias e grandes empresas privadas com sede e administração no Brasil. As empresas maiores estavam sujeitas a uma limitação de 20% dos recursos disponíveis. As propostas eram submetidas pelos coordenadores dos projetos, que, de forma obrigatória, deveriam possuir vínculo formal, sócio ou celetista, com a empresa executora. O projeto submetido deveria atender todas as características exigidas pela chamada pública e estar focado no trabalho que o pesquisador e sua equipe desenvolveriam na empresa. O Programa oferecia bolsas de Fixação e Capacitação de Recursos Humanos - Fundos Setoriais (SET) bem como outras bolsas de fomento tecnológico, como a Desenvolvimento Tecnológico e Industrial (DTI), a Especialista Visitante (EV) e a Apoio Técnico em Extensão no País (ATP).
Em sua última edição, na Chamada 54/2013, foram oferecidas também bolsas Desenvolvimento Tecnológico e Inovação no Exterior - Junior (DEJ) e Sênior (DES). Por motivos orçamentários, no momento o RHAE, como outros programas financiados com recursos de Fundos Setoriais, se encontra com as indicações de novas bolsas temporariamente suspensas.
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Seg, 30 Nov 2020 17:25:00 -0300
Chamadas tem resultados prorrogados
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) informa que, em razão do ponto facultativo decretado para esta segunda-feira, 30/11, pela Portaria do Ministério da Economia nº 396, os resultados de Chamadas previstos para hoje serão publicados amanhã, 1° de dezembro.
São elas:
- Chamada CNPq/MCTI Nº 06/2020 - Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira
- Chamada Pública CNPq/MCTI/CONFAP-FAPs/PELD nº 21/2020 - Programa Pesquisa Ecológica de Longa Duração - PELD
- Chamada CNPq/MS/SAPS/ DEPROS Nº 27/2020 - Pesquisa em doenças crônicas não transmissíveis e seus fatores de risco associados
- Chamada CNPq/MS/SAPS/ DEPROS Nº 28/2020 - Formação em doenças crônicas não transmissíveis e seus fatores de risco associados
- Chamada MS-SCTIE-Decit-DGITIS-CGCIS/CNPq nº 26/2020 - Plataformas Inovadoras em Terapias Avançadas
- Chamada MCTI/CNPq/MS/SCTIE/Decit/ Fundação Bill & Melinda Gates Nº 31/2020 - Grand Challenges Explorations - Brasil: Ciência de Dados Para Melhorar a Saúde Materno-Infantil, Saúde da Mulher e Saúde da Criança no Brasil
Na oportunidade, o CNPq informa, também, a alteração dos seguintes cronogramas:
Chamada CNPq/MCTI/CONFAP-FAPS Nº 22/2020 Programa de Apoio a Projetos de Pesquisas para a Capacitação e Formação de Recursos Humanos em Taxonomia Biológica - PROTAX - Resultado final será divulgado em 04/12.
Chamada CNPq/MCTI Nº 23/2020 - Sustentabilidade Urbana e Regional - Resultado Final será divulgado em 07/12.
Todos os resultados estarão disponíveis na página do CNPq.
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Ter, 24 Nov 2020 11:36:00 -0300
Cooperação Europeia em C&T realiza evento on line
A COST - Cooperação Europeia em Ciência e Tecnologia, uma organização de financiamento de redes de pesquisa e inovação. realiza evento online, nesta quarta, 25, às 10h, horário de Brasília, para explicar o papel da cooperação na promoção e difusão da excelência em pesquisa, o papel e o impacto do programa e como se envolver com as ações da COST.
A COST O tem alimentado redes abertas e inclusivas de excelência em todos os domínios cienficos e se estabeleceu como uma plataforma onde pessoas e ideias podem crescer e estabelecer conexões globais. A cooperação global é baseada em benecio mútuo, que garante o avanço dos campos cienficos nos quais os parceiros estejam trabalhando.
O evento terá transmissão, ao vivo, por meio do canal da COST no YouTube, bem como por meio da plataforma Zoom, senha: 198878. O acesso é aberto e gratuito.
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Ter, 24 Nov 2020 09:32:00 -0300
Aberta chamada RHAE: R$ 5 milhões
Nesta terça-feira, 24, durante a 30ª Conferência Anprotec de Empreendedorismo e Ambientes de Inovação, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lançaram a Chamada CNPq/MCTI/SEMPI Nº 33/2020 RHAE - Recursos Humanos em Áreas Estratégicas Pesquisador na Empresa Incubada, destinando R$ 5 milhões para apoiar a inserção de pesquisadores em empresas vinculadas às melhores incubadoras do país.
A iniciativa faz parte do Programa Nacional de Apoio aos Ambientes Inovadores - PNI e é promovida pelo MCTI e pelo CNPq, em parceria com o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).
O objetivo é fomentar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I) de micro e pequenas empresas vinculadas à incubadoras certificadas ou que estejam em processo de obtenção da certificação Cerne .
As empresas terão até o dia 28 de janeiro de 2021 para submeterem suas propostas. Para participar do chamamento público, os proponentes precisam ter vínculo com a empresa executora e contar com a concordância e o apoio da incubadora de empresas.
As propostas aprovadas serão financiadas com recursos no valor global de R$ 5 milhões. Estima-se que sejam apoiados pelo menos 55 projetos com recursos do MCTI. Os projetos terão o valor máximo de financiamento de R$ 90 mil e duração de até 24 meses. Uma parcela mínima de 30% dos recursos será destinada para propostas de empresas vinculadas à incubadoras sediadas nas regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste. Serão concedidas bolsas de fomento do CNPq, por até 18 meses, nas modalidades DTI (Desenvolvimento Tecnológico Industrial), EV (Especialista Visitante) e SET SET (Fixação e Capacitação de Recursos Humanos).
Apoio das FAPs
As propostas recomendadas e não contratadas poderão ser apoiadas pelas Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) ou outras instituições que apresentarem interesse em financiá-las. Neste caso, a seleção dos projetos a serem contratados atenderá a prioridade determinada pelo respectivo parceiro, a partir das propostas recomendadas pelo Comitê Julgador. Os recursos das FAPs e demais instituições parceiras serão disciplinados por normas e instruções legais próprias.
Incubadoras de empresas brasileiras
De acordo com último mapeamento realizado pelo MCTI em parceria com Anprotec , existiam 363 incubadoras de empresas ativas no Brasil, que eram responsáveis por 3.694 empresas incubadas e 6.143 empresas graduadas. Estima-se que, em 2017, as empresas incubadas geraram 14 mil postos de trabalho diretos, recolheram R$ 110 milhões em tributos e tiveram um faturamento anual de R$ 550 milhões. Por sua vez, as empresas graduadas foram responsáveis pela geração de 56 mil postos de trabalho diretos, recolheram R$ 3,6 bilhões em tributos e faturaram cerca de R$ 18 bilhões.
Mais informações:
Esclarecimentos e informações adicionais acerca desta Chamada podem ser obtidos pelo endereço eletrônico atendimento@cnpq.br ou pelo telefone (61) 3211-4000.
Clique aqui para acessar a Chamada na íntegra.
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Seg, 23 Nov 2020 10:35:00 -0300
CNPq e CAPES debatem conectividade
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e o Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) são parceiros no projeto Conecti, que tem o objetivo de promover a visibilidade e o impacto da pesquisa e da pós-graduação brasileiras.
O objetivo é usar dados com inteligência, integração e governança. "A ideia é compartilharmos informações e serviços na medida do possível. É uma iniciativa que pode ajudar na integração do Sucupira com o Lattes. Estamos tratando da mesma coisa, e chamando de forma diferente. Usar a mesma linguagem, os mesmos conceitos, é fundamental", disse Benedito Aguiar, presidente da CAPES, em reunião entre a Fundação e o CNPq nesta sexta-feira, 20 de novembro.
Ações de conectividade foram tema de reunião entre CAPES e CNPq (Foto: Naiara Demarco - CCS/CAPES)
O projeto envolve cruzamento de informações para pagamento de bolsas e auxílios, parcerias com os estados, integração de plataformas e certificação da informação. É uma forma de assegurar uma gestão mais eficiente. "A nossa missão é com nossa comunidade científica e tecnológica, envolvendo a pós-graduação e a pesquisa em todos os sentidos", observou Evaldo Vilela, presidente do CNPq.
Representantes da CAPES e do CNPq discutiram o projeto Conecti, que envolve as duas agências (Foto: Naiara Demarco - CCS/CAPES)
CAPES e CNPq surgiram no mesmo ano: 1951. Nesses quase 70 anos, as agências têm atuado pela pesquisa e pós-graduação brasileiras. No Conecti, as duas trabalham em conjunto com o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, Ibict, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, RNP, o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, Confap, e a Biblioteca Eletrônica Científica Online, Scielo.
Por: CCS/CAPES